Amhaj

Para que possais trilhar a senda luminosa é preciso responder ao Chamado. Isso significa vencerdes provas, nas quais terão confirmado o vosso elo com a verdade e com a luz. Todos os seres, um dia, penetram essa senda e alcançam a Morada Celestial. Porém, eons se passam até que o ciclo se consume. Não vos intimideis frente ao mal. Não desafieis o inimigo. Não retardeis vosso caminhar pelo clamor do passado. A poeira dos tempos será lavada do vosso ser; novas vestes trajareis, e grande será o júbilo da libertação. Porém, nessa senda pisareis sobre rosas e espinhos, e devereis aprender o mistério do Bem. É tempo de justiça. É tempo de graças. Magnífico poder, o Irmão Maior se aproxima. Silenciai vosso coração e acolhei o grande amor. Tendes a Nossa paz.

Hierarquia

Thursday, May 9, 2013

A Mãe do Mundo I-Trabalho da Mãe Divina

Vamos começar por pousar um contexto vasto e abrangente para compreender o trabalho, a função e a acção da Mãe do Mundo. O trabalho da Mãe é um trabalho oculto e misterioso. Esse mistério nasce da opção da entidade que ancora a energia da Mãe do Mundo em se velar e se retirar em termos de uma acção directa sobre a evolução do processo humano e terrestre. As civilizações que conseguiram permanecer acima de uma rede de forças caóticas manifestam, na sua iconografia e na sua estrutura, um par real que representa uma corporificação da corrente eléctrica do universo nas suas polaridades complementares: o Rei e a Rainha. O aspecto que ancora a energia do Filho, a energia dos arquétipos sagrados para a terra, é o Rei do Mundo. O aspecto que ancora a energia da Mente Cósmica, a técnica operativa de materialização dos arquétipos sagrados, é a Mãe do Mundo.

A energia feminina do Logos não tem como dar início ao processo criador; no entanto, uma vez o processo iniciado pelo impulso da energia masculina, a energia da Mãe recebe, multiplica e leva às máximas consequências o impulso do Rei do Mundo. Estes dois princípios, masculino e feminino, não são apenas princípios complementares mas forças que se potencializam mutuamente. O Rei e a Rainha do Mundo trabalham em colaboração, em constante troca de energia. O Rei é a encarnação do poder generativo, do impulso ígneo vertical. A rainha funciona simultaneamente como a receptora e a transmissora do calor gerado por esse impulso. A energia da Mãe é simultaneamente receptiva, multiplicadora e dinâmica. O Rei do Mundo… A Rainha do Mundo… Ora, onde se encontra a Rainha? Onde se encontra a figura que electricamente complementa o poder generativo do Rei? É importante compreender que o Rei só faz sentido num contexto de Rainha, assim como a Rainha só faz sentido num contexto de Rei… existe uma precisão etimológica na linguagem da Hierarquia. Vamos procurar estudar o contexto mais vasto para compreender a origem, a razão de ser, a função e a missão da Mãe do Mundo. Vamos estudar a sequência de transmissão da corrente feminina universal, procurando compreender como essa transmissão acontece, procurando aceder a uma percepção abrangente, da função específica da Mãe do Mundo, compreendendo a importância da ligação dessa corrente matricial no processo evolutivo do planeta terra.

Qual a natureza da missão da Mãe do Mundo? De que forma a sua acção ancora e se exprime na terra? Vamos tentar perceber o processo que conduziu à suspensão dessa Missão, ou seja, perceber o que aconteceu para que a acção da Mãe do Mundo tenha sido suspensa? Para compreender isto teremos que mergulhar na Atlântida. Finalmente tentaremos compreender o processo de retorno da Mãe do Mundo, a nova assunção dessa função na Hierarquia e o restaurar da função complementar do Rei e da Rainha. A Mãe do Mundo: a Mente Coordenadora da Força Planetária e a Potência Sagrada no interior da Matéria O Pai é a vontade, o início, o impulso ígneo; o Filho, gera os arquétipos e testemunha perante o pai a evolução da criação; a Mãe é o agente dinâmico que se lança sobre a criação para a coordenação inteligente da corrente criadora. A Mãe e o Filho unem-se para a evolução da criação, para a manifestação do projecto divino na terra. A Mãe é simultaneamente a mente e a dinâmica criadora lançada em perpétuo movimento para conduzir e coordenar toda as fases e esferas da criação.

Existem dois aspectos ligados à Mãe do Mundo: um é a Mente, o espírito director da força planetária; o outro, é a Presença da Mãe Divina dentro da matéria, a força da Mãe animando e recriando constantemente a vida no âmago da substância. Quando se fala de Shakti refere-se um aspecto do Divino diferente de Brahman. Brahman é o aspecto transcendente, imaterial do Divino; Shakti é a Presença e a Acção da Mãe Divina agindo no âmago da substância. Sintonia da Mente Cósmica com a mente individual: A transparência, abrangência e criatividade da mente A Mãe Divina gera a Mente Cósmica; esta está na origem da Mente Planetária que conduz e coordena a evolução humana e terrestre, e actua fundamentalmente procurando sintonizar a mente dos seres humanos com a corrente que a religa ao projecto da mente universal.

A Mãe do Mundo é a coordenadora da mente que, por sua vez, é a coordenadora do emocional, do físico e das forças primárias do planeta. A Mente é a coordenadora do projecto de realização da personalidade e a entidade que coordena a mente é a Mãe Divina. A Mãe está constantemente ajustando a substância da nossa mente; realizando uma sintonização e uma educação da mente, aferindo-a cada vez mais profundamente com o projecto da Mente Cósmica. A Mente é o território da Mãe Divina; actua clarificando, seleccionando os nossos pensamentos, qualificando-os através do refinamento gradual da consciência. A Mãe Divina lança sementes criativas na mente, educa a força criativa da mente e a actividade inteligente procurando que sejamos criativos no plano mental. À medida que se processa a sintonização, a coordenação e o ajuste da mente individual com a mente planetária, esta torna-se cada vez mais transparente, criativa e abrangente. A Função da Mãe do Mundo Condução, Coordenação e Circulação Criativa da Força Planetária Um planeta é antes de mais Potência; uma corrente, um tremendo caudal de força constantemente movendo e misturando entre si os quatro elementos: terra, água, ar e fogo. A Mãe do Mundo lida directamente com a Potência Planetária, com a condução, a coordenação e a circulação criativa do imenso caudal de força planetária. Esta força é Shakti-Kundalini, o potencial criativo dos 4 elementos. Quando o aspecto Brahman do divino é incorporado na matéria e anima o âmago da substância, chamamos a essa função operativa da consciência/força, a Mãe do Mundo.

