Amhaj

Para que possais trilhar a senda luminosa é preciso responder ao Chamado. Isso significa vencerdes provas, nas quais terão confirmado o vosso elo com a verdade e com a luz. Todos os seres, um dia, penetram essa senda e alcançam a Morada Celestial. Porém, eons se passam até que o ciclo se consume. Não vos intimideis frente ao mal. Não desafieis o inimigo. Não retardeis vosso caminhar pelo clamor do passado. A poeira dos tempos será lavada do vosso ser; novas vestes trajareis, e grande será o júbilo da libertação. Porém, nessa senda pisareis sobre rosas e espinhos, e devereis aprender o mistério do Bem. É tempo de justiça. É tempo de graças. Magnífico poder, o Irmão Maior se aproxima. Silenciai vosso coração e acolhei o grande amor. Tendes a Nossa paz.

Hierarquia

Saturday, September 24, 2011

Zona de transferência. Os 3 primeiros Raios. Aspiração. Entrega. Discernimento

O que está hoje sendo estimulado em todo o planeta é a elevação dos seres que fizeram o trabalho preparatório. O planeta e a inspiração que vem de cima não se encontram mais numa fase preparatória e o que se está estimulando é a capacidade daqueles que viveram as etapas preparatórias que, ou foram vividas nesta ou noutras encarnações. É a entrada destes seres na zona de transferência. Esta zona é uma região, nos níveis internos de um ser, que já não é qualificada pela vibração da personalidade e não é ainda o eu superior. É uma região interna de fácil acesso, completamente disponível para todos os que fizeram o trabalho preparatório onde nós estamos aprendendo a entregar o controle da personalidade, do nível humano do próprio ser, às energias descendentes do eu superior.

Actualmente pede-se para que o indivíduo não vibre mais em nível humano, mas seria prematuro que ele funcionasse como eu superior. Não há condições neste planeta, pelo menos de uma maneira geral, para que o eu superior possa encarnar totalmente no ser sem que isso provoque uma enorme onda de choque em torno desse ser.

O que hoje está a ser feito é uma emantação colectiva de milhares de indivíduos para a zona de transferência. Para essa zona belíssima dentro do ser no qual ele aprende a transferir o controlo da personalidade, do nível da própria personalidade para o controlo da alma.

Nós estamos a aprender a ser controlados, operados, instrumentalizados gradualmente pela luz que vem de cima. O único trabalho que se pede a um ser é que ele permaneça o máximo de tempo possível nessa zona de transferência e que ele aprenda, pelo seu próprio pé, a deslocar-se para essa zona interna onde ele assiste, sem poder explicar como, à transferência da posse que ele exerce sobre os seus corpos para a posse que é exercida pelo eu superior sobre os corpos.

Não se trata mais de mediunizar um ser que desencarnou e está no plano astral, não se trata mais de canalizar mensagens vindas dos mestres, dos ashams, das hierarquias, ou da frota intergaláctica que orbita o nosso planeta em regime de emergência e vigilância permanente, não se trata mais de captar mensagens cósmicas ainda que estes registros de mediunização e canalização vão continuar a acontecer, mas o trabalho actual é o ser auto revelar-se, ancorar, canalizar a sua própria vastidão interior. É o ser tornar-se um médium da sua divindade residente. O trabalho hoje é SER.

A informação que foi passada em vastos caudais desde finais do séc. XIX, é considerada suficiente para estes que fizeram já o preparatório comecem a dirigir-se para o zona de transferência, comecem a se unir à divindade residente.

Neste momento o ritmo de instrução dos discípulos encarnados está sendo ritmado para que os seres cheguem ao único ponto onde o ser interno toca.

Quando se fala de vida intuitiva é toda a ação que o nosso ser interno exerce modelando a nossa vida a partir dos contatos que ele tem com os devas da região em que vive, com os anjos assignados à nossa energia de raio, com os guias que estão ligados ao nosso mestre, com os nossos irmãos de caminho, o eu superior dia e noite modela a nossa vida de forma a tornar mais fluido o processo de libertação do passado. O ser interno passa códigos e sinais em função do carma e do darma de forma a que a vida do indivíduo seja modelada.

