Estado interior que, permeando a consciência externa do ser humano, lhe permite contatar a vibração da alma e de outros mais além. Não pode ser provocada por meios externos; surge espontaneamente quando a personalidade está desobstruída dos obstáculos mais grosseiros a fluência da energia interna. As chamadas técnicas de meditação do passado, algumas das quais incluíam a ciência dos chacras, preparavam os corpos da personalidade para acolherem esse estado. Hoje estão desatualizadas, dadas as transformações que se operam no planeta e no ser humano. Sem lançar mão delas, pode-se por meio do serviço ao Plano Evolutivo, do esquecimento de si e da persistência em atingir a meta superior, estar lúcido em níveis abstratos da consciência. Nessa ampliação interior, a serenidade emerge e a atenção aperfeiçoa-se. Denominar esse estado ou descrever as fases para atingi-lo nem sempre é oportuno, pois atualmente ele é alcançado do modo mais descondicionado possível de regras e de fórmulas. As etapas dessa união com o Infinito podem ter aspectos concomitantes, e seu desenvolvimento em cada indivíduo é singular. A entrega e o devotamento a ela é o que a atrai. Quando o ser humano se coloca a serviço do Todo, obstáculos pessoais e necessidades intelectuais de definições desaparecem e esse estado desconhecido aproxima-se de sua consciência.
Contemplação
Estado de consciência profundo e dinâmico, em que o ser é colocado de modo direto diante de uma fonte de energia interior e dela colhe vibrações que então irradia para o mundo. A contemplação genuína não é obtida por empenho humano; portanto, não há fórmulas para alcançá-la. Orações, pensamentos ou exercícios, quaisquer que sejam, não podem induzi-la; no entanto, a busca tranquila de união com a essência cria um ambiente interno receptivo para que esse estado emerja. Quando implanta, a contemplação traz sementes de etapas futuras da evolução. Absorvido pela consciência imaterial, o indivíduo deixa de procurar caminhos, técnicas e métodos de ascensão; apenas um rumo, único e real, permanece. Na contemplação, desconhece tristeza e alegria, mas plenifica-se no silêncio. Não sabe do ontem ou do amanhã, no hoje está toda sua existência. Nada espera e a ponto algum pretende chegar, pois perfaz sua jornada no infinito.
Por Trigueirinho - Livro Glossário Esotérico
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