A Mãe do Mundo é essencialmente operativa, lida com a percepção, a condução e a distribuição da força; representa a capacidade feminina de expandir e fazer circular criativamente a força planetária. Então, temos estes dois aspectos ligados à função da Mãe do Mundo: A função coordenadora da Mente na condução da força. A Mãe Divina, a mente directora cósmica, conveccionando-se na Mãe do Mundo, a mente planetária que por sua vez cria um foco dessa mesma convecção na mente individual de cada ser humano. É claro que o pensamento pode estar condicionado por forças automáticas e logo anti-criadoras, no entanto, à medida que a substância mental se sintoniza à Mente da Mãe, a mente individual torna-se uma mente criadora e produtiva. A mente tem um imenso potencial criador que é o poder propulsor da Mãe Divina actuando ao nivel mental.

O Pai está associado à mónada; o Filho está associado à alma e ao Eu superior; a Mãe é a coordenadora da dinâmica da mente, está associada às qualidades de clareza, lucidez e transparência da Mente mas também à sua tremenda potência criativa. É importante não confundir Mente com a função lógica racional – a lógica racional é apenas uma das funções da mente. Ora, a mente que a Mãe visa, a mente através da qual a Mãe actua, a mente que a Mãe vai gradualmente educando e calibrando é por um lado a mente lúcida e por outro a mente criadora. O que é importante compreender é que muitas vezes a corrente de Luz e Amor da alma e a corrente de Glória da mónada não conseguem actuar sobre nós se a mente estiver estagnada. Por vezes observamos, em certos ambientes espirituais, que a aspiração a unir-se com a radiação de luz do Eu superior é tão forte que o plano mental começa a estagnar. No entanto, enquanto o plano mental não é iluminado instala-se um hiatus entre a personalidade e os planos de luz na 4ª e 5ª Dimensão.

O trabalho no plano mental é essencial para a articulação e coordenação entre os níveis superiores do Ser – Eu Superior, Mónada e o plano da Personalidade. Alguns ambientes espirituais correm o risco de confundir o verdadeiro silêncio contemplativo da Mente iluminada com um estado de estagnação ou inércia da mente. O plano da mente não é para ser superado, não é para ser silenciado mas para ser iluminado. A iluminação do plano mental realiza-se através de uma absorção progressiva da mente individual na mente universal; este processo de universalização gradual da mente vai tornando a consciência cada vez mais transparente e abrangente; vai dilatando cada vez mais as concepções que o ser tem de si mesmo e da realidade. Este estado de abrangência e dilatação da mente é tudo menos estagnação. A iluminação do plano mental intensifica a criatividade e a produtividade da mente; aumenta a lucidez e eficiência na penetração dos problemas. Um ser cuja mente é iluminada é um ser mentalmente lúcido, criativo e consequente.

A Mãe estimula o processo de iluminação da mente, sintonizando-a a cada vez mais profundamente com a abrangência da sua própria Mente universal. Estagnar a dinâmica criativa da mente, parar este processo de iluminação progressiva da mente é das coisas mais perigosas que existe. Pois se a mente estagna o ser não tem meio de coordenar os planos superiores com o nível operativo da personalidade. Ora é justamente esta função coordenadora da mente que a Mãe está constantemente a estimular em cada ser. A inércia no plano mental traduz-se em inércia emocional e física. Um ser mentalmente inerte acumula em si uma enorme quantidade de energia emocional e física. Quando a energia emocional e física não consegue encontrar vias mentais criativas começa a acumular-se nos chacras sub-diafragmáticos, estagna e desorganiza-se.

A energia mental criativa corresponde à activação dos centros energéticos frontais: Ajna e Laringe. A laringe é o centro a partir do qual projectamos uma visão criativa no espaço. O centro energético da laringe cria uma ressonância no éter que imprime e plasma a visão criativa da mente no espaço. Uma pessoa que tem o centro da laringe bloqueado pode falar muito mas não cria, ou seja, a ideia veiculada nas suas palavras não cria efeitos vibracionais no espaço etérico. Um ser que tem esse centro energético liberto pode falar pouco e criar muito com o pouco que fala. É a associação entre a activação da visão no centro energético do Ajna – visão que nasce da conexão da mente com a mente cósmica – e a transmissão dessa visão, a sua plasmagem no espaço etérico através do centro da laringe que é criadora, geradora de futuro.

Nestas condições de abertura energética, a dinâmica da mente associa visão, informação e radiação. A visão da Mente, veiculada pela ressonância da palavra e da voz activam a circulação da força da Mãe. A palavra, transmissora da dinâmica mental, torna-se operativa. Neste trabalho, a abertura e a receptividade do coração são factores essenciais, no entanto, se a mente não é criativa e operativa, se o ser se descoordena e dessincroniza em relação ao fluxo da mente da Mãe do Mundo, a força pode até ser contactada mas perde o seu instrumento de condução. O coração é uma câmara de conexão com a força sagrada mas a mente é um instrumento de condução e coordenação da força em função de um projecto. A Conexão da Mente com níveis superiores de concepção do ser humano e da existência na terra O trabalho espiritual da Mente é o trabalho que gradualmente sincroniza a mente com o plano evolutivo que a Mãe do Mundo coordena e opera a cada momento na terra. Com efeito, o trabalho da Mãe não consiste tanto em sintonizar as mentes com níveis superiores de silêncio ou de contemplação, mas sim em elevar a mente ligando-a a níveis superiores de concepção.

São esses níveis, através dos quais a mente se projecta numa concepção criativa, que são operativos no projecto de actualização do ser humano e de construção de novas formas de existência na Terra. A Mãe Divina projecta-se como Mãe do Mundo, como mente planetária e estimula nas mentes as concepções superiores do ser humano e da vida na terra. A mente coordenadora da Mãe está constantemente a operar através das mentes criativas do planeta para que a força planetária possa ser reconduzida através de veios evolutivos. MahaSaraswati corresponde ao movimento dinâmico da Mãe impulsionando a mente para esses níveis superiores de concepção a partir dos quais se pode operar uma coordenação eficaz e uma condução eficiente das grandes correntes de força que se movem no planeta.

O instrumento que a Mãe utiliza para conduzir e coordenar a força planetária é a actividade mental, a força criadora da Mente. Com efeito, o controlo da força planetária, a coordenação harmônica destas correntes, a condução criativa destes imensos caudais de energia viva que dinamizam os 4 elementos, não se realiza apenas pela conexão com o Eu Superior ou com a Mónada. Sem o elemento simultaneamente coordenador e criador da mente a condução da força planetária não pode ser realizada. O magnetismo do coração e a dinâmica criadora da Mente Planos de transferência e coordenação entre as radiações superiores e a condução da força Existem dois planos que permitem a transferência, a articulação e a coordenação entre as radiações superiores e a condução da força dos quatro elementos sem a qual não existe manifestação: o magnetismo do coração e a dinâmica criadora da mente.

