No momento em que a condição púrpura se acumula dentro de ti, e na insuficiência da experiência humana, atinge um ponto crítico e ele salta, o que se passa, é que, do lado de lá, a sua própria divindade interior, salta também, e, na verdade, é o polo divino que se encontra no meio do salto.
O guerreiro violeta tem por função diluir a divisão entre o sagrado e o profano, e absorver isso, num tempo unitário de resposta ao divino. A matéria constituinte do corpo humano físico, da mente terrestre, da vida emocional terrestre, essa matéria constituinte, não consegue isso.
A nossa personalidade adquiriu uma identidade através do isolamento em relação ao Divino e não através da fusão com ele. A história de tu seres isactamente quem és e não outro, é uma progressiva miscenização entre descidas mínimas de energia divina e experiências de livre arbítrio, durante milhares e milhares de anos.
A abertura para a consciência divina, o jogo de forças no Planeta neste momento, implica que aqueles seres que são capazes de reunir em si um amor suficientemente potente pela Humanidade se transformem em autêntica auto disciplina.
Uma das características do amor-sabedoria é uma disciplina dos veículos, da natureza humana, finalmente, não em nome de nenhuma guerra das estrelas, mas em nome de uma emergência do amor em ti e da tua formação interna.
O guerreiro violeta é o guerreiro que enfrenta, pela primeira vez, o problema da disciplina, de uma atenção milimétrica em relação a tudo o que faz, a tudo o que exprime, tem muito mais consequência aquele cuidado com a forma como a energia sai de ti para o outro, do que todas essas invocações que as pessoas fazem aos domingos para atrair ....
O que está a ser pedido ao ser humano hoje, é um tipo específico de sinceridade que antes estava disponível para alguns, porque antes, era muito raro que a lente da auto revelação fosse suficientemente límpida, para que tu pudesses praticar este tipo de sinceridade, havia muito material leitoso nessa lente de auto revelação, nós estávamos a construir a nossa capacidade de nos apaixonarmos, de sermos socialmente activos. Está-nos a ser pedido o trabalho de definirmos o nosso território frente ao mundo, na verdade, o "timing" para que isso acontecesse terminou, e muitos de nós ainda não têm território definido frente ao mundo, é todo um trabalho que tem de ser feito, digamos, a uma velocidade mais rápida, para que as pessoas possam colocar-se em acuidade perante a vibração do planeta Terra.
Finalmente, nós começamos a ter acesso a essa lente, límpida, isenta de vibração colectiva, de vibração gregária, então, o exercício da sinceridade ardente está disponível. É uma sinceridade para contigo mesmo e para com o Divino.
O ser começa por ser instintivo, depois torna-se gregário, depois, passa a operar segundo as sua próprias ideias, os seus próprios valores, ele cria o seu próprio corpo de pensamentos, ele é um indivíduo, ele é autónomo. Mas o ponto em que a energia está neste momento, é na transição do indivíduo para a consciência una, para o ser grupal, que é capaz de se unir ao Universo. E este guerreiro violeta é um ser que passa da condição de estar a olhar para o Universo, para a condição de se fundir com o Universo, e aprender a olhar para as coisas e para os seres, com o olhar do divino dentro do grau que lhe é disponível, daí a compaixão, daí a disponibilidade, daí a generosidade, daí a equivalência entre todas as coisas, daí o poder de abençoar com a mão direita.
Numa primeira etapa, o guerreiro carmim está aprendendo a queimar todo o material humano no fogo do seu coração, no fogo de uma auto compaixão suficientemente ardente, para ele aceitar-se a si próprio, em todos os seus defeitos e qualidades. Na passagem para o guerreiro azul o resultado é que, parte do ser interno pode emergir à superfície do ser psíquico, o resultado disso é uma paz profunda, uma paz que não é ainda a paz do guerreiro branco, mas é uma paz que anula os elementais da incorrecta actuação dos seres humanos. A passagem para o guerreiro violeta é quando ele começa a aprender a ver a realidade a partir dos olhos puros (no momento em que tu começas a ver os seres como templos, com uma chama dentro, como é que tu vais tratá-los?). É o ser que se solta de qualquer apego e afinidade, não de verdadeiras conexões magnéticas entre seres, lugares, animais, etc.
O trabalho do guerreiro violeta, é o de tu te começares a soltar, a tornares-te plástico a nível do desejo, e a soltares-te de tudo aquilo de que tu achas que não podes viver sem.
Está a acontecer uma complexificação da nossa capacidade preceptiva, a nossa capacidade de relação com as coisas. Nós temos uma conversa com uma pessoa que correu lindamente e no dia seguinte, vens a descobrir que a pessoa ficou escandalizadíssima com o que tu disses-te, então, onde é que está a realidade? Nada é mais o que parece. Isto tem a ver com o facto de novas dimensões estarem a entrar na Terra. Que a nossa querida Terra da terceira dimensão não existe mais.
Antes, podiam-se fazer projectos, hoje, mais ninguém consegue fazer projecto nenhum, porque as coisas não estão nas nossas mãos. Neste contexto, eu necessito de saber em que é que consiste a minha relação comigo, com a realidade e com os outros, onde é que eu ponho a pedra angular?
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O que se passou com Portugal ao nível político, passou-se com o Planeta todo a outro nível, e a Humanidade foi impedida de chegar à fonte do conhecimento, em três situações: primeiro, pelo facto de com o livre arbítrio ela optar por alimentar principalmente os centros subdiafragmáticos e não distribuir equitativamente, a energia ao longo de toda a árvore energética, isto é, uma parte da energia que deveria ser destinada aos níveis superiores do ser, é canalizada para níveis não tão superiores, isso fez com que ela entrasse em contacto com a sonolência e inércia da própria evolução natural, outra parte, porque existe um consenso planetário contra a humanidade - e ficamos por aqui -, e uma terceira parte porque não é o tempo da Humanidade da Terra. São estas três coisas que a nossa inteligência, a nossa humildade e a nossa sinceridade, terão que gerir. Uma parte daquilo que nos impede de avançarmos, diz respeito à nossa impotência, e basicamente, este tipo de trabalho que nós fazemos, é um trabalho de começar a enfrentar a nossa indiferença, outra parte, tem a ver com esses seres, essas memórias de comportamento colectivo muito densas, que têm outra versão para a humanidade, que não exactamente a de Deus e uma terceira parte, que tem a ver com os ciclos de maturação da própria entidade humana ao longo da espiral evolutiva.
Cada vez que eu percebo um gesto, ou um mecanismo em mim, mental, psicológico, comportamental, que está mapeado (quase ainda antes de acontecer eu já sei o que vai acontecer) começa a acender-se uma luz vermelha na minha cabeça, porque essas forças atuam essencialmente, através do que em nós existe de semi consciente e inconsciente.
Este tipo de informação está a chegar por via extraterrestre, nós temos energia cósmica para passar que vai fazer uma sustentação por detrás da consciência e que tem a ver com níveis de identidade novos, que ainda não desceram ao ser humano, existem campos de identidade individual que vão descer - a humanidade vai passar por uma auto revelação - e essa força que está a ser instalada, a níveis profundos do ser humano, precisa que a parte consciente se solte e entregue, e aí, essa energia que vem de correntes cósmicas muito altas - é uma energia de estrela, nem sequer é uma energia planetária, - vai transmutar a dor. Essas frequências mais altas, de origem supra terrestre, começam a revelar um outro ser dentro de nós, e esse outro ser, tem uma relação com a dor completamente diferente.
CONTINUA....
Por André Louro de Almeida 02/12/1998
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