Sinais, receber mensagens, ir percebendo sincronicidades, ir desconfiando que somos acompanhados, ir percebendo que somos amados, assistir à transformação das condições agrestes ou desfavoráveis ao nosso crescimento em condições cada vez mais favoráveis, ir vivendo em gratidão estas bênçãos que o ser interno nos trás, ir respondendo aos sinais, isto chama-se vida intuitiva. Não é o trabalho, é para superar. É para o indivíduo ser um sinal que vem dos planos internos, assimilar o sinal, agradecer e superar, ir para além disso porque senão o indivíduo fica no nível da vida intuitiva e não entra no nível da vida espiritual. Este é o estado em que a humanidade como um todo vai entrar nos próximos 8 anos, não é o trabalho dos servidores actuais.

O trabalho do ser que percebe que é intuitivo desde que nasceu é sair do plano intuitivo. Nós saímos do plano intuitivo quando, o tempo todo, respondemos ao chamado para viver na zona de transferência. Respondemos à emantação que vem do profundo para nos encontrarmos com o nosso ser interno dentro de nós, no zénite de três qualidades essenciais que permitem a comutação do poder.

Nós entramos no plano espiritual na proporção em que os três raios da mónada se começam a exprimir através de nós, isto é, na proporção em que a luz e o amor da nossa estrela residente se exprimem através de nós. Nós entramos no nível espiritual porque substituímos a vontade humana pela vontade interna, substituímos a razão humana pela luz da alma e substituímos o amor humano pelo amor divino e isto só se faz depois de eu ter, durante anos, cultivado o hábito de ir para a zona de transferência.

Sai-se do nível intuitivo indo, não através da estridência dos sinais exteriores, da evidência de verdades que nos são apresentadas através de livros ou autores inspirados, é indo para o plano mais alto do próprio ser e esperar aí ser tomado pela força de controlo da alma.

A mónada tem vontade/poder para nos passar, tem amor para nos passar e tem luz para nos passar. Estes são os 3 raios monádicos:

1º Raio Vontade/Poder – Pai, 2º Raio Amor/Sabedoria – Filho e 3º Raio Vontade/Inteligência activa – Mãe.

O que hoje se pede ao servidor potencial é que ele se dirija sem demora para a zona de transferência porque é nessa zona que ele vai assistir à comutação da vontade humana pelo 1º Raio monádico, do amor humano pelo amor monádico e da pequena inteligência da luz inferior pela luz superior vinda da mónada.

Esta zona de transferência é uma região na consciência que habita a parte de cima do lado da frente da calote da consciência e a forma de aí chegar é pela Aspiração.

Essa região pode estar adormecida, inerte em potencial ou pode começar a vibrar pelo nosso toque, recebendo visitas do consciente tridimensional.

A concentração dos atletas de alta competição é o grau em que eles se estabilizam na zona de transferência, isto é, ele está na ponta da prancha, de costas para a piscina e aguarda o momento em que o plexo solar é abandonado e a energia é toda trazida para cima e há um momento em que acontece a mudança de controlo, o atleta transferiu o controlo dos corpos do nível consciente tridimensional para o nível do eu superior através do eu básico. Nesse momento não há ego nem personalidade, aquilo é uma alma a usar um veículo humano para conseguir exprimir uma qualidade superior.

O atleta faz isto num momento, o servidor deverá começar a viver ali, mudar-se para a zona de transferência. Esta qualidade é muito bem expressa nos bailarinos.

O bailarino antes de entrar em palco, nos bastidores, faz uma série de gestos que não têm a ver com a coreografia, depois pára, dá-se um congelamento dos músculos, fica concentrado, e nesse momento a sua energia fica entregue a algo e a alma toma posse, e quando ele vai saltar no palco, já à frente do público, já lá não está a personalidade. Ele está sob o controlo da alma.

Este momento em que o ser transfere o poder que exerce sobre os seus corpos é o zénite da consciência. O controlo que a alma exerce sobre os corpos é feito por similitude vibratória.