Um ser cujo coração não está receptivo não consegue receber e doar uma identidade própria, uma expressão singular à força planetária. No entanto, a receptividade do coração não é suficiente para coordenar e conduzir a força. Quanto mais estagnada e inerte está a dinâmica da mente, quanto menos desperta está a sua função criadora e coordenadora, mais a força dos quatro elementos se encontra num estado caótico ou de estagnação no interior do ser. Quando a mente estagna a força deixa de ter condutor. O ser humano, na substância dos seus corpos, é composto pelos mesmos elementos que compõem o planeta: o elemento terra corresponde aos diferentes elementos prânicos que circulam no corpo físico; o emocional corresponde ao elemento água; o mental corresponde ao movimento do ar; o fogo é o estado de entusiasmo no qual as coisas estão acesas e vibram um grau de intensidade que atribui significado à vida.

Os 4 elementos de que somos compostos vêm da potência de Shakti-Kundalini, que emerge do interior da Terra numa dinâmica quádrupla. O controlo da força planetária implica uma coordenação inteligente do movimento destes 4 elementos, a sua condução a partir projecto evolutivo da Mente Planetária. Então, existe uma acção dupla da Mãe do Mundo: por um lado, a energia da Mãe coordena a mente planetária que por sua vez coordena criativamente a mente individual. Por outro lado, a acção da Mãe gera uma corrente de potência que penetra no âmago da matéria e liberta, conduz, organiza, coordena entre si os 4 elementos para a manifestação criativa da vida. Ou seja, a acção da Mãe simultaneamente liberta e dinamiza a potência dos 4 elementos e coordena a sua circulação a partir da dinâmica criativa da mente. A função da Mãe do Mundo: Coordenação, Condução da força planetária em função do projecto Evolutivo da Humanidade. A propulsão da mente criativa da Mãe estimula em nós concepções superiores de ser, de estar e de existir. A sua acção consiste em: - libertar e dinamizar a potência dos 4 elementos que compõem a dança criativa da existência - coordenar e conduzir a força dos elementos, as energias fundamentais da personalidade, direccionando-as a partir de um plano evolutivo, um projecto superior de concepção do ser e da existência.

O plano da Mente não significa complexidade intelectual, sofisticação ou racionalização. Quando o ser não desenvolve dinamismo e criatividade mental para coordenar e conduzir as forças emocionais e físicas em função de um projecto, estas começam a acumular e estagnam dentro do ser: acumular terra resulta em vitalidade não expressa; acumular água resulta em bloqueios ou excessos emocionais que não deixam fluir de forma livre a intensidade do sentimento e do amor pela vida; acumular ar resulta em ideias que não se realizam, visões criativas que não encontram vias de concretização.

Existem três níveis energéticos através dos quais o amor se exprime no coração: o nível primário das emoções, o nível em que o coração é expressão da dinâmica do ser psíquico e o nível mais interno e profundo do coração onde vive a energia crística, a corrente de Amor-Sabedoria. É a qualidade de transparência e lucidez da mente que gradualmente estrutura e coordena a energia emocional e física. O amor é uma força tremenda; no entanto é na medida que se associa às qualidades da mente que essa força se vai estruturando e dando emergência ao Amor-Sabedoria. A Mãe do Mundo, no acompanhamento que realiza no nosso processo evolutivo, estimula a transferência gradual da psique infantil para as profundidades do Amor Crístico através de um processo de amadurecimento da energia e do significado do amor no ser psíquico. Só depois de um longo processo de psiquização, através do qual a energia do amor amadurece gradualmente dentro de nós, chega o momento de um contacto efectivo com as vibrações do Amor Crístico. À medida que o ser psíquico se desenvolve, um refinamento cada vez mais profundo vai acontecendo nas emoções; uma sensibilidade cada vez mais qualitativa emerge no interior do ser e prepara o ancorar do Amor Crístico.

Sempre que o canal do coração e da mente criativa não estão abertos, as energias fundamentais dos 4 elementos estagnam ou entram num estado de desordem e de caos no interior do ser. A abertura da câmara do coração e do canal da mente criativa A mente de cada ser está progressivamente a ser alinhada, sintonizada e calibrada pelo espírito director universal – a Lux Aeterna, a dinâmica de coordenação da Mãe Divina. Ora, o que é que põe a nossa mente em movimento? Um projecto! Se não existir um projecto que faça convergir e permita coordenar a energia da mente, ela está constantemente a colapsar sobre si própria. A mente é como uma fonte constantemente a jorrar energia mental. Se esta força criadora da mente não é direccionada, coordenada e conduzida em função de um projecto, torna-se caótica, dispersiva e descontrolada. A Mãe Divina coloca o dom, a dinâmica criadora e a força directora de um projecto na Mente. Daí a importância do ser cuidar do seu projecto e do seu dom. Enquanto o ser está a viver o seu dom e a investir o seu projecto, a mente mantém a sua dinâmica criativa e a sua força estruturante.

A energia primordial da Mãe Divina na matéria – Shakti - diferencia-se e dá origem aos 4 elementos. Esta força poderosa precisa ser coordenada pelo coração e orientada pela dinâmica criativa da mente em função de um projecto de realização do ser. Toda a energia não expressa mas também toda a potência liberta sem coordenação, vira-se contra o próprio ser. O ser é potência e se esta não está integrada aos seus condutores, se não circula de forma ordenada, se não está coordenada em função do projecto profundo de realização do ser torna-se destrutiva.

A Mãe do Mundo para funcionar como condutora e coordenadora da força planetária transforma-se em: Lux Aeterna - o 3º aspecto da trindade- manifestando-se como Mente Cósmica. Como Mente Cósmica a Mãe é iluminadora; a sua acção corresponde ao circuito descendente da Luz que plasma na mente as concepções superiores do ser e de existência na terra. Nesta função, a Mãe actua enquanto uma dinâmica iluminadora, uma corrente de luz branca que impregna a substância mental de uma qualidade de lucidez e transparência.

A acção da Mãe actua como um orvalho de Luz que cura, clarifica, ordena e torna progressivamente transparente a substância da mente, das emoções e do corpo. As Mãos de Maria representam este caudal de luz cristalina descendo sobre a mente, sobre a substância emocional e sobre as células do corpo físico. No profundo da substância, a força da Mãe é Shakti-Kundalini, a Deusa na matéria, a potência de vida operando uma regenese constante na substância. O Processo de Iluminação da Mente: A absorção gradual da mente individual na abrangência da mente universal O processo de iluminação da Mente realiza-se através do alinhamento e da calibragem progressiva da mente relativa e individual com a mente universal. Trata-se do processo de coordenação gradual entre as verdades relativas e a verdade absoluta. À medida que a mente se torna abrangente vai perdendo virtualidade e ganhando realidade.

O poder coordenador da Lux Aeterna sintoniza gradualmente a mente individual com a abrangência da mente absoluta da Mãe. O trabalho de Lux Aeterna é ir gradualmente absorvendo a substância da mente na verdade da mente universal. No entanto, do ponto de vista do projecto da Mãe, a iluminação não serve apenas para manter a mente num estado contemplativo mas para, a partir de uma visão cada vez mais lúcida e clara, coordenar, organizar e conduzir as 4 forças de Shakti-Kundalini em direcção ao projecto de manifestação da realidade divina na terra. Sem mentes dinâmicas, a luz, a paz e a verdade são concepções contemplativas que nunca chegam a um estado de realização efectiva.

