Quando este nome surgiu na nossa consciência, estávamos a atravessar uma ponte há uns meses atrás e surgiu bastante estranho, porque a palavra “guerreiro” em relação à nossa estrutura é muito agressiva. A palavra persistiu e havia contudo o convite interior para aprofundar a condição guerreira.
À medida que o tempo foi passando, percebi o que é que se pretendia e é a partir dessa inspiração que passou a ser possível organizar uma série de encontros e partilhar algumas percepções.
O homem do final do milénio é um ser que está justamente no centro de uma ponte, ele tem que gerir uma herança oceânica, de impulsos mortos e semi mortos e um portal que está sendo activado na frente de cada um de nós, e que tem um poder atractor crescente.
A condição guerreira, desperta no momento em que um indivíduo pressente que está isolado numa esfera de ilusão, de irrealidade e não consegue contactar nem a terra, nem o céu.
A condição de um guerreiro acontece em níveis cada vez mais profundos, na proporção em que vamos percebendo que tipo de batalha é que está em questão, e para onde é que nos dirigimos. Obviamente, a batalha é com a nossa própria ignorância, é com uma programação, é com a inarticulação dentro de nós. À medida que o tempo passa há seres que começam a perceber que há não só uma nota de amor, mas também de poder associado a esse amor, eles percebem que a associação entre amor e poder está prestes a gerar uma condição de radiação dentro deles, estão prestes a tornar-se seres radioactivos.
O que está a ser preparado irá colocar seres que estavam quase em silêncio durante décadas, numa condição de se transformarem gradualmente em tractores e escudos de repulsão, que deverão contribuir para a iluminação da humanidade.
A condição guerreira começa quando tu percebes que estás em luta, que há agressividade dentro de ti. Antes disso tu não és um guerreiro no sentido espiritual do termo. A condição guerreira nasce pela primeira vez em nós, quando paramos e tomamos consciência que estamos em luta, que somos portadores de um excesso e que pelo menos, não sabemos lidar com a energia que chega até nós, e, no momento que nos apercebemos que isso é sombra, transformamo-nos em guerreiros luminosos. Antes disso, somos simplesmente guerreiros.
Um guerreiro de luz é um ser que descobre que está em luta e que decide parar de lutar. Enquanto tu lutas e a luta faz sentido para ti, enquanto tu marcas territórios, enquanto tu te estás defendendo, tu não és um guerreiro de luz e não estás na linha que conduz à afinação do paladino.
O paladino é esse ser indefinível ao qual foi confiada uma taça repleta de um líquido precioso, a condição do paladino é a capacidade de atravessar todas as batalhas, sem lutar com nada e sem derramar uma única gota desse líquido. O paladino é o protector da arca das sementes, o protector do tesouro, por isso é que paladino, protector e guardião são termos equivalentes.
Se eu sou um ser que parte para o exterior munido com defesas, com sistemas, com pequeninas técnicas, projectos escondidos nos bolsos, com armas secretas, eu não sou um guerreiro. O guerreiro é uma condição que tende para o sagrado. O guerreiro é o ser que simplesmente, pára de lutar contra. O Guerreiro sagrado começa no fim do conflito. Existe, no primeiro estágio, o que chegou como guerreiro carmim, depois o guerreiro azul, a seguir o violeta, depois, existe um estágio de ponte para a passagem para o guerreiro púrpura, finalmente, o guerreiro branco, o dourado e por fim a condição a que se chamou diamante.
O guerreiro carmim é um ser que percebe que não se consegue comunicar a si próprio, que está a falar um dialecto estranho e que os outros estão a falar um dialecto estranho com ele, é um ser que percebe que está em arquipélago em relação aos outros seres, que a comunicação não funciona. É um ser que aprendeu a lutar contra, a reunir forças dentro de si e a entregá-las ao supremo, está a aprender a direccionar apetências.
A formação de um sábio, tem muito a ver com a formação da compreensão, com o despertar de uma sensibilidade omni-abrangente. Tem muito a ver com o amor.
A formação de um guerreiro tem a ver com o poder, nesse sentido, guerreiro nenhum começa formação nenhuma, enquanto não for sábio, o poder segue o amor, ele desperta na proporção em que o teu amor desperta.
