Vamos fazer uma introdução à diferença entre a matriz crística e aquilo a que nós, de uma forma um pouco disfuncional, chamamos matriz cristóide. Vamos relacionar ambas com a matriz de controle e começar a compreender o que é uma matriz no contexto da consciência colectiva e da opacidade e transparência das mentes neste planeta.
Outro ponto relaciona-se directamente com a importância do desejo nesta jornada e, dito em termos estritamente mentais, com ou sem desejo, nós não chegamos lá porque geralmente o que é verdadeiro num nível superior, quando a mente tem de falar sobre isso, é um paradoxo.
Vamos trabalhar hoje dentro da linha do 6º Raio.
Um dos varrimentos mais poderosos que atravessa os tempos, hoje em dia, é uma espécie de hiper estimulação da mente objectiva e uma incrível solicitação da mente, tanto numa atmosfera espiritual quanto no quotidiano. Os telemóveis, a publicidade, a quantidade de palavras por metro quadrado numa grande cidade é imensa. Ora, não ler não é opção, se está escrito é para ler. Então, a mente está constantemente a ser estimulada, mas a nossa linguagem, nos últimos 10 anos, tornou-se incrivelmente técnica, no entanto, existe um facto extremamente poderoso sem o qual um indivíduo não anda do inferior para o superior, sem o qual uma pessoa não se move e isso está directamente relacionado com a energia do desejo ou do sentimento.
O corpo astral necessita de um ponto de aplicação, de um foco, da mesma forma que a mente necessita de um foco e que o intuitivo opera também em função de um foco. A nossa natureza de desejo foi criada para nos facilitar e a energia de raio que fornece um foco para o corpo astral é o 6º Raio. É a energia inteligente, a actividade interna por detrás das telas da consciência que quotidianamente busca seleccionar o melhor foco para o nosso desejo, para o nosso sentimento e o nome que se dá à ligação entre o nosso corpo astral e esse foco é Devoção (é estar ciente e aberto a ter um foco no plano astral).
A dança dos Sufis, dos Dervixe, que é uma dança de 6º Raio, é carregada de devoção que o corpo absorve. É como se a cultura islâmica, no seu melhor, tivesse encontrado uma linha de devoção que a cultura ocidental tem muita dificuldade em reactivar.
Nós fomos criados para a paixão, no entanto, os tipos de paixão que experimentamos não nos ajudam a encontrar o infinito, mas sem um objecto de devoção, sem um ponto magnético de máxima significação para o sentimento, o nosso corpo astral perde definição, perde capacidade de corte. O nosso corpo astral que se devia ir transformando, gradualmente, numa espada, vai ficando oblongo, rombudo, mal afiado. Devoção é afiar o corpo astral. Ser devoto é encontrar uma forma de afiar a lâmina dos sentimentos de forma que tu vais cortando através do plano astral até que tocas, por osmose, por união, porque o nosso corpo de sentimentos quer união, ligação, contacto astral com a fonte de devoção e a chave é muito simples, o que mexe contigo é Deus disfarçado para te ajudar a pôr as emoções e os sentimentos em dia: pode ser um automóvel de corrida, ou uma casa absurdamente cara... mas se mexe contigo, se coloca o teu elemento astral em movimento, já tem algo que os conceitos não têm, produz uma emoção. Claro que 90% das coisas que produzem impacto sobre o nosso corpo astral não têm nada a ver, directamente, com o caminho espiritual excepto que mexe contigo. A forma e até a vibração “daquilo”, por serem densas e básicas, não têm interesse mas há uma coisa a extrair do desejo primário é que mexe contigo.
Quando nós nascemos o nosso corpo emocional, os nossos sentimentos e os nossos desejos vêm estabilizados numa frequência no nível emotivo porque o nosso corpo emocional é sempre devoto: devoto a um filho, ao esposo, a um automóvel..., se o corpo emocional não é devoto está parado, não há movimento.
O 6º Raio é uma energia que nos visita ciclicamente para nos trazer um novo objecto de devoção e como ele é inteligente, sempre traz um novo objecto de desejo e cada vez que isso acontece dá-se um convite à transferência da libido, a um amor mais refinado, a um desejo mais subtil.