Por André Louro de Almeida-2012-Airschool

Fonte: http://deusasolar.blogspot.com.br/

A Mãe do Mundo II-Shakti O Despertar da Deusa Adormecida na Matéria

Shakti: O Despertar da Deusa Adormecida na Matéria A energia eléctrica ligada às Plêiades, profundamente impregnada na matéria, é uma expressão da potência da Mãe Divina – Shakti-Kundalini - animando com a sua força o interior da substância. Toda a matéria universal está impregnada de uma Deusa que dorme, esta Deusa representa a potência da Mãe adormecida na matéria. Esta é a condição inicial de uma aventura estrutural cósmica; no entanto, é importante não confundir este estado inicial da matéria, Shakti-Kundalini adormecida, com o estado da Mãe do Mundo envenenada, que aconteceu quando as 4 forças de distorção se introduziram no controle da força planetária. A história do adormecimento do princípio feminino é universal. Uma guardiã de pureza virginal na matéria está ameaçada… Esta realidade é inteiramente consistente com as histórias contadas às crianças como a Branca de Neve ou a Bela Adormecida. Cada unidade de matéria pode, ou não, ter desperta em si a consciência do Paraíso. Existem dois estados de átomos – átomos adormecidos e átomos despertos. Quando os átomos estão despertos isso significa que a radiação da Mãe despertou no seio da matéria.

A potência de Shakti-Kundalini despertou e a energia cósmica está cada vez mais acesa e pulsante no âmago da substância. À medida que essa presença/força desperta, revela a Deusa Imanente da matéria. À medida que a Deusa adormecida na matéria desperta, a força dos 4 elementos é liberta numa espiral ascendente, numa corrente que aspira à conexão com a contraparte sagrada de cada partícula no paraíso A matéria evolui de forma rítmica, num movimento em espiral em direcção ao Paraíso onde está a contraparte sagrada para cada partícula. O movimento de despertar gradual da força de Shakti-Kundalini vai activando a coluna de cristal ao longo da espinal-medula e desperta progressivamente os vários centros energéticos acendendo neles uma qualidade vibracional que prepara o ancoramento das radiações superiores. A Função da Mãe do Mundo: Coordenadora do processo de fusão gradual entre Lux Aeterna, a corrente de luz descendente e Shakti-Kundalini, a corrente de potência ascendente

Qual é a função da Mãe do Mundo? Qual a natureza do seu trabalho? Em que consiste a sua acção?


A Mãe do Mundo é a entidade a meio do caminho que rege o processo de intersecção e fusão gradual entre a corrente ascendente das energias fundamentais de Shakti-Kundalini – terra, água, ar e fogo – e a corrente de luz descendente da Mente Universal que contém a radiação sagrada e o projecto divino para a humanidade e para a terra. Existem três aspectos ligados ao trabalho da Mãe:

1. A Lux Aeterna – a mente cósmica, a força de luz descendente que transporta a visão da Mãe, a sua concepção e o seu projecto de consagração da terra.

2. A força de Shakti-Kundalini, potência de vida actuando através dos 4 elementos.

3. A Mãe do Mundo enquanto mediadora que realiza a coordenação entre o projecto da Mente cósmica e a potência de Shakti/Kundalini. A Mãe do Mundo é a mediadora entre o projecto da Mãe infinita e as forças elementais no seu estado de desenvolvimento relativo a um planeta e a uma determinada era. A Mãe do Mundo é a entidade que adapta o projecto da Mãe Universal a este planeta e ao momento histórico que a humanidade vive. A Mãe assume uma posição simétrica de forma a coordenar o processo de harmonização entre as forças ascendentes e descendentes: pelo pólo norte do planeta desce a energia de Lux Aeterna, pelo pólo sul sobe a energia de Shakti-Kundalini e ao centro, no coração do planeta, está o sincronizador de cristal, o trono da Mãe do Mundo. Em torno do trono estão as 4 centrais de diferenciação da força planetária. A força original para se tornar uma dinâmica criativa de manifestação decompõe-se em 4 forças secundárias – terra, água, ar e fogo. A potência da Mãe emerge das profundezas da terra numa corrente de energia pura, anterior à diferenciação nas 4 forças fundamentais da matéria – energia electromagnética, energia nuclear fraca, energia nuclear forte e força de gravidade.

O trabalho da Mãe consiste por um lado em libertar a potência de Shakti-Kundalini; o desejo de vida, a pulsação de vida, a força de realização na vida. Por outro lado, a sua acção procede à integração da força, coordenando-a e conduzindo-a em função do projecto universal. Trata-se primeiro de libertar a potência e depois de a conduzir, coordenar e integrar no projecto universal. Todo este processo criativo é activado pela força do coração, a dinâmica criativa da mente e a potencia de projecção do centro da laringe. Grande parte deste trabalho de libertação da força e sua coordenação em função do projecto universal está ligado à acção do chacra da Laringe – Magdala.

Qual o domino de acção das forças involutivas? Que camadas da corrente planetária foram atingidas pela sua acção? As forças involutivas tomaram os 4 pólos controladores, a partir dos quais se dá a diferenciação da força da Mãe do Mundo, mas não atingiram nem a potência pura de Shakti-Kundalini no trono central da Mãe nem a corrente descendente de Lux Aeterna. A amplitude do domínio das forças involutivas atingiu os níveis intermédios, desde o plano da mente superior até ao nível no qual se dá o princípio de defracção e controlo elemental; ou seja, o nível no qual a potência pura de Shakti-Kundalini se diferencia nos 4 elementos. No entanto, as forças involutivas não atingiram a camada mais profunda da matéria, o campo unificado anterior à diferenciação elemental. No âmago da substância, na camada quântica da matéria irradia ainda a potência pura da Mãe. A chave de acesso a essa camada profunda, subatómica está na activação das mais altas camadas de Lux Aeterna.

A pomba representa Lux Aeterna, a corrente descendente de Luz da Mente Universal. O cristal representa o trono central de coordenação da Mãe do Mundo. A serpente representa a potência ascendente de Shakti/Kundalini, a Deusa emergente na matéria, a respiração, a pulsação de vida animando a substância. A coordenação, o equilíbrio, o grau de harmonização entre os dois pólos vai dando a medida da Mãe Divina em cada ser. O Sacrário: A Câmara da Mãe do Mundo, o Éter Primordial, o Agente Alquímico da Mãe O Muladhara, símbolo da mulher, é a confirmação do ponto de convergência da força: a potência pura de Shakti/Kundalini que depois se diferencia nas 4 forças elementais. Estas 4 forças emergem a partir da potência, do impulso, do desejo de viver. A partir desta corrente pura de vida dá-se o processo de diferenciação nas 4 correntes da força elemental. O espírito coordenador universal desce sob a forma de Maheswari, Mahakali, Mahalaksmi, Mahasaraswati – actuando quadruplamente sobre as 4 forças emergentes de Shakti-Kundalini. O símbolo alquímico da Mãe do Mundo está ligado ao sacrário, a câmara onde o Éter primordial religa os 4 princípios superiores às 4 forças elementais e transubstância a matéria. O termo que a igreja católica utiliza para o processo que conduz à fusão entre os 4 princípios superiores e as 4 forças elementais é transubstanciação.