Na verdade, sob o ponto de vista espiritual, reconstruir a unidade é o verdadeiro poder. Enquanto tentamos fazer grupos, manter fronteiras, acharmos que temos de nos defender, o nosso poder está dividido na proporção das fronteiras. A primeira arma do guerreiro é o coração. No teu coração emana o poder, o poder do guerreiro sagrado. É a mais poderosa arma do Universo. Como o Universo é um sistema concêntrico de corações, os nossos com o da terra, com o do logos solar, com o da galáxia, então nós temos, quer queiramos quer não, este insuportável dardo de realidade una a atravessar-nos e a atravessar toda a realidade, de cada ser, cada consciência globalizada. Cada esfera de consciência é uma pérola num colar e o que atravessa essa pérola é a energia do coração.
O guerreiro carmim tem por tarefa compreender que 90% dos seus pensamentos não são dele, ele tem por primeira tarefa compreender que o autómato social, biológico, mental é a sua primeira condição. Enquanto ele não sentir a total impotência perante a quantidade de automatismos que o condicionam, ele não pode sentir o primeiro portal que conduz à condição guerreira, que é a auto compaixão.
O trabalho do guerreiro carmim consiste, em tu colocares o teu verdadeiro ser dentro do teu próprio coração. Ele não está dentro, mas sim na periferia, ainda não foi admitido ao centro iniciático do seu próprio coração, ele anda rondando o seu jardim sagrado, não consegue entrar. Este é o estágio próximo do homem comum. Este guerreiro precisa de aprender a trazer as suas forças constituintes até à entrada de um portal dentro de si.
O trabalho do guerreiro carmim é trazer todas as forças, sejam elas fantásticas ou não, seja uma iluminação, seja uma neurose, tudo é material básico do guerreiro a partir do qual ele constrói a sua formação. Como é que se traz pânico, como é que se traz todas as constituintes sem excepção, como é que se traz todo esse material até ao centro do teu ser, como é que colocas tudo frente ao portal?
A capacidade de um ser perceber o descentrado em que ele vive, o poder centrífugo em que as suas forças se movem, o facto do seu eixo estar seccionado, cada ruga do teu rosto, cada memória de infância não resolvida, cada inquietação lactente, este material é o húmus e a terra fértil na qual as raízes do guerreiro poderão desenvolver-se.
À medida que tu vais desenvolvendo a auto-compaixão, a capacidade de compreenderes que é justamente dessa condição incompleta que se parte, não se pode partir dum ponto idealizado, parte-se exactamente do que é o oposto donde queres chegar. A capacidade de incluir qualquer situação na condição guerreira implica uma dilatação dolorosa do coração. Enquanto isto não acontece, eu estou sempre exigindo a alguém que me inclua no coração dele, estou sempre exigindo consciente, ou inconscientemente que me aceite.
O ponto de partida dum guerreiro autêntico, é ele aprender a trabalhar gradualmente a dilatação do seu coração, até ele estar completamente incluído, hermeticamente protegido, pela armadura do coração. No centro do teu ser existe um núcleo que só não pode absorver a humanidade inteira, porque isso é um problema do guerreiro branco e do guerreiro dourado.
A primeira coisa que o guerreiro carmim aprende, é que o coração dele não é dele, é do Divino, tu és portador de um núcleo de inclusão divina, tu és o resultado desse centro. O trabalho de guerreiro carmim é transformar fel em néctar, é transformar dor num tipo de tristeza que é o perfume da compaixão. Este estágio é carmim porque tem a potência do coração. No momento em que a cápsula do coração se fecha em torno de ti, e que percebes que entraste na condição hermética perante ti mesmo, passas do guerreiro carmim para o guerreiro azul e o guerreiro azul é um ser que diz: eu estou em paz com tudo à minha volta, porque estou em paz com tudo dentro de mim.
O guerreiro azul, não vê agressão, ela pode estar lá mas ele não a vê, não porque ele seja idiota, mas porque ele já vê o estado final por detrás da agressão. A agressão é um processo que tem princípio, meio e fim. Se tu estás no fim do processo, a agressão já passou, vais mais rápido do que o tempo, sempre que acontece um excesso ou uma deficiência, o guerreiro azul já lá estava. Quando se fala em armadura do coração, significa que te tornas num guerreiro carmim, quando todo tu és um coração, quando houve uma aceitação interna do teu ser.
O vórtice do coração, essa presença que nos transcende, que nós não dominamos, ela domina-nos, nós somos uma emanação para fora de uma inteligência que se anicha nesse centro oculto. A mente superior está aqui para criar uma rede semântica, que permite depois os éteres irem-se organizando a fazer uma catedral que os Irmãos estão a preparar para o futuro, mas, essencialmente, nós somos corações encarnados. Neste centro habita um desconhecido, um gigante adormecido, a formação do guerreiro é o trabalho que consiste em gradualmente, ir despertando esse gigante.