A evolução do nosso corpo astral é regida pelo 6º Raio – Devoção. A evolução do corpo físico é regida pelo 7º Raio – Ritmo, pulsação, respiração, cerimonial e organização. O nosso corpo mental é regido pelo 5º Raio – Precisão, verdade. O 5º Raio traz a verdade para a mente, rege a evolução da mente.
Se o 5º Raio se plasma com força na tua mente – o raio da geometria sagrada, matemática, precisão – um dia não tens mente, é o 5º Raio que anula a mente.
A mente foi trabalhada, os conceitos foram aprofundados, as ideias foram lavadas, tu conheces a gramagem de cada palavra, a tua mente está muito colada ao intuitivo..., claro que eu posso fazer pranayama até a mente quase desaparecer, mas ela volta porque ela quer ser trabalhada e ela desaparece quando estás a utilizá-la como um relógio. A tua mente está muito clara, os conceitos têm um peso exacto, a matéria de que eles são feitos são partículas luminosas brilhantes e a mente rende-se à matéria.
O 6º Raio é esta força inteligente, criativa, presente no corpo astral, é a luz no plano astral, é ajudar a nossa natureza emocional a transferir a experiência de fusão, de alvos com focos mais antigos para focos cada vez mais actuais. É o 6º Raio que vem amorosamente ao nosso mundo de emoções e sentimentos abraça-o, envolve-o e, gradualmente, acende as partículas luminosas, os princípios ígneos no corpo astral, ilumina-o ajudando-o a transferir-se de um degrau de satisfação e de experiência para um novo degrau de satisfação e experiência. Portanto, o 6º Raio é o motor da Ascensão.
O objectivo do 6º Raio é fazer a transferência, por cima, de um corpo astral animal ligado à agressividade, para um corpo astral que já sabe amar. Quando o corpo emocional se unir ao supremo o trabalho do 6º Raio termina.
Então, uma pergunta útil é: “Quais são as minhas devoções”. Se uma pessoa não é devota de nada, se não há um elemento devocional em nós, se não há uma vontade de união com a alma, se não há uma experiência de sentimento profunda, o corpo astral ou estagna, ou se fragmenta, ou retrocede. É isso que significa o corpo astral ter um foco. Ele precisa de um íman suficientemente mágico para lhe dar direcção.
É justamente a devoção que protege o nosso corpo astral da desintegração. É a capacidade de uma pessoa internamente se ajoelhar, reverenciar algo que ela efectivamente já sabe desejar. Não se trata de ficar apaixonado por uma ideia conceptual de que Deus é belo, ou que S. Germain é a grande presença para a nova Terra, eu tenho que ir buscar o meu desejo onde ele está: se eu posso olhar para uma rosa e sentir, então é ali que é feita a ligação; se eu olho para um filho, para uma região geográfica, para uma memória de infância e o corpo astral é activado, essa é a ligação. Eu necessito de uma enorme constelação de possibilidades, encontrar a minha estrela, aquela que põe o meu corpo astral em movimento.
Numa fase inicial de crescimento da nossa vida emocional, as pessoas são devotas de coisas físicas e tudo o que está aí como materialismo, basicamente, é a experiência espiritual de estar sendo devoto do lado físico de Deus – Maya para os Hindus. Então, se eu estou hipnotizado por coisas físicas, esse é o ponto.
A seguir, lentamente, o nosso corpo astral aprende a ser devoto por coisas emocionais e astrais, começa a ser devoto de sensações, desejos, vibrações, exaltações, atracções/repulsões, tu começas-te a sentir cada vez mais identificado, não com a coisa física em si, mas pelo que ela transporta de astral. Começas a ficar fixo, devoto, ligado a intensidades astrais.
Depois eu torno-me devoto de coisas mentais, eu começo a amar ideias, pessoas que transportam ideias, eu começo-me a apaixonar por fórmulas, ou seja, na primeira fase o corpo astral só pode apaixonar-se pelo físico, pelo emocional e pelo mental.