O sacrário é um espaço no interior do qual se coloca uma substância – a hóstia - simbolizando a substância mental, emocional e física, ainda impregnada da vibração terrestre; no interior dessa câmara a substância é absorvida no éter primordial e transubstanciada. A energia quádrupla de Kundalini em torno do trono da Mãe do Mundo é purificada pelo poder do 5º elemento – o éter primordial. A matéria é consagrada, nela acontece a corporificação da trindade. Matéria consagrada não é nem matéria no estado emergente nem apenas os princípios abstractos transcendentes, é uma 3ª substância nascida da fusão.

Os Portais: O Sacrário na Atmosfera do Espaço Actualmente, o sacrário é atmosférico e estão a ser criadas novas câmaras e novas técnicas de transubstanciação. Nas imagens que nos formam internamente mostradas de um centro espiritual em Portugal existe uma ilha ao centro e em volta da ilha, um espelho de água. No topo da ilha existe um círculo com 4 colunas: norte, sul, este, oeste. Essa ilha representa, para o centro espiritual, o Paraíso. Todas as actividades do centro representam os signos do Zodíaco, sendo que o centro espiritual está dividido em 12 áreas de trabalho, 12 áreas de expressão. O Zodíaco, em torno de um espelho, com uma ilha ao centro e 4 pólos. No centro dos 4 pólos está acesa a Chama da Ascensão. O Éter Primordial: agente operativo que permite a materialização dos arquétipos sagrados O 3º aspecto da Trindade gera Luz Aeterna, a mente cósmica. O veículo da mente Cósmica, o seu agente operativo é Akasha ou o éter primordial, também conhecido como o Manto da Mãe ou o Véu de Isis. A Mãe é simultaneamente azul celeste e vermelho terra: o vermelho representa a tremenda força de vida, a paixão pela vida que a Mãe manifesta enquanto Shakti. O azul é o manto, a energia da Mãe Divina impregnada da radiação do futuro, trazendo em si a concepção do futuro, trabalhando para construir o futuro.

A voz da Mãe Divina, Sophia Perene, está impregnada de uma doçura lúcida, criativa, futurista. A Mãe é o agente dinâmico que trabalha para a materialização dos projectos do Filho, procurando manifestar no universo criado os projectos arquitectónicos e corpóreos dos filhos do Paraíso. A Mãe Divina como Lux Aeterna é a dispensadora do futuro dos dias. É a suprema visão do potencial do futuro, a concepção paradisíaca a ser manifestada na humanidade e na terra. Os dias passam e chamam-nos para o futuro – o futuro eternidade é o futuro construído com a matéria inspiradora que vem da eternidade. Esta visão superior que contém o projecto sagrado a ser manifestado na terra tem um veículo condutor, um agente operativo, Akasha – o éter primordial – o veículo da acção da Luz, a sua força de materialização.

Qual a diferença entre a Luz do Cristo e esta Luz dinâmica que é o veículo da acção da Mãe? A Luz do Cristo é supraespacial, o éter primordial é intraespacial, é uma substância que anima o espaço volumétrico, o agente de materialização que plasma os arquétipos sagrados numa dimensão espacial, etérica e física. Onde estão os arquétipos pouco antes de se materializarem? No éter primordial. O éter é o veículo operativo de materialização das formas. Os arquétipos sagrados não conseguem materializar-se no espaço e nos corpos se não passarem por este agente dinâmico que permite a plasmagem na substância. Os arquétipos têm que passar pela Mente coordenadora da Mãe e depois materializar-se, electricamente, através da acção deste agente operativo, o éter primordial. É a tecnologia e a ciência da activação do éter primordial, o agente operativo que plasma os modelos, que permite a materialização no espaço das Cidades de Luz. Os centros intraterrenos são pontos de aplicação no espaço desses modelos sagrados que estão em dimensões suprafísicas, que por sua vez se projectam nas cidades sagradas, são uma aplicação no espaço dos modelos civilizacionais que existem na mente cósmica.

A acção da Mãe é dupla: existe o processo descendente da Mãe desde Lux Aeterna e o processo complementar, a emergência da potência da mãe no âmago da matéria: o despertar de Shakti-Kundalini. À medida que esta força emergente desperta divide-se nos 4 elementos e cria o grande dinamismo do cubo. Quanto mais afastados e descoordenados entre si estão os 4 elementos, mais problemas existem no interior de um ser e de uma civilização. O estado de desordem, de contradição e de conflito no interior de um ser está ligado ao estado de dessincronização entre estas 4 forças – física, emocional, mental e intuitiva.

É a força do éter primordial – o 5º elemento – que tem a capacidade de coordenar os 4 elementos unificando-os numa mesma direcção, estruturando-os no interior de um projecto de realização do ser. A hóstia, símbolo da substância, ao entrar no interior do sacrário com os 4 elementos num estado de fragmentação, é impregnada pela potência do éter primordial. Através dessa impregnação, os 4 elementos são unificados e emerge o estado corpóreo da matéria do Paraíso. A este processo chama-se Transubstanciação - corpo de Cristo, a consagração do corpo. O estado de coordenação suprema da personalidade corpórea é o Paraíso. O Amor do Filho é a força magnética do íman cósmico atraindo para si; o Amor da Mãe é a força que coordena, que estrutura os elementos para a realização do projecto. Este amor não é radical, na proporção exacta em que é aceitação, compreensão, educação do processo de crescimento do ser.

A Mãe do Mundo coordena o processo de integração entre as concepções superiores e as energias dinâmicas inferiores. Coordenação é Amor, coordenar é uma expressão profunda de amor pois co-ordenar significa ordenar a dois, ordenar o que vem do mundo dos arquétipos sagrados com o mundo do possível - a força emergente da Deusa na matéria que procura libertar-se da sua prisão, refinar-se, irradiar um brilho psicológico cada vez mais integro e intenso. A força emergente da Deusa na matéria é a fonte, do impulso, do desejo de viver; esta força pede para ser liberta e coordenada com a fonte da inteligência e da essência que está em Lux Aeterna – a fonte dos significados, dos valores, dos signos e sinais que vão iluminando gradualmente a mente e a existência. Pirâmide do processo de crescimento da consciência Sinal Monádico Signo Espiritual Símbolo Intuitivo Significados Mental Vivências Emocional Experiências Físico

A pirâmide do desenvolvimento da consciência permite-nos compreender a gradação progressiva dos graus de consciência que determinam a qualidade com que o ser investe a experiência. A ascensão da consciência evolui simultaneamente com a ascensão da experiência: à medida que a consciência ascende, ao nível das categorias à priori, a experiência torna-se gradualmente mais ampla, profunda e abrangente. À medida que a consciência ascende, o ser vai activando no interior de si espelhos vibracionais cada vez mais reflectores do fogo sagrado. Existem sete categorias à priori, sete níveis de consciência a partir dos quais o ser investe a experiência e a existência. O processo de amadurecimento da psique começa pelo nível da experiência. Nesta fase, a busca de experiências não é ainda uma busca de significados, pois os elementos, a força vital do ser está descoordenada em relação à consciência.

