O grau em que todos nós nos encontramos, o próximo limiar a que um indivíduo possa tocar e ser tocado, tem a ver com o desenvolvimento dentro de si de uma espada de fogo, de um convector da sua energia psíquica, de forma que ele possa atravessar a região sagrada, a região das muitas verdades. Porque para um ser que ama a limpidez, todas as regiões e patamares são sagrados, no entanto, a maior parte de nós está mais ou menos estabilizado numa zona (plano intuitivo) onde existem muitas verdades com milhares de nuances, com milhares de configurações.
A maior parte de nós encontra-se, há anos, nesse nível intuitivo. É uma zona válida e fascinante, no entanto, a integração de um ser à sua hierarquia (que acontece em várias fases) e a comunhão entre o coração, a consciência profunda e o foco director da sua hierarquia, esta conexão faz-se através da criação de uma espada de luz, de um concentrado que atrai, que alinha, que axializa toda a energia psíquica de um ser que se encontra investida em muitas verdades possíveis e há um momento em que este ser, que é tocado por correntes crísticas, necessita de mudar de plano, necessita de se transladar interiormente para outra esfera e a única forma de um ser sair de um foco intuitivo superior (nível causal) para um foco espiritual (nível de fogo vivo) é reunir o melhor de si, com a mais pura vibração que ele encontrar, de uma forma progressiva, articulada, mas encontrar o eixo, a linha onde as muitas verdades dentro de nós, o bom, são superadas para se poder chegar ao sublime.
Para mudar de plano o ser necessita de concentrar a sua energia psíquica num eixo de aspiração, num querer cumprir-se na sua vocação de ser, num concentrar toda a sua energia na sua vocação de infinitude e desaburguesar-se espiritualmente. É o indivíduo concentrar a sua energia psíquica como uma espada, de forma que essa energia, em sincronia com os seus guardiões do fogo sagrado, ligue o sistema energético que está latente em nós, que é vida, e que é vivo, de forma que passe de uma promessa a um movimento, a uma acção.
O campo etérico, que é informação viva, tem 7 níveis de frequência e cada nível reflecte um plano da criação. As duas camadas mais profundas do teu corpo etérico, o corpo gemátrico, são os reflectores do nível divino e do nível do EU SOU. Elas fazem um processo reflector entre o nível do EU SOU e a vida na forma. Esses planos mais profundos do corpo etérico estão desligados. A ligação entre os teus níveis superiores e o corpo gemátrico que está por detrás do corpo etérico à espera de acordar, esse nível de sustentação da existência na forma, contém os protocolos da Ascensão, desde a ampola de luz branca intenssíssima na base da coluna vertebral capaz de transformar pó em luz (que é a própria presença da Mãe divina. Essa estrutura etérica, profunda, uma vez revelado o seu segredo, um raio de luz parte da base da coluna para cada célula do teu corpo. Para que essa ampola se quebre é necessário que a própria pineal já tenha recebido a descida do fogo do Universo.
Para que se dê continuidade de consciência entre o que acontece abaixo do cérebro e o que acontece acima do cérebro e para que sejam feitas as ligações é fundamental o indivíduo decidir-se por reunir as suas forças num centro, para deste centro fazer uma espada. Esta espada é um sistema termo-acústico que contém as contrapartes internas do calor e as contrapartes internas do som. São os níveis internos, secretos, daquilo a que aqui em baixo temos como símbolo o calor e o som. Entre o nosso sistema energético criado para uma apreensão do mundo e a Vida, há um salto imenso. É um abismo.
Nós, do ponto de vista da evolução superior, estamos enterrados debaixo da terra. Isto a que aqui em baixo chamamos Ascensão, do ponto de vista cósmico, é só o nascimento. Do ponto de vista das consciências superiores, nós somos sementes lançadas à terra. Quando se fala em Ressurreição, isto é, quando o ser se desliga do físico cósmico e aquilo que para nós é uma ascensão, do ponto de vista cósmico é o nascimento do ser, até então ele é um embrião.
Parece longe, não é? Parece que nunca vamos lá chegar. Claro, porque o indivíduo está a ver isso com os olhos psicológicos com os quais se auto avalia ao nível de: se é capaz de conduzir bem um automóvel, uma empresa ou uma família.
Existe um chamado para o ser que Sabe, aquele ser que, apesar de toda a sua ignorância, apesar de todos os seus limites, acontece dentro dele o milagre de ele Saber e, paradoxalmente, quanto mais ele se abandona nas terras do não saber, quando ele finalmente chega à ignorância, que é uma coisa extremamente difícil de alcançar, dá-se então o milagre glosiológico de que nada sabendo, ELE VÊ.
Neste contexto, todo o nosso trabalho é um trabalho cuidadoso de nós nos calibrarmos para dentro da ignorância.
