Os homens vêm manipulando a energia nuclear e em grande parte o fazem para angariar prestígio. Lidar com energia nuclear é também, para os governos políticos, uma forma de demonstrarem poder sobre países menos desenvolvidos, mantendo-os assim submissos.
No estágio atual da humanidade terrestre, a energia nuclear representa perigo mortal, mesmo que seja empregada para “fins pacíficos”, o que na verdade vem sendo apenas um pretexto para possibilitar a fabricação do maior arsenal mortífero que a Terra jamais conheceu. Será o homem o único responsável por esse estado de caos, ou estará ele sob o controle de forças destrutivas, sendo delas mero instrumento? Essa é uma pergunta a ser endereçada aos nossos próprios níveis intuitivos.
Apesar de inegavelmente já conhecerem alguns dos aspectos poluentes da energia nuclear, mesmo assim os homens continuam lidando com ela. Há, porém, aspectos que eles ignoram por não estarem ainda despertos para a realidade de dimensões mais sutis que a mental. Ainda que existam outras formas de utilizar a energia do universo, o próprio homem as recusou quando preferiu o desenvolvimento puramente econômico.
Se continuar com a atual manipulação de forças que se ocultam na matéria densa, desconhecendo-as, é possível que cataclismos naturais sejam antecipados. A Terra não é um corpo estável no espaço, podendo chegar a perder seu equilíbrio. Sabe-se que de tempos em tempos há variações no padrão de sua rotação e mudanças na inclinação do seu eixo, e quando surgem influências externas especiais, essas modificações podem até acontecer de uma forma mais drástica.
John White (Pole Shift, A.R.E. Press, Virginia Beach, Virginia, USA) cita alguns fatores que podem contribuir para que o eixo da Terra mude sua inclinação. Entre os naturais e inerentes à própria evolução ele enfoca: o alinhamento da Terra com planetas ou estrelas que exerçam sobre ela grande atração;a passagem de outros corpos celestes junto dela, que produza esse mesmo efeito; impactos físicos com outros corpos; mudança na radiação que ela recebe do Sol; derretimento do gelo dos seus pólos; mudanças em sua superfície física com deslocamentos consideráveis de terra; desaparecimento de núcleos magnéticos e surgimento de outros em novos locais; terremotos ou erupções vulcânicas muito violentas.
Entre os fatores acarretados pelo homem, White enumera: poluição atmosférica; extrações, perfurações e represamentos; testes nucleares; guerras nucleares; formas-pensamento; intervenção de formas de vida mais elevadas. A propósito da ação das formas-pensamento, diz H. P. Blavatsky: “Os pensamentos e os motivos são matérias-primas, e às vezes, de maneira incrível, uma força material.”
Sempre houve duas correntes opostas de pensamento a respeito de um eventual próximo cataclismo. Uma tende a confirmá-lo, alertando a todos para que se preparem; a outra declara que as profecias servem para mudar nossas atitudes desarmoniosas, as quais, uma vez removidas ou transformadas, afastariam a necessidade de uma hecatombe.
Seria fácil optar por uma ou por outra dessas correntes, quando elas inevitavelmente surgem. Entretanto, parece-nos que sábia seria uma atitude de observação, para intuirmos quais serão os rumos finais dos acontecimentos. Diferença entre prognósticos tem sua origem em níveis bem mais profundos do que podemos imaginar. É que alguns pontos de vista focalizam dimensões da realidade onde certos fatos estão acontecendo visivelmente, ao passo que outros pontos de vista detêm-se em outros níveis da realidade, mais sutis, nos quais fatos opostos àqueles primeiros também estão ocorrendo.
Além disso, o que é real e verdadeiro para certos graus de consciência podenão ser para outros, e o que interessa a um ambiente cultural pode nada representar para outro. O primeiro ponto de vista pode ter a função de promover uma mudança drástica na mentalidade do homem, usando para isso energias destruidoras; já o segundo pode ter a tarefa de estimular a construção do mundo novo. É útil que ambos convivam, às vezes na mesma época, não só para o equilíbrio psicológico dos homens, mas também para haver ações simultâneas em diferentes sentidos.
Por Trigueirinho
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