A experiência humana nos últimos 500 anos, tem sido cuidadosamente “cobrir com cera” o poder irradiador desse centro dentro de nós e a formação de um guerreiro, de um guardião, implica, numa primeira fase, tu confiares completamente nesse centro de consciência. À medida que tu te vais apercebendo que há uma presença em ti, que é mais real que a tua própria auto consciência de vigília, é mais transportadora de vida que a própria consciência que temos de nós mesmos, então tu tens frente a ti as bases da formação guerreira – tens o olho, o tesouro e tens a esfera – tens como despertar-te em termos ocultos, em termos profundos.
É nesse sentido, que tu gradualmente entras na condição de guerreiro azul, que é o ser que se torna insuportavelmente inclusivo, ele não afasta as pessoas, ele afasta-as pelo poder central do coração desperto, de um coração radioactivo, aqueles seres que transportam a separatividade vão-se embora. O guerreiro azul é um ser que perdeu toda a capacidade de se defender, ele está em plena paz consigo próprio, tem essa condição hermética de auto consciência centrada no coração, então, chega à paz consigo mesmo.
Com quem é que ele irá lutar?
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Começa por descobrir dentro de ti um oceano de doçura, de ternura fria, de fogo frio e de amor tão intenso, que ficas paralisado, não tens estrutura para lidar com um oceano de amor. O que tu trazes dentro de ti não é pouco, não é uma fontezinha, é realmente um oceano. O nosso problema é que nós somos oceanos de amor e a vida está toda montada para nos demonstrar isso, a vida foi criada para nos ir demonstrando gradualmente o oceano de inclusão que nós somos, e o nosso problema é conseguir manter a operação cosmética de não acreditarmos nisto. Toda a realidade está montada na direcção oposta. Vamos gastar muita energia!
Até metade do século, os seres humanos usavam a energia para ascender, para se ligarem com níveis de energia cada vez mais altos, a partir de 1957, aparentemente, houve uma mudança, e os Irmãos começaram a energizar a humanidade por detrás, a nível do inconsciente, e neste momento, a coisa mudou completamente, tu precisas de gastar energia para não ascenderes, precisas de te especializar em técnicas de distracção (felizmente os mass média e a civilização como um todo, vão-te ajudar), em técnicas de dispersão, de fracção de foco crístico dentro de ti, até que fiques frágil outra vez porque se tu ficas um minuto quieto, começa ……. . Então, neste momento, nós temos todas as forças que compõem o estabelecido, completamente organizadas no sentido de não te deixarem ficar 5 minutos quieto, porque essas forças sabem muito bem, que se tu ficas 5 minutos quieto, inverte ……. .
Este guerreiro azul, por estar completamente em paz consigo mesmo, por já ter ouvido o fechar-se da cápsula do coração em torno de todos os seus defeitos, é um ser que emana o 1º grau da paz. Uma paz imediatamente tangível e o resultado do guerreiro azul é que ele gradualmente contacta o céu puro. O guerreiro carmim contacto a terra pura, o guerreiro azul contacto o céu puro. E à medida que ele contacta o céu puro, descobre a paz por detrás do Universo, vai-se tornando consciente de que o Universo foi montado num substracto de paz absoluta. A realidade repousa sobre um pilar de paz. Enquanto que o guerreiro carmim é um portador de auto compaixão, o guerreiro azul é um portador de paz e a entrada na condição violeta, é quando as duas condições básicas, a terra pura e o céu puro, se fundem numa terceira condição.
O guerreiro violeta é um ser que não luta e que destrói à volta dele, é um ser na fronteira do insuportável, tu ficas sem saber quanto tempo é que queres estar ao pé dele. Esse ser é um vórtice, ele está realmente destruindo, porque está em contacto com as duas realidades fundamentais do Cosmos, a terra pura e o céu puro. Nesse sentido, o guerreiro violeta é um ser que começa a se tornar insuportável para o homem comum. Ele começa a desenvolver um toque radioactivo, porque ele reuniu o amor e o poder, enquanto estão separados, o poder é aquela coisa que se destrói a si própria, basta estudar história universal e está lá a história do poder, de como ele se destrói a si próprio, depois, temos o amor, que quando é separado da inteligência e do poder, transforma-nos no objecto amado.