As 3 qualidades são: Aspiração, Discernimento e Entrega.

A Aspiração é o 1º Raio da personalidade ascendente – a única forma que temos de usar poder sem ofender o mundo à nossa volta. É quando todo o poder do indivíduo é colocado na aspiração. Quando eu uso este poder de uma forma ascendente, por atracção de semelhantes, eu recebo o 1º Raio da alma. Todo o poder do indivíduo deverá ser trazido para o centro e enviá-lo para cima, isto é aspirar às regiões dele mesmo que ele não conhece. Não há como conhecer o verdadeiro poder do espírito sem aspiração.

Sem este realinhamento do poder individual não existe contacto com o eu superior, existe vida intuitiva.

Cada ser conhece o caminho através do qual ele se auto endereça para o zénite da consciência. Cada um sabe qual é o ritual, a ordenação através da qual chega à sua zona de transferência.

Além da aspiração, que é a forma de trazer para baixo a vontade/poder da alma, existe o discernimento ou a rejeição. Não há como entrar em contacto com a Mãe divina, com o 3º aspecto da minha mónada se eu não fizer um trabalho de aspiração a ser o que eu não conheço em mim.

Ao mesmo tempo que eu aspiro ao que eu não sei, ao que é desconhecido em mim, ao sublime, eu rejeito o que eu sei, o que eu sou, eu rejeito o meu passado. Eu aspiro e rejeito.

Rejeitar significa criar uma vibração que repele o que não é mais o teu caminho. Esta vibração profundamente ligada ao discernimento é a única forma de eu fazer contacto com o 3º Raio monádico, com o Espírito Santo.

É enviando discernimento para o alto através das escolhas na nossa vida que eu recebo mais luz mais magnetização luminosa na minha mente.

Vontade é o que se recebe quando se aprende a aspirar, e clareza é o que se recebe quando se aprende a discernir e a repelir.

A luz da mónada é o unicórnio das lendas. É aquela estrutura branca, lindíssima, com aquela antena sagitariana no topo do crânio. O que o unicórnio diz é que só se aproxima de algumas crianças, ele foge na presença dos homens.

Este ser deverá saber o que é ser criança, o que é avançar no desconhecido de si mesmo com a alegria da descoberta.

Eu preciso de inocência para entrar nesta floresta profunda e ela não é incompatível com o discernimento, ela vai vindo ao de cima por via desse discernimento. O pó da vida comum vai caindo gradualmente e tu vais sendo lavado pela luz da Mãe, do aspecto feminino de Deus, então este ser torna-se luminoso.

O 3º aspecto é a entrega, corresponde ao Filho. Eu posso ouvir falar do amor divino mas é quando eu dou amor ao divino que eu o posso sentir.

A entrega é a forma que nós temos de amar o Pai. Eu envio o 1º Raio ascendente e recebo o controlo vindo da alma. Eu aprendo e pratico o discernimento e eu estou a enviar luz para cima e recebo mais luz. E eu começo realmente a me entregar aos níveis superiores do universo e do meu próprio ser e começo a receber, amor não mais através de uma verificação exterior de que és amado mas através do rompimento no centro do teu peito de um amor potentíssimo que não existe para nada, é supremo, um amor triunfal e quando isto acontece o divino sabe que fez um trabalho de entrega.

Ao 1º Raio ascendente chamamos – Aspiração.

Ao 2º Raio “ “ – Entrega.

Ao 3º Raio “ “ – Discernimento e Repulsão.

Não existe como fazer intercepção entre o eu superior e a consciência humana encarnada sem que o indivíduo construa este triângulo de energias ascendentes. Este triângulo construído na zona de transferência, impreterivelmente atrai as 3 energias de raio da alma a partir dos quais ela toma posse do teu ser.

Todo o trabalho humano que resiste ao tempo foi feito enquanto o indivíduo estava estável no nível de transferência.

Assim como o bailarino perde consciência de si quando dança também Miguel Ângelo ao esculpir a Pietá tinha necessariamente que desaparecer.