Neste nível, experiência significa que Shakti – a força vital - domina sobre a força de iluminação da Lux Aeterna. Ao fim de uns tempos, a natureza redundante e não construtiva das experiências esgota a motivação por esse nível e cria no ser uma “sede” de um outro nível de experiências. Quando a consciência consegue antecipar o resultado de uma experiência sem que o ser tenha que a viver, isto significa que a Mãe Divina já está a actuar na mente com o seu princípio de sabedoria. Quanto mais a mente individual está ligada à Mente da Mãe Divina, mais as forças elementais diferenciadas de Shakti procuram encontrar uma ordenação, uma coordenação e unificação entre si. Isto significa a busca de experiências que consagrem cada vez mais a integridade do ser, ou seja, experiências físicas que nutram a coerência emocional e tenham significados mentais. Experiências físicas, emocionais e mentais impregnadas de significado espiritual. Depois de um certo grau de desenvolvimento no nível da experiência, o ser torna-se progressivamente mais exigente e busca vivências. Vivência é um nível de experiência que nutre emocionalmente o ser. No nível da vivência, as experiências contêm em si um elemento coerente e estruturante que é fonte de enriquecimento emocional e participa na construção da identidade. A partir de um certo grau da consciência o nível das vivências deixa de ser suficiente; o ser começa em busca de significados.

O nível das experiências e das vivências, em si mesmo, deixa de ser fonte de satisfação; o ser precisa de sentir a emergência de um significado, isto é, antes de se entregar a uma experiência nasce no seu interior a questão – “Qual o significado desta experiência no contexto de um crescimento global? Qual o seu significado num contexto autenticamente espiritual?” Um contexto autenticamente espiritual é um contexto que promove o crescimento de todos, promovendo o crescimento de cada um. No plano espiritual não tem sentido colocar a questão do crescimento individual mas procura-se criar condições para o desenvolvimento de todos, conscientes de que este depende, detalhadamente, do crescimento de cada um. Neste contexto, a realização de uma pessoa leva ao crescimento de todos e o crescimento do grupo estimula a singularidade, a identidade e a criatividade específica de cada ser.

O contexto espiritual autêntico dilui as fronteiras entre Leão, a busca da individuação e da identidade, e Aquário, o envolvimento e o empenho no desenvolvimento do grupo. O nível dos significados surge quando o ser procura compreender para onde as vivências o estão a conduzir. Isto é, podemos ter experiências que nutrem a coerência das emoções que nos trazem um sentimento de plenitude, mas ainda não contém em si um sentido. A partir de um certo grau de desenvolvimento o ser torna-se naturalmente mais exigente e busca apenas vivências com significado. Este nível de exigência, a busca de significados, representa já um grau profundo de conexão da mente individual com a mente cósmica. No entanto, esta busca de significados e valores não pode ser imposta de fora.

A presença da Mãe Divina na mente é a força que vai gradualmente coordenando, a partir de níveis cada vez mais profundos e exactos, as 4 forças – terra, água, ar e fogo. É o grau de conexão entre a mente individual e a mente Mãe que vai criando em nós uma exigência crescente de coerência interior. Depois de um processo de amadurecimento da psique no nível dos significados, o ser começa gradualmente em busca dos valores; começa a emergir dentro de si a busca do nível simbólico da experiência. A busca do símbolo assinala já uma presença profunda da energia da Mãe Divina actuando ao nível da mente.

Quanto mais forte é a conexão da Mente da Mãe Divina com a mente individual mais a pirâmide inferior ascende pela força de tracção da pirâmide superior. Este processo de absorção da mente realiza-se gradualmente. À medida que as energias da Mãe Divina começam a actuar com uma força crescente dentro de nós, níveis cada vez mais precisos de coordenação das forças vão sendo instalados, são graus de presença da Mãe Divina que vão impregnando a nossa mente. O ser vai galgando níveis até que chega a um grau de consciência em que já não chegam nem experiências, nem vivências que trazem nutrição emocional, nem mesmo as que dão acesso ao significado. O ser começa a sentir a necessidade de perceber o símbolo…o que é que o Divino está a querer dizer especificamente com esta experiência? Entramos no plano em que lemos nas experiências da vida a linguagem de Deus.

A Mãe do Mundo III-O Microtron: O Processo de Materialização e de Desmaterialização da Substância



O Microtron: O Processo de Materialização e de Desmaterialização da Substância O trono operativo da Mãe do Mundo – o Microtron - tem o controlo das 4 forças fundamentais da matéria: força electromagnética, força nuclear fraca e força nuclear forte e força de gravidade. Estes 4 controlos fundamentais da matéria ancoram no Microtron e regem os protocolos de materialização e desmaterialização, definindo o grau de compactação ou de expansão das moléculas, átomos e partículas subatómicas. O grau de densidade dos nossos corpos físico, emocional e mental, depende do grau de conexão com a matriz vibracional, o biocomputador da Mãe no centro da terra. Esta âncora no coração da Terra, tem 4 transmissores fundamentais que canalizam para a superfície o poder de controlo da força planetária. Cada partícula da nossa substância material tem uma existência pendular e oscila constantemente entre o universo matéria e anti-matéria. Cada partícula realiza x ciclos por segundo para dentro do universo matéria, que confirma a realidade no plano tridimensional e x ciclos no plano da antimatéria, no qual as partículas da substância física, emocional e mental estão imersas na luz e radiação da 4ª e 5ª dimensão. Então, a questão que se coloca é a seguinte: quantos ciclos por segundo a substância está imersa do lado anti-matéria e quantos ciclos por segundo vibra do lado matéria? Quanto mais tempo por segundo as partículas dos corpos estão imersas no plano antimatéria mais o ser irradia luz.

A radiação da 4ª e 5ª dimensão que impregna a substância mental, emocional e física, quando imersa no plano anti-matéria, emana naturalmente do ser. À medida que a substância começa a ficar mais tempo por segundo imersa no plano anti matéria do que no plano da matéria, o ser começa a irradiar luz. Quem rege este processo de materialização/desmaterialização da substância dos corpos é a Mãe do Mundo; ele é minuciosamente coordenado em função da maturidade psíquica e da abrangência da consciência em cada ser. O grau de materialização da substância mental, emocional e física está directamente relacionado com a abrangência da consciência de um ser. É a abrangência da consciência que determina o grau de precipitação da potência de Metatron e grau de ajuste de Microtron que ancora e estabiliza essa potência na substância. Este processo é regido a partir de uma imensa coerência: se a consciência for restrita, limitada, nem a potência de Metatron desce nem a tela de plasmagem regida por Microtron pode abrir a sua receptividade. À medida que o anel da consciência de um ser se vai expandindo, dilatando, universalizando, a potência de Metatron começa a precipitar a radiação dos planos superiores e a inteligência de Microtron adapta minuciosamente os graus de receptividade da substância dos corpos para que possam gradualmente ancorar e estabilizar em si a Potência Sagrada. É desta forma que a acção da mãe vai operando o processo de desmaterialização de um ser.