O 6º Raio consegue levar o corpo astral a ter uma experiência supra mental que pode durar 8 segundos, tu ficaste devoto não sabes de quê, isto é, um dia o corpo astral é tocado pelo plano intuitivo e inicia-se a possibilidade mágica da libido transferir da personalidade para a alma..... Quem faz esta transferência é o 6º Raio, é ele que nos ajuda a amar cada vez mais alto e melhor.
O que nós precisamos é de uma vibração astral de alta qualidade, isto é, um nível astral que reflecte a intuição do espírito, mas tem que ter o poder de gerar emoção na essência e movimento na personalidade. Esta ligação entre o corpo astral e o plano intuitivo é a tarefa mais difícil do iniciado até à 3ª iniciação.
Esta ligação entre as emoções e uma intuição capaz de reflectir, no mundo dos sentimentos, algo do subtil, a busca da experiência, a união com esta experiência é a grande operação alquímica do homem porque o homem tem como principal bagagem o seu corpo emocional.
Quando um grupo de engenheiros consegue descobrir a curva aerodinâmica para um novo avião e sente um flash de devoção por essa solução científica, é Deus no plano astral. Se há entusiasmo, animação, o 6º Raio está brilhante, está activo, há magia espiritual criativa.
A maior parte das pessoas tenta movimentar-se, praticamente, sem descobrir onde está a sua devoção. Como é que eu posso avançar sem ter completamente claro qual é a minha devoção? Isto é, o que é que me põe em movimento criativo, o que é que constitui um desafio? Depois de o corpo astral começar a se apaixonar por coisas intuitivas ele começa, finalmente, a apaixonar-se por coisas espirituais. O registo (6º Raio) penetra profundamente nas nossas emoções e na textura dos nossos sentimentos.
A transmutação do desejo faz uma concentração emocional sensível no objecto do desejo só que eu tenho que me concentrar no último objecto de desejo que o 6º Raio me apresentou. Qual foi a coisa que fez com que o teu corpo astral vibrasse da cabeça aos pés? Pode ter sido 2 segundos mas estava ali a porta para a transmutação. Isto é simples, é só olhar e sentir qual foi a última coisa que deu ao teu corpo astral o convite para crescer.
O indivíduo é sempre devoto de algo. O último ponto de devoção que sentiste é aquilo que estás destinado a ser porque nós só podemos ser devotos daquilo que incorpora o nosso potencial, por isso é que ser devoto de um avatar pode ser uma grande alienação ou uma grande iluminação.
Se eu sou devoto de um avatar, eu consigo ver naquele ser enviado do céu uma personificação do meu potencial, então a minha devoção ao avatar é apenas um aspecto da relação comigo mesmo. Eu uso o avatar como suporte de meditação em relação ao meu próprio potencial. Nesse plano o avatar (Madre Mear, Sai Baba) representa para mim o meu próprio potencial, ele estimula o nível mais alto de relação comigo próprio. Ele regenera a relação connosco, ele recicla a nossa psique.
A Ordem de Melkizedeque fornece-nos os suportes para nós nos situarmos dentro de nós mesmos perante o nosso próprio potencial e perante a nossa própria luz oculta, isto é, o avatar, o mestre ascenso, etc. são a tua luz oculta revelada. Estamos a falar do 6º Raio, na constituição interna do ser humano que busca ligar-se à fonte através do coração e das emoções. Trata-se de sentir, experenciar, emocionar e ver a escada até à experiência do divino.
Depois da devoção a coisas intuitivas e a coisas espirituais um dia o corpo astral torna-se devoto da mónada – Bem Aventurança.
Bem Aventurança ou Beatitude é um estado do corpo astral, é quando a tua natureza de sentimento transferiu, primeiro, do físico para o astral depois, do astral para o mental, depois do mental para o intuitivo. Claro que vai tendo experiências dos outros planos, vais-te movimentando, sobes, desces, porque o corpo astral é um dinamismo, tu não ficas o tempo todo no intuitivo ou no mental superior, mesmo uma pessoa que seja devota de uma ideia (uma pessoa de esquerda ou um ecologista), ainda que parte da sua vibração emocional e o seu sentimento já estejam ligados àquela ideia trabalhando no plano mental, continua a ter o canal aberto para experiências de desejo astral, de desejo físico. Agora, o coeficiente principal da vida de devoção e sentimento tem de se transferir para esse nível mental porque a pessoa aprendeu a amar uma ideia.