O trabalho do génio, de uma forma geral, tem acesso expontâneo à zona de transferência. Inspiração artística é quando o indivíduo passou o controlo sobre si próprio para uma entidade maior. Há muita obra de arte do Renascimento em que a mónada dos artistas estava a ser um instrumento de anjos ou de arcanjos.

A zona de transferência era considerada a zona nobre. As pessoas iam lá em certos momentos da vida e muitas vezes isso acontecia quando havia uma morte na família em que o ser recebia o choque essencial, básico, através do qual ele compreende que ele não é nada. Acontecia quando faziam uma oração ou se reuniam para um projecto filosófico, ou para fazer a Declaração Universal dos Direitos do Homem. Tudo isso vem da intuição que é atingida na zona de transferência. Hoje esse nível do ser é totalmente tangível, é só o indivíduo aceitar viver concentrado e não disperso, e entrar no alinhamento.

Contacto com a alma é tu simplesmente fazeres coisas extraordinárias umas atrás das outras o tempo todo. É viver superiormente e realizar coisas impossíveis de realizar quando o indivíduo está no nível humano.

Quando eu vou para o “ponto” é como uma chama que se vai alterando à minha frente. Só tenho que seguir esta chama no escuro, ela vai-me conduzir.

Este procurar deste ponto em nós, desta atitude constante de aspiração, entrega e discernimento constante coloca-nos no caminho breve. Há todo um universo de referências psicológicas, intuitivas e espirituais relacionadas com o caminho longo que é a pessoa tentar chegar ao divino sem construir o triângulo Aspiração, Discernimento, Entrega.

E depois há o trabalho de o indivíduo construir constantemente este triângulo, e é porque tu o trabalhas lá no profundo do teu ser, e porque este triângulo vai sendo estabilizado que, subitamente, começas a fazer coisas extraordinárias, que não pertencem à vibração comum, começas a manifestar a parte do plano divino que corresponde ao teu ser interno manifestado, começas a funcionar como uma porta de Deus.

Então um dos pontos essenciais para estes seres que estão a fazer a transição é eles começarem a conhecer o seu ritual.

Nós tivemos esta benção hierárquica de sermos retirados dos corpos vibratórios e dos edifícios de força das grandes religiões mundiais para que tu encontres o teu ritual, isto é, o conjunto, a atitude, a postura através da qual tu transferes. Para todos nós, servidores livres, chegou o momento de descobrirmos o nosso ritual. A única atitude, a única vibração, o único rigor através do qual ele se liberta da energia humana. Aqui começamos a perceber porque é que S. Germain é simultaneamente o senhor da disciplina e o senhor da liberdade.

À medida que encontras o teu ritual, que pode ser olhar para as estrelas no alto da colina de madrugada ou servir quem à tua volta está necessitado, vai e pratica, isto é, encontra o procedimento através do qual desapareces. Liberta-te.

Cada um de nós tem um método de contacto com o eu superior e uma forma de subir e de se entregar ao nível espiritual e deixar de se sentir a si próprio – abandono.

Em ritual tu podes ser bastante radical que ninguém pensa em fanatismo, em ritual tu podes ser tu mesmo, não é necessária máscara social, a alma garante a qualidade da comunicação.

O estado em que tu entras quando se começa a dar a intercepção entre as 3 energias de raio ascendentes – 1º R. Aspiração; 2º R. Entrega ao ser interno; 3º R. Discernimento – em simultâneo, isso corresponde a uma potente invocação e a alma responde com os 3 raios descendestes – Vontade/Poder que ancora na Aspiração; Amor cósmico que ancora na Entrega; luz da Mãe divina (Espirito Santo) que ancora no Discernimento – mas eu tenho que pôr isto em movimento senão permaneço tendo uma bela vida intuitiva.

Quando a alma começa a responder e a ancorar dentro de um ser ele sai da consciência de aspiração, entrega, discernimento e entra num estado que é a síntese destes 3 que é a energia da Adoração.

Por André Louro de Almeida             14/12/2001

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