Este guerreiro violeta é um ser difícil, não para ele mesmo, mas para o ambiente em torno dele, porque ele é um esterilizador do éter. Ele cauteriza as feridas psíquicas, é preciso uma inteligência especial para lidar com ele. Ele é muito preciso na sua acção, primeiro, porque ele não quer nada de ti, nada de nada, isso ficou no guerreiro carmim, ele recebe o amor dentro do seu próprio coração e envia-o para os outros e aprende a receber dos outros num processo isolacionista. É um processo em que tu tens de aprender a passar da transição horizontal do homem comum, para a condição de um coração iluminado, tu tens de saber que és amado infinitamente pelo teu próprio coração. O guerreiro carmim, começa por compreender por si mesmo e enquanto isso não acontece, ele não pode passar ao estágio seguinte, que é estar em paz com tudo e com todos.
O guerreiro violeta já não tem esse problema, já não sabe perdoar nem pedir às pessoas coisa nenhuma. Até que há um momento em que ele recebe o toque do insondável, ele é o perfeito diálogo entre céu e terra, ele apercebe-se que antes foi um rio mas existe um oceano, há uma perfeita justaposição entre terra e céu dentro dele, ele está em paz e ao mesmo tempo está purificando o ambiente, ele descobre que tudo aquilo foi a preparação para o nascimento, para o rasgão, e a passagem do estado cardíaco individual e a centragem com o coração do mundo. Aqui a coisa começa a ficar muito … séria!
Ele apercebe-se de que aquele dardo carmim, começa a dilatar-se e a transformar-se numa central púrpura e quando ele pergunta para dentro: “até onde é que isto vai?” a resposta é “não tem limites”.
Pela primeira vez, o guerreiro sente a angústia sagrada. Se ele não sente esta angústia de estar a ser supra personificado, de estar a perder a sua pessoa para estar a ser outra coisa que ele não sabe o que é, se não sente essa dilatação, como se tudo tivesse sido só uma forma de criar o primeiro furo para produzir o primeiro feixe de tracção galáctica, e a partir de um certo momento aquele feixe vai começar a dilatar, a dilatar, a dilatar.
Nesse sentido, tu passas do guerreiro violeta para o púrpura, quando ias muito bem e de repente, descobres-te à beira de um abismo, e quanto mais olhas, menos consegues ver o fim.
Começas a sentir o fogo do coração, não no centro do teu peito, mas em todas as tuas costas e no ar à tua volta, começas a perceber que, se não tens cuidado, estás a criar asas. Esta dilatação vem para tu aprenderes a amar, para te transformar num agente do coração do mundo, um agente do centro iniciático da Terra. Tudo até então era minúsculo, o guerreiro púrpura tem atrás de si o óptimo e à sua frente o sublime, é um salto muito difícil de dar, ele quer dilatar-se até perder os contornos da sua compaixão.
O guerreiro púrpura é uma espécie de cavaleiro de fogo, é um ser cada vez mais atento aos pequeninos detalhes do sofrimento dos outros. Ele chega à condição púrpura porque nenhum sofrimento, nenhum aspecto lhe passa despercebido. A condição púrpura, é quando a sensibilidade à dor está desenvolvida num grau, que o meu coração, ou o teu coração, não têm importância nenhuma, porque só há um coração.
É o momento em que o guerreiro é levado ao limite da compreensão humana, do que se passa com ele e é convidado a saltar no espaço, daí a expressão “coração alado” do budismo tibetano para o guerreiro púrpura. Este ser já não é exactamente incómodo, é implacável, ele está completamente comprometido com o bem da humanidade. Então, o estado púrpura – no budismo tibetano falam do cavaleiro adamantino (adamante) que é a ousadia mais alta – é quando o homem ousa experimentar ser um pequeno deus.
O Planeta está-se a desfazer, se não houver gigantes acordados nos sítios certos na hora certa, o planeta desorganiza-se, o planeta implode.
O que está em formação, são guerreiros púrpura, não são guerreiros carmim, guerreiro carmim é um trabalho básico, o que está em formação são pilares de fogo pela humanidade.
A energia entra em ti quando tu conseguires sintetizar uma entrega completa ao bem da humanidade. Quando todos os seres estiverem a fazer esse salto completamente suspenso no ar, entregues à força do coração ígneo dentro deles. Os Irmãos têm ganchos onde ligar a máquina ascensora do planeta, até lá, eles podem ter montado uma operação de ascensão da Terra, não têm onde ligá-la, nós somos as argolinhas onde eles vão ligar os tractores. Cada um de nós está a ser transformado num YIN para eles ligarem lá o gancho YANG.