Nós conseguirmos chegar a este lago interno onde somos banhados pelo orvalho do silêncio e, uma vez banhados pelo orvalho do silêncio, e essa ignorância secreta se apropriar da nossa psique profunda, dá-se uma pacificação. Quando o indivíduo compreende que aquilo que ele tem de saber é-lhe devido pelo Cosmos, que aquelas pedras sobre a superfície do rio que ele tem que pisar, é competência do Universo, de Michael, da Ordem de Melchizedeque, quando sabe que, se o coração dele está no sítio certo, as pedras se materializam e que o que ele tem que ver e realizar e os corpos de conhecimento que ele tem que contactar são-lhe devidos, o Universo deve àquele que é puro de coração todos os tesouros – é uma lei.
Quando um ser se estabiliza nesta majestade interior, nesta segurança de que, pela pacificação do coração, pela purificação do ser, todas as portas até Orion estão abertas.
Entre a consciência de um ser e a descida do fogo que se aninha na pineal e no coração, existe o equivalente a camadas de material impermeabilizante que são configurações electromagnéticas, alietórias, criadas pelos irmãos que optaram por transformar a Terra e outros planetas num feudo. Esses seres criaram um ruído no campo electromagnético planetário até ao nível das nossas sinapses (disparos de luz que são ou não permitidos entre as células nervosas do nosso cérebro). A matriz de controle vai a este detalhe e isto gera como que um impermeabilizador entre a consciência cerebral e o ser que nós somos. O que impede a ligação é o material que está num certo nível do plano etérico que forma uma ampola em torno dos nossos crânios e que tem uma relação activa/retroactiva com o nosso pensamento e com o que nós nos permitimos.
Dentro de uma certa frequência de consciência, tu estás fortalecendo esse campo isolador e as intuições podem ser maculadas ou brilhantes em função desse campo.
O coração tem uma porta que só se abre por dentro e para que esse sacrário do Homem se abra é necessário que a consciência exterior atinja uma vibração exactamente igual à chama trina.
O facto de os pássaros se aproximarem de Francisco de Assis é só um símbolo no mundo concreto, do facto de ele ter penetrado no seu próprio coração e ter mudado o campo vibratório em função disso.
Nós andamos em torno deste lugar sagrado dentro de nós e, às vezes, há um pequeno toque, mas para que eu possa ser um habitante do meu coração, eu preciso de desenvolver uma auto reverência profunda, ou seja, eu necessito de me levar a sério.
Um dos grandes obstáculos a essa penetração no sacrário é que o indivíduo, lá no fundo, não se leva a sério, ele não acredita que ele é o que ele sabe que ele é. É um conflito entre fés: entre uma fé indígena que diz que ele é fogo vivo e uma contra fé baseada num residual biográfico dele que o puxa constantemente para a identificação com o seu passado.
A espada de luz que temos que sintetizar dentro de nós tem no seu punho o próprio coração humano, e depois, a lâmina estende-se do coração ao Ajna e à pineal, e a ponta penetra no 8º ou mesmo no 9º chacra. É só encontrar esta espada dentro de nós. O coração é uma jóia que o divino encastrou no Homem.
O coração é Paz, Vida e também Amor.
Existe uma membrana que está no nível mais alto do plano intuitivo que só se abre para o nível espiritual puro quando tu vais dizer o nome da cidade sagrada (Shamballa), mordes os lábios e dizes para o teu coração: “nem isto eu sei!”. É a Suprema Reverência. É aquilo a que a igreja católica chama “a Unidade do Espírito Santo”.
É preciso encontrar esta vibração. A mesma membrana que existe nos nossos níveis internos (entre o alto nível do intuitivo e o nível do fogo sagrado) existe na passagem da humanidade da superfície da Terra para os mundos intraterrenos. Essa membrana não há como atravessá-la senão no estado de Suprema Reverência.
Se microcosmicamente é a suprema reverência por aquilo que está vivendo no nosso coração, macrocosmicamente é a suprema reverência pela Lei. Quando um ser ama a Lei e sente uma reverência profunda pela Lei, o campo electromagnético equivalente ao ouro instala-se nele e satura o seu sistema nervoso e cura o campo electromagnético.
Sempre que um ser atinge as regiões do não saber, as regiões do silêncio e consegue atravessar a membrana entre o intuitivo (que é como um cântico, como um pássaro) e o espiritual (que é como um fogo que circula no interior do pássaro).... O intuitivo é belo, é bondade, o espiritual está muito acima do belo e não é bondade. O nível espiritual é comparável a catedrais em chamas azul cobalto estabilizado por formas alternativas de gravidades espirituais que produzem massa em dimensões paralelas. O plano espiritual dentro de ti ou na Terra é comparável a complexos de catedrais em chamas libertando radiação cósmica e um absoluto silêncio.
Quando Enoch foi levado ao plano espiritual, fugiu. Depois foi-se aproximando muito de vagar. Ele dizia que os muros das construções no plano espiritual eram feitos de vidros e vidros dentro de vidros, estruturas cristalinas, algumas tinham cor e outras eram completamente transparentes. Quando ele entrou em contacto com os seres dos planos espiritual e monádico a única palavra que ele pôde utilizar foi “os ardentes” (aqueles que ardem). E como eu sei que vocês sabem do que é que eu estou a falar, então é possível! Porque se nós trabalhamos neste nível, tudo o mais, toda a realidade ambulatória em torno de ti sofre a metamorfose correspondente.
