Nível Físico-Etérico
Sétimo subnível do nível físico cósmico, é a esfera de manifestação mais densa deste sistema solar. Pela lei da analogia, é réplica do nível físico cósmico como um todo. Compõe-se de sete patamares: três densos, de matéria concreta (sólidos, líquidos, e gases), e quatro sutis, de matéria etérica. Os últimos permeiam, moldam e vitalizam os primeiros. Qualifica-se predominantemente pela energia da ordem e organização, o Sétimo Raio, fogo fricativo e pelo elemento terra.
Corpo Físico
Entre os corpos externos do homem, o corpo físico é o mais bem estruturado. Criado por Hierarquias espirituais e dévicas, foi por elas levado a alto grau de perfeição, nos limites permitidos pelas leis materiais. Contudo, o homem terrestre utiliza apenas pequena fração das possibilidades desse corpo. A grande maioria das células cerebrais, por exemplo, permanece adormecida, e sistemas glandulares importantes para a expansão superior do indivíduo chegam a ter as funções atrofiadas por não encontrarem o meio para se desenvolver – decorrência do nível denso em que a consciência humana se polariza. Hoje, porém, época em que toda galáxia vive uma transição, o corpo físico experimenta transformações profundas. Assim como a Terra, esse corpo passa por uma mutação; nele haverá a implantação de um novo código genético a partir dos níveis suprafísicos. Ao desenvolver-se, esse código de origem supracorpórea reflete-se nos corpos materiais, sutilizando-os e reestruturando-os. Fará com que a matéria física se torne responsiva à vontade regedora do cosmos. Possibilitará a exteriorização da vida supramental, pois as células do corpo físico se tornarão conscientes e liberarão a luz existente em seu âmago. Essa experiência já foi vivida na superfície da Terra por seres de grande evolução. Um deles, a Mãe, relatou-a de modo explícito e abriu portas na consciência terrestre para essa transformação dar-se mais amplamente.
Ego
Núcleo de consciência do ser nos níveis materiais. No ego é projetado o sentido do eu, que se origina em planos mais profundos. Até que seja absorvido pela alma, manipula as forças da personalidade, levando o indivíduo a identificar-se com as aparências e a deixar-se dominar pelo orgulho, pela separatividade e pela ambição. O ego deve ser transcendido por meio da sua entrega aos núcleos internos, o que nesta época é facilitado pela potente conjuntura energética que permeia o planeta. Serve de esteio para a encarnação da consciência, mas é uma singularidade de mundos onde vigora a lei do carma material e nos quais a substância não despertou para a sublimidade da essência. Este é o caso da superfície da Terra, mas não o da maioria dos universos ao alcance do homem. O ego é, a princípio, um vórtice atrativo que leva a energia da alma a ancorar nos corpos externos e a buscar experiências nos níveis materiais.A partir de certa etapa, entretanto, esse vórtice torna-se nódulo resistente aos impulsos evolutivos, e precisa ser transcendido para ter sua essência sintetizada e absorvida num patamar superior. Nesse mecanismo de síntese e absorção está oculto o fundamento da cura e das iniciações. Para aciona-la, o indivíduo não deve buscar destruir o ego, mas cultivar o auto-esquecimento. A ação do ego vai-se tornando sutil à medida que a consciência evolui. É ele que faz com que o ser humano queira colocar-se no cento das atenções e, em detrimento dos demais, busque a própria satisfação. Desse impulso surgem os seus males. Quanto mais o indivíduo cede às suas tendências egoístas, mais se vincula às condições caóticas que hoje caracterizam a vida terrestre. Para revelar sua divindade interior, vai além dessas tendências, destaca-se das ilusões e dos conflitos e adquire maior controle sobre sua expressão material. O domínio exercido pelo ego só pode ser superado pela intervenção de energias internas. Antes de essa libertação ocorrer de maneira completa e definitiva, é dado ao ser humano experimenta-lo por breves instantes quando entra em sono profundo, pois nesse estado o ego se dissolve temporariamente na essência e fonte de vida, no eterno presente.Assim, vivencia por antecipação, de modo inconsciente, o que deverá conhecer conscientemente um dia. O ego está no passado; no eterno presente ele não existe. Ressalve-se que, em algumas obras esotéricas, o termo ego é utilizado para designar a alma, ou eu superior.
Trigueirinho - Livro Glossário Esotérico
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