A situação da formação de um guerreiro ou de um guardião, é uma situação em que eu preciso de deixar de me desviar do foco e começo a enfrentar o foco, quando tu enfrentas o foco começas a ser uma espécie de bateria que fala português, passas a ser um doador de energia e não um absorsor, porque as pessoas têm estas duas alternativas, no final do milénio, quando a “coisa” acontecer, ou tu estás no lado das pessoas que dão energia, ou tu estás no lado das que absorvem energia, as zonas intermédias estão a desaparecer.
Os Irmãos precisam de usar o fogo - essa condição dentro de ti, que impede a sedimentação de sementes de pensamentos que não correspondem à tua realidade - eles precisam de nos activar, de activar o nosso corpo etérico e a nossa mente numa oitava mais alta.
O guerreiro púrpura é um agente do insondável. O mundo tenta apanhá-lo e ele já não se encontra no sítio onde estava um segundo antes. O amor dele é demasiado profundo, o mundo tenta defini-lo, diz: “místico”, e ele, de repente, aparece como o ser mais pragmático deste mundo. O mundo diz: “pragmático”, e ele, aparece com uma visão completamente ígnea para os próximos 2000 anos, e o mundo diz: “bom … perdeu a cabeça”, e ele, aparece a ajudar crianças com leucemia 24 horas por dia, é uma capacidade de trabalho em nome da luz, nova, desconhecida. Como agarrá-lo? Ele é feito de fogo e tu sentes esse elemento ígneo. No guerreiro púrpura, a aura dele queima antes que chegue, é um ser de incandescência, as pessoas já não vão ter com ele para perguntar o que é que ele acha de, se não tiverem já uma consciência muito profunda de que ele não acha nada. O ponto dele é outro, ele não é manipulável psicologicamente. Nesta suspensão, ele gira sobre si próprio em todas as direcções numa velocidade muito intensa. Será que a Madre Teresa era um guerreiro púrpura? Não devia estar muito longe disso. Isto não é necessariamente belo, isto é só a condição, para que a Terra tenha os pontos de conecção no nível entre a luz que está disponível para a Terra e o Homem.
Se os Irmãos ligam essa luz em seres que estão em frequências muito mais abaixo, o que acontece, é que a luz vai sair distorcida, as pessoas vão emalá-la, vão emprestá-la, vão dizer: “eu dou-te luz … mas não te esqueças, que eu te dei luz, lembras-te?” Isto é o esquema antigo, à medida que o guerreiro púrpura nasce dentro de ti, não há eu nem tu, há consciência do coração uno, que transforma o guerreiro carmim de coração em chaga viva, para uma jóia que é o guerreiro púrpura.
A meditação é um estado no qual o inconsciente é levado a uma justaposição com a própria alma, é muito simples, tu tens uma guitarra dentro de ti e outra fora, a meditação consiste na afinação perfeita entre as duas, isto é um trabalho que era feito de fora para dentro até meados dos anos 50 em termos ocultos, depois dos anos 50 alguma coisa mudou no mundo das almas. As almas estavam polarizadas no 4º nível – acima da mente, no plano causal – a partir dos anos 50, as almas começaram a ter graus de acesso ao nível espiritual que é o 5º nível – acima do plano da alma. Isto significa que aquilo a que se chamava alma e espírito, essa separação, desapareceu, porque houve uma iniciação da humanidade durante os anos 50 e isso fundiu todas as almas em 1 grau. A ramificação superior da alma que mediu isso com a mónada, faz com que seja quase espontâneo para nós.
Se nós desistirmos – e isto é um desistirmos muito especial – de lutar, se ficares quieto e simplesmente observares para onde se dirige a tua interioridade como um todo, tu vais perceber o movimento automático por si mesmo para cima, isto sem qualquer esforço – claro que se estiveres numa salada russa mental, não vais perceber, mas o movimento dá-se na mesma.
Ama profundamente o centro do teu ser e tu vais ver a tua realidade a transformar-se. A lei do carma funciona até ao plano causal, mais ou menos, a partir daí, são outras energias.
À medida que tu te vais polarizando e se passa para o nível monádico, termina a lei do carma e começa a lei do desígnio, que é oposta à do carma, esta liga-te à Terra a lei do desígnio lega-te ao Cosmos. São leis opostas mas complementam-se. Quando um ser não está polarizado em níveis altos de consciência, a lei do carma tem que entrar, que é a única forma de o Universo não se desfazer, senão, o nosso livre arbítrio já tinha destruído o Universo não sei quantas vezes. A lei do desígnio entra em acção no momento em que tu passas de uma polarização mental para uma supra mental.
CONTINUA....
Por André Louro de Almeida Quiron, 6/Novembro/98
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