Quando um ser “arde” tudo se submete.
Se eu busco o nível ardente, ele vem ao meu encontro e a realidade tridimensional começa a rodar os seus campos vibracionais e eles sincronizam-se.
A forma como as vestes exteriores da Mãe divina (Maya), assim que um ser encantado pelo nível espiritual vibra, toda Maya começa a dançar com ele. O ar que respiras, os pólens, os virus da gripe dançam contigo de uma maneira totalmente diferente porque encontraste o nível ardente dentro do teu ser. Aprende a arder no centro e o Universo é uma flor.
Quanto mais eu vou entrando nas neves eternas, quando mais eu vou subindo a montanha até ao alto e me consigo estabilizar aí, quanto mais clara é a minha presença nesses mundos intuitivos superiores e quanto mais profunda é a minha ignorância no sentido em que eu já nem articulo excessivamente nada, eu posso ter consciência total do painel dos mundos intraterrenos, mas eu articulo-os com muito cuidado.
Existe uma reserva lúcida em relação ao grande conhecimento e, na proporção em que eu vou entrando nessas neves sagradas, há um momento em que “o teu guia tibetano” se transforma num Bothisatva e leva-te até à cidade sagrada – isso é lei. A Lei existe. Diz-se que o ser que encontrou o silêncio dentro dele e que, em vez de partir para a cidade distante soube sentar-se numa cadeira e encontrar as neves eternas dentro dele, se isto é feito como um poema de luz, então, tu podes ser conduzido à cidade sagrada.
...a experiência do não saber onde está a nossa consciência, se o EU está localizado dentro da caixa craniana e no tórax ou se EU é tudo o que está a irradiar-se das árvores, das colinas e das montanhas, não saber se és consciente aqui, neste corpo, ou se és consciente em todas as coisas à tua volta. E do sistema nervoso ser atravessado dia e noite, por uma electricidade deliciosa que é a própria memória de Orion ondulando nas nossas antenas.
O chamado é para que um ser transite do vale para as neves eternas, das neves eternas atravesse a estreita porta do coração através da lei da suprema reverência. Atravessando a estreita porta do seu coração ele encontra-se vivo e progressivamente ardente no nível espiritual.
Da 1ª à 3ª iniciação nós atravessamos as neves eternas. Os elementais densos, o fogo fricativo, estão a ser transformados e substituídos pelo fogo imaculado que vem da própria alma – Fogo Solar. À medida que o fogo solar penetra em nós, vamos tendo sintomas ligados à acoplagem com os níveis da alma. Menos vontade de aparecer socialmente, silêncio, recolhimento que é uma forma de expansão, uma enorme precisão ao nível da palavra, uma vontade de vibrar como um sino de cristal sem que isso seja um esforço ou uma repressão de sentimentos negativos. Quando é o fogo solar o coração transmuta o velho e introduz o novo sem que a pessoa sinta que está a reprimir nada.
Na 4ª iniciação – Crucificação – nós atravessamos a porta estreita que conduz ao coração. É uma fixação da psique no coração.
Na 5ª iniciação dá-se a revelação do fogo que nós somos. É quando os véus electromagnéticos do invólucro carnal rompem e o fogo sagrado que tu és se encontra contigo face a face.
Na 6ª iniciação o fogo toma conta dos protocolos de ascensão na base da coluna vertebral e noutras zonas do corpo e o corpo é transformado em luz – Ascensão.
O objectivo do trabalho é estabilizar o portal na 4ª iniciação porque é só aí que nós começamos a sentir as ordens sacerdotais superiores – as sacerdotisas de Lis/Fátima, os guardiões da fusão mental, Anutea e os poderosos transmutadores ligados a Gibraltar, etc.. Na 4ª iniciação trata-se de o indivíduo ser parte do corpo vibracional dos mundos intraterrenos.
O ser que ama e conhece o poder do silêncio dessas neves sagradas dentro dele, repousa serenamente na não imagem de si próprio.
Quando a mónada se projecta ao longo dos planos, ela deixa uma imagem de si em cada plano. Nós estamos recolhendo imagem a imagem até à fusão no vazio de imagem, mas quando entramos na cidade sagrada dentro de nós, encontramo-nos face a face com o hierofante.
Isto começa no fogo da fé mas multiplica-se para o fogo ardente da vida superior. Nesse nível toda a chama domina a segunda lei da entropia. Isto é constantemente plasmado em nós.
Pela Suprema Reverência nós podemo-nos encontrar com a nossa imagem sagrada.
Sair do vale... subir às neves sagradas... atravessar o túnel secreto do coração e mergulhar a consciência no fogo sagrado. Ao longo do processo os Irmãos mutam o nosso quotidiano até que ele fica irreconhecível.
Se é possível o nascimento de um conduto directo para os espelhos internos da Terra neste País – SIM.
Se estão criadas as condições – NÂO.
Por André Louro de Almeida 04/03/2005
Transcrição de Alice Jorge
No comments:
Post a Comment