A energia do Amor “tão pouco conhecida e tão misteriosa em sua expressão mais profunda”, se manifestada com pureza por um ser, pode permitir que um outro se aproxime do próprio núcleo interior.
Principalmente nesta época, essa energia encaminha rapidamente os seres ao encontro desse núcleo, o que poderá se realizar por meio de situações agradáveis ou não para a consciência material. O trabalho da energia do Amor-Sabedoria não é dar alimento ao plano emocional, mas transfigurar efetivamente o que por ela é tocado. Assim, o que está limitado amplia-se, dissolvendo-se no que é superior e que se encontra em sua própria essência.
Sábios são os desígnios do cosmos, pois se a Terra não tivesse como Raio regente o Amor-Sabedoria, muito pouco do material que habita sua superfície poderia ser resgatado.
Essa energia impessoal trabalha ampliando e alargando aquilo que é restrito e limitado. Apesar de compassiva, não pressupõe complacência com o descompasso entre a vida manifestada e o arquétipo do Plano Evolutivo. Ela é como uma torrente poderosa que chega e inunda tudo, e a tudo mergulha em sua vastidão.
Até que o Amor seja compreendido e plenamente manifestado na vida planetária, há ainda um longo percurso que deve ser cumprido. É o Caminho que a Terra deve percorrer para, finalmente, vir a expressar uma imagem que seja a face do Cristo. Tal qual o Sol, que manifesta profundamente a energia crística e que desperta em cada um a gratidão e a reverência pela energia trazida em seus raios, também a Terra tem um padrão energético de Amor cósmico para expressar. Esse Amor, tão distante e oposto do que é a realidade externa deste planeta, vive latente em seu interior e no centro de cada partícula que o constitui.
A manifestação externa da energia crística por intermédio de um ser humano veio estabelecê-la definitivamente nos planos anímicos e materiais. O sangue desse Ser, derramado para redenção de todo o planeta, simboliza a penetração dessa energia nos planos concretos e a consolidação, na Terra, da luz e da chama do Amor cósmico, bem como da plena existência superior.
Por Trigueirinho
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