Este processo não é algo vago, poético; é preciso, radioactivo. À medida que o ser evolui neste processo de desmaterialização e subtilização da substância dos corpos, vai-se tornando radioactivo, o seu corpo liberta radiação - radioactividade benigna - irradia luz e magnetismo. Quando a matéria mergulha no plano antimatéria é imantada em luz e radiação magnética. O magnetismo é uma força de intensa coesão que vai progressivamente unificando os fragmentos dispersos e integrando os diferentes núcleos do ser. À medida que este estado de coesão se vai instalando na substância mental, emocional e física, o ser precisa cada vez menos de acontecimentos exteriores e deixa vir ao seu encontro apenas aquilo que é realmente importante e coerente para a sua evolução. A Mãe do Mundo: o controlo da força planetária A partir do Microtron, o Sincronizador Cristalino no coração da terra, a Mãe do Mundo estabelece o controlo, a coordenação e a condução da força Planetária. O domínio da Mãe do Mundo é o domínio dos três chacras inferiores, nos quais é operado o controle da força universal, fundamentalmente tripla: vitalidade pura, 1ºchacra; Criatividade pura, energia sexual, 2ºchacra; Poder, 3ºchacra. Para estudarmos a acção da Mãe do Mundo temos que compreender as suas grandes armas, os instrumentos que utiliza para corporificar a força e actuar na terra: a mente, a cultura, a educação, o poder psíquico e político, a criatividade, o dom e a vocação que animam, em cada ser, um projecto de intervenção no mundo, a energia sexual, a energia monetária, a vitalidade são as armas, os instrumentos da Mãe do Mundo na sua acção de manifestação.

A energia monetária, por exemplo, é uma corporificação da força coordenadora da Mãe; na medida em que esta energia for bem distribuída, estará sendo coordenada e conduzida pelo projecto de manifestação da Mãe. Esse controlo da força planetária consiste numa condução que permite que o prana e a sua energia derivada (a energia criativa, sexual, a energia vital …), circulem por circuitos cada vez mais coordenados pelos arquétipos de Paraíso-Havona e cada vez menos por circuitos emergentes, arcaicos, erráticos. O trabalho da Mãe é fazer com que a força circule cada vez mais por circuitos coordenados e integrados no projecto de plasmar na terra o arquétipo da Terra Celeste. Se houvesse uma fusão completa entre a Terra e o seu arquétipo Sagrado, a Terra Celeste, teríamos um planeta de 6º dimensão na qual a consciência dos seres humanos estaria na 7ª Dimensão. É a Mãe do Mundo que, a partir do seu nível original - Lux Aeterna – a mente cósmica, coordena a força planetária em função do projecto evolutivo para a humanidade e para a terra. O que significa isto exactamente? Significa que onde existe ausência da acção da Mãe do Mundo, o controle da força Planetária está desligado, desfasado do seu projecto. A Mãe do Mundo foi impedida de actuar no controle do poder planetário. Quem então conduz a força? O planeta terra manifesta uma situação que é resultante do facto do controle da força planetária, com origem no Paraíso, ter sido desviada e distorcida pela acção das forças negativas. O retorno da Mãe, o assumir de novo do seu posto na coordenação da força planetária conduzirá progressivamente a matéria a um estado de conexão em que cada partícula da substância se sincroniza com o 3º Pólo – o Pólo Paradisíaco. Este processo de sincronização cria as condições para que a matéria passe do estado dual ao estado trino, no qual os dois pólos se encontram integrados pelo Pólo Paradisíaco.

A Distorção na Condução da Força Planetária: dessincronização entre a circulação da força dos elementos e a mente coordenadora da Mãe Na Era de Ouro da Atlântida, a Mãe do Mundo no trono Microtrónico e Melkizedeque no trono Metatrónico, plasmavam a imagem de Paraíso-Havona na tela do mundo com uma perfeição tão grande que se chamava a isso uma Era de Ouro. A acção da Mãe e do Pai estavam perfeitamente sincronizadas, a imagem sagrada era plasmada na tela de Sandalphon de uma forma tão perfeita que na atmosfera da terra e dos corpos vibrava a radiação celeste, a Shekhinah. Existia uma perfeita sinergia entre a acção de Microtron e Metatron e a função da Mãe do Mundo ao meio, religando, interseccionando e fusionando em graus cada vez mais profundos estas duas potências sagradas. Os 4 subcomputadores cristalinos eram espelhos físicos que permitiam à radiação pura da Mãe do Mundo de emergir à superfície através da dança criativa dos quatro elementos. Existiam 12 cristais Atlantes que eram pilares objectivados no plano físico e permitiam a irradiação e a materialização da matriz da Mãe do Mundo na superfície da Terra. É importante perceber a relação que existe entre o trabalho da Mãe do Mundo e a acção das forças involutivas e de que forma os condutos de condução da força planetária foram desviados em relação ao projecto da mente divina. Quando se refere a etapa final da Atlântida, sabe-se que houve uma guerra entre as forças da luz e as forças das trevas. Quem ganhou esta guerra? A força das trevas. Quando se afirma que as forças involutivas venceram na 2ª encarnação Atlante, venceram no sentido em que entraram na estrutura secreta do planeta e passaram a dominar a condução da força planetária, no momento em que esta começa a diferenciar-se nas 4 forças elementais. A força primordial da Mãe, a partir de um certo momento da sua ramificação, começa a ser dividida mas 4 forças elementais; é nesse momento de diferenciação que as forças se desconectam do poder coordenador da Mãe e começam a manifestar distorções. A Mãe do Mundo foi impedida de actuar no controlo da força planetária, deixando uma ferida que é a própria imagem distorcida da forma como a força planetária se manifesta na humanidade e na existência na terra.