Depois ele transfere para o intuitivo e começamos a ser devotos de coisas para as quais não temos palavras: de estados; de ambiências; de perfumes; de músicas (tu podes ser devoto do residual cronotativo que uma música deixa sobre ti. A música até já desapareceu mas fica um estado. Esse estado alterado que a arte produz é intuitivo); tu podes ficar devoto da atmosfera que é criada para certas funções. Gera-se uma atmosfera tão bela que ficas devoto da energia desta sala. O corpo astral começou a ser devoto do plano intuitivo e as pessoas começam a ver imagens, a ter sonhos significativos, a ver luzinhas azuis nos cantos da sala e ficam devotos dessas coisas intuitivas. Vêem os mestres e, quer vejam quer não vejam é sempre Maya no nível subtil. Tu podes ver um mestre e não sentir e podes não ver e sentir. Tu podes estar ali sentado, és psíquico, és clarividente, tens as telas abertas, em vidas anteriores trabalhaste o Ajna, então tu vês um mestre ali manifestado, tens uma experiência astral clarividente mas não tens uma autêntica experiência psíquica de união e de saborear, em profundidade, a vibração daquele ser.
Depois, podes ser um ser que não vê nada, que não tem registo dos planos subtis mas assim que S. Germain, ou Morya, ou Stª. Isabel se aproxima de uma sala eles não vêem nada mas sentem mesmo! Há uma comoção efectiva no centro que representa uma mutação psíquica na direcção da Bem Aventurança.
A matemática é uma fulgurante intuição. A multiplicação acontece na natureza mas a natureza não diz: “isto é uma multiplicação”. Tu intuis. Chama-se a isto intelecto, está a cima da razão, abaixo da intuição. É aquela região incrível onde muitos de nós gostaríamos de estar o tempo todo que é o nível intelectual em que a mente está aberta a ideia novas.
O nosso corpo emocional, através do incrível trabalho do 6º Raio, consegue ter uma experiênca do plano intuitivo e as pessoas apaixonam-se por essa experiência e têm mesmo que se apaixonar! Porque uma pessoa que está apaixonada por luzes azuis na sala ou por entidades que vão e vêm ou por movimentos energéticos visíveis está efectivamente a ter as experiências, mas o ponto aqui, uma vez que estamos a falar do 6º Raio, é que ela está a desejar as experiências e o Universo está-lhas a dar. A pessoa deseja ver coroas de luz, rostos de mestres, entidades, a pessoa deseja experienciar, então, ela sente frio ou sente um ser na sala só que é uma ilusão que é mais verdadeira do que tudo o que a mente, o emocional e o físico fazem, e porque é uma ilusão mais verdadeira do que o físico, o emocional e o mental, o indivíduo tem de amar essa ilusão porque se a pessoa reprime o seu desejo de coisas subtis, intuitivas.....
..... espera-se que tu não fiques 7 anos no nível da sensitividade superior não estagnes nesse jardim, agora, tu vais a certos ambientes espirituais e as pessoas não conseguem conter a excitação das “entidades que já chegaram” e “as nossas entidades estão cá”, ...
Um dia perguntaram a Ramana Maharishi quando ele morresse para onde é que ele ía, e ele respondeu: “olha, não há nenhum lado para onde eu possa ir, tu acreditas realmente que eu nasci e que vou morrer? Depois desta forma ir embora eu estarei mais próximo de ti e em toda a parte”. Isto já é uma resposta de nível avatárico (do monádico para o divino).
Como nós não conseguimos sentir a frequência S. Germain à escala planetária, isto é, S. Germain, porque é uma hierarquia, é um holograma que envolve a Terra inteira assim como todos os mestres hoje o são, nós dizemos: “S. Germain está presente na sala”. Do ponto de vista do nível S. Germain é uma completa ilusão, ele está em todo o espaço actualmente, mas do ponto de vista da nossa recepção, nós objectivamos e dizemos que ele está na sala. É mais verdadeiro que o físico, que o emocional e que a mente, no entanto é uma ilusão.