As forças involutivas cortaram as ligações entre os 4 subcomputadores que tem controlo sob a circulação dos elementos e o biocomputador central. Estas forças primeiro atacaram os 4 tronos de cristal em torno do Trono da Central da Mãe, depois desactivaram os 12 cristais à volta da terra, que formavam, em pontos geográficos específicos, os poços de emergência à superfície da matriz da Mãe do Mundo. Estes 12 cristais operavam enquanto pilares da matriz cristalina da Mãe, calibrando constantemente a potência Metatrónica com a potência de Microtron e mantendo acesa no espaço e nos corpos a vibração do éter primordial. Que trabalho realizava essa matriz cristalina? Mantinha o estado de sincronização e equilíbrio entre as potências do Microtron e Metatron, activando o éter primordial no espaço volumétrico da terra. O éter primordial mantinha o estado de alinhamento e sincronização entre cada partícula da substância da mente, do sentimento, do corpo e o plano dos arquétipos e radiações espirituais. O éter primordial é o elemento calibrador da mente, do sentimento e do corpo, rectifica as distorções tornando percepção da real natureza do ser humano transparente e cristalina. Com a destruição dessa matriz cristalina da Mãe do Mundo o ser humano passou a viver num estado de dessincronização e desfasamento: a mente, o sentimento, os actos passaram a evoluir através de processos erráticos e a manifestar diferentes formas de distorção pois os corpos da personalidade deixaram de ter os calibradores vibracionais que os alinhavam em tempo real com o projecto do nível espiritual do ser. Isto significa que a substância física, emocional e mental foi desconectada em relação ao projecto da Mãe e a personalidade começou a manifestar graus de distorção. Muitos actos que sentimos como “negativos”, são apenas o reflexo de um estado de desfasamento em relação a esse calibrador central: a matriz cristalina da Mãe do Mundo. Este ataque ao poder da Mãe do Mundo foi danificando o controlo da força planetária e é esta a razão pela qual as 4 forças fundamentais da terra estão descalibradas em relação ao projecto da Mente Divina. As forças involutivas tomaram o controlo dos 4 subcomputadores em torno do Microtron provocando uma desconexão do campo substancial em relação ao projecto coordenador da mente da Mãe e uma distorção na circulação da força planetária.

Esta dessincronização na circulação da força dos elementos traduz-se por doenças físicas, perturbações psicológicas, emocionais e mentais; problemas sexuais; distorção na forma de distribuição e circulação da energia monetária; distorção na forma como o poder psíquico e politico é exercido. Quando olhamos para o mundo da alta finança, o mundo do poder político, do poder dos exércitos e do poder psíquico que as pessoas exercem umas sobre as outras; quando olhamos para certas expressões da sexualidade e o poder psíquico nela implicado, quando percebemos a dificuldade de canalizar a energia criativa accionando a vocação e o dom de cada ser para a realização do seu projecto no mundo podemos perceber um rasto da distorção. Esta distorção é uma consequência do controle das forças involutivas na condução da força planetária. No entanto, é importante compreender que o estado de distorção vibracional a nível destas forças é fundamentalmente distinto da natureza das forças em si que na sua essência são sagradas na medida em que são uma expressão do poder da Mãe de criar e materializar as radiações sagradas exprimindo-as na matéria e na existência. As forças que se instalaram nestes 4 quadrantes em torno do Trono da Mãe do Mundo são os 4 senhores da "hierarquia" negativa: - o senhor das nações e da Guerra - o senhor da morte; - o senhor da mentira/medo/falsidade/ignorância; - o senhor da ignorancia. A força da Mãe Divina foi desviada desde a Atlântida por esses 4 sectores das forças involutivas. O seu objectivo é tentar colocar no controle principal uma entidade involutiva o que aumentaria enormemente a densidade da terra, distorcendo cada vez mais as forças criativas necessárias para a realização do projecto evolutivo da humanidade. O senhor da ignorância mantém os povos numa espécie de analfabetismo civilizacional e social e este estado de ignorância mantém a inércia existencial, que é fundamentalmente antagónica ao estado de criatividade do ser.

A energia monetária não consegue passar pelos circuitos pelos quais deveria passar para materializar a visão da Mãe. A distorção na forma de circulação da energia monetária manifesta-se da seguinte forma: os seres que têm visão em relação ao projecto da mente divina não têm o dinheiro que permitiria manifestar essa visão. Por outro lado, os seres que detêm o poder económico, a maior parte das vezes, não têm visão. Este estado indica uma dissociação entre visão, projecto e poder de materialização. Quando os visionários não têm o poder para materializar a visão, isto significa que a força económica planetária não é criativa, não está ao serviço do projecto que anima a Mente da Mãe do Mundo. A guerra representa um tremendo fracasso em relação à capacidade de resposta criativa do ser humano. É como se perante um problema não conseguíssemos arranjar outra solução para além dessa reacção primitiva e primária que é a guerra. A distorção ao Nível do Processo de Concreção A manifestação da vida na terra só é possível através de um processo de materialização que permita o ancorar da vibração sagrada. Sem este processo de concreção não existe ancoramento das radiações sagradas ao nível da substância. A condução da força planetária, ligada à Mãe e à materialidade sagrada da existência, foi dominada pelas forças involutivas. Estas forças da sombra dominaram o processo de concreção e este controle tem como consequência a densificação e a degradação da integridade vibracional ao nível da substância mental, emocional e física. Na origem, o projecto era uma concreção sagrada que fosse a manifestação, a expressão criativa do fogo sagrado animando as formas da substância. O projecto era uma materialização que fosse a expressão de um encontro criativo entre a radiação dos arquétipos e a substância que serve de suporte à sua manifestação.

A questão da concreção reflecte-se concretamente na existência de cada ser humano na forma como é canalizada a força criativa, a energia monetária, a energia sexual, a corrente de vitalidade e poder que atravessam um ser. Estas forças são correntes sagradas que circulam pelo ser e permitem a concreção e a manifestação criativa da existência. À medida que a corrente de Metatron e Microtron vão sendo alinhadas e sincronizadas, dois processos são intensamente activados: processos de concreção que visam o plasmar na substância das imagens e radiações sagradas e o de processo de ascensão que realiza uma desmaterialização gradual das partículas da matéria. A questão essencial é a seguinte: “O Microtron está descalibrado actualmente? Existe alguma entidade actuante no Trono da Mãe do Mundo? A matriz cristalina ainda é emanada a partir do trono central?” Sim, a energia matriz no centro do trono não foi atingida. No seu interior a força primordial da Mãe continua íntegra e activa, no entanto o poder de desmaterialização e subtilização da substância dos corpos está altamente reduzido, pois quando a força da Mãe tenta emergir e irradiar à superfície da terra é facilmente desviada pelas forças involutivas. Na Atlântida o ser que encarnou a energia e função da Mãe foi Electra. Foi também ela que recebeu o impacto das forças negativas. Electra... de onde derivam palavras como electricidade, electrónico, electromagnético… Electra é também o nome de uma das estrelas das Plêiades. Outras mulheres que pertencem à linhagem de seres que incorporam a energia e a função da Mãe do Mundo foram Kwan Yin, Isis, Madalena. Helena Roriq e Mira, a companheira de Aurobindo, estavam a ser preparadas para esse posto. O Retorno da Mãe do Mundo: a necessidade de uma guerra lúcida É importante perceber porque é que no nível do trabalho da Mãe do Mundo o problema da guerra tem de ser colocado. A distorção que sofreu a força da Mãe é um estado cuja resolução implica uma guerra, não uma guerra primária mas uma guerra lúcida, uma guerra feita em nome do Amor que procura repor o controlo da força planetária. Em 1924 Mestre Morya afirmou que a próxima guerra seria a guerra em nome da Mãe do Mundo.

Postagens populares