Existem ambientes em que se sente claramente que o grupo estagnou no nível intuitivo porque tudo é feito em função de sentir a ida e a vinda das entidades, e as auras que expandem, e veio a equipa de curadores, e os extraterrestres, e os maus, e os bons, e as péssimas e as óptimas energias à entrada e à saída... é uma ilusão completa o grupo fixando-se no plano intuitivo superior! No entanto há que dar um tempo para que o grupo faça essa travessia e uma vez que certos grupos já foram aceites pela hierarquia (como é o caso deste) o problema aumenta porque a hierarquia, no plano da ilusão, vai começar a chegar mesmo!
O trabalho sagrado do 6º Raio, hoje, é um grupo aprender a colocar o desejo no nível espiritual. É o grupo aprender a registar, amar tudo o que se passa no intuitivo, mas comentar o estritamente necessário para algum ponto de esclarecimento porque quanto mais se comenta vibração superior no plano intuitivo e formas luminosas e entidades subtis, mais se vai atrofiando o outro mecanismo de recepção que é o mecanismo que regista o Fogo sagrado da presença divina no coração de todos nós. Não tem forma, não tem cor, não tem cheiro, não tem sabor, não chega, não vem, não vai, é um fogo que se espalha, sim, que se transmite de pessoa a pessoa, que cura. E os Irmãos vêm para estimular esse Fogo sagrado em nós.
Um grupo ou um ambiente de aprofundamento precisa de aprender a identificar-se, não com as formas por mais belas que sejam, mas com esse único fogo que é o início da submissão da personalidade aos níveis superiores de consciência. É aqui que chegamos à diferença entre matriz crística e matriz cristóide.
Neste plano tu tens que amar mais o Pai do que a ti mesmo e isso é o Fogo sagrado.
Até ao plano espiritual nós fazemos o caminho porque queremos libertar-nos da criação mas ninguém entra no plano espiritual porque quer, ninguém chega ao plano do Fogo porque quer resolver o seu problema.
Chama-se plano espiritual e não plano intuitivo porque aqui tu aprendes a amar o Criador e não a criatura, e a primeira criatura que tu entregas és tu mesmo. Neste nível nenhuma experiência de luz, nenhuma chegada ou partida, nenhuma eclosão subtil interessa, o que interessa neste nível é que o ser é como o Pai e o Pai é como uma chama.
Quando um núcleo de serviço à Humanidade aprender a amar mais o Pai que a si mesmo ele é iniciado no plano espiritual, torna-se parte da matriz crística, até lá ele é mais um grupo navegando na matriz cristóide. Isto é, nós precisamos aperfeiçoar os nossos sensores para distinguir crístico de cristóide.
No nível espiritual onde tu te estabilizas, o amor que está constantemente em torno de nós e que satura a atmosfera toca-nos o corpo astral e essa é a cura da solidão, tudo o mais é um paliativo da solidão. O contexto de companheiro é o contexto de solidão.
Quando tu aceitas a transferência e és içado, as últimas membranas do plano astral abrem e o amor de Deus começa a entrar vindo de todo o lado e isto é o fim da solidão.
Muito cuidado com a ideia de que um monge está só: uns estão outros não.
Texto de S. João da Cruz: “Subida ao Monte Carmelo”.
Na subida ao Monte Carmelo João é chamado por um monge do cimo do Monte Carmelo e à medida que ele sobe a montanha vão-se dando uma série de experiências incríveis. João da Cruz só consegue, a partir de um certo momento, continuar a subir a montanha porque ele vai dizendo: não, não, não, Não, Não, NÃO, NÃÃÃOO e quando ele chega frente ao divino diz: “e tu também NÃO!” – mística da negação. É nesse momento que a energia divina desce sobre ele com toda a potência.
Sentem o que é que o 6º Raio está a fazer com a nossa emoção? O motor do 6º Raio está a gerar, dentro de nós, a união de níveis cada vez mais sublimes ligando os anteriores, só que, cada vez que tu atinges um novo patamar vibratório forma-se uma imagem impecável de ti mesmo, isto é, quando João dizia não, ao mesmo tempo formava-se uma imagem dele no plano acima. Esta imagem impecável de nós próprios é um auxiliar no caminho até metade da ponte, depois ela tem de ser destruída senão tu não chegas à outra margem.
Então, digamos que uma pessoa pratica o bem, a luz, a virtude até metade da ponte, a imagem que ela tem de si própria é muito importante, é bela, nutritiva e estimulante e é uma espécie de auto devoção, a pessoa aprende a gostar de si mesma pelo bem que pratica, mas a partir de metade da ponte, se é que aquele ser tem de chegar a algum lado, a imagem impecável que ela tem de todo o bem que pratica, isto é, o residual na consciência dela, é um demónio.
Aquilo que é um anjo até metade da ponte transforma-se num demónio para a outra metade. Este ponto é a distinção entre matriz cristóide e matriz crística.
A matriz cristóide é um conjunto de estratégias paraespirituais que a matriz de controle está a assimilar rapidamente, é o canto do cisne da matriz de controle.
A matriz de controle vai-se despedir da humanidade através da matriz cristóide. E a diferença entre a matriz cristóide e a matriz crística é que a matriz crística lida com a trindade MÃE/FILHO/PAI – Cura/Instrução/Iniciação, ela é triangular, tem uma vibração luminosa integral, enquanto que a imitação que está sendo feita pelo governo secreto, pelas polícias secretas do mundo, pelos agentes de domínio psicotrónico da consciência colectiva, pela Net, pelas redes de controle global que existem em todo o planeta através de osciladores de baixa frequência que são instalados para controlar e manter a vibração global da mente num nível bem “enlatado”, a matriz cristóide tem tudo o que a matriz crística tem menos a destruição da auto imagem.
Para que uma consciência avance, ela tem que destruir a imagem que tem de si própria para alcançar um patamar mais sagrado. Do ponto de vista astrológico nós falamos da iluminação e da regeneração conseguida através de Escorpião ou das energias de Plutão. É na casa VIII, em Escorpião, que a auto imagem é destruída. E o que é que fica? É essa inocência, que é referida pelos sábios, de aproximação ao Jardim Sagrado, à Nova Jerusalém.
Que inocência é esta? É a inicência de destruir a imagem de nós mesmos, a capacidade de, escorpionicamente, quebrar o espelho encantatório de nós mesmos. Se tu chegas a esse limite abre-se um portal sagrado e tu entras na Nova Jerusalém.
Quando tu começas a atravessar uma ponte, a única forma de dares um passo e pores os pés na ponte é uma imagem de ti que te é doada acerca de quem tu és quando pões os pés no caminho, então, a antiga imagem de ti é regenerada: a imagem que os teus pais criaram de ti; a imagem de infância; da adolescência; profissional; tudo o que é residual e existencial cumpriu a sua função, então vem o anjo com a imagem de ti próprio e te diz, serenamente, “se tu deres esse passo tu transformas-te. Tu és um discípulo, um adepto, um contador de histórias, um curador, uma estrela cósmica, um patinador do espaço”. E o que é que acontece? A pessoa deslumbra porque é uma estrela cósmica amarela! E nem há nenhum problema com isso, é só um anjo até metade da ponte, assim que chegas aos 50% da ponte tu sentes uma espada sobre a tua cabeça, e tu que estavas à espera de uma comissão de boas vindas!! De repente, aquilo que foi um anjo até metade da ponte transforma-se num “demónio”.
No momento em que tens que chegar à margem de lá forma-se uma imagem à tua frente. Tu tens que aceitar, a partir de um certo momento, que a energia do 1º Raio (Vontade/Poder) na tua mónada, dissolva, desagregue, desestruture, transfira, sublime, queime aquela imagem de ti mesmo e quando isso é feito o resto da ponte é fácil de atravessar.
Como é que isso se faz?
Entra no teu quarto às escuras, senta-te numa cadeira: Sabe que tu és Deus. É contactar o teu 3º pólo, o pólo superior do triângulo. Eu preciso aprender a caminhar por amor ao Pai e não por amor a mim. Um não nega o outro mas o amor ao Pai, a partir de metade da ponte, é maior do que o amor a mim. Isto é a questão da destruição da imagem.
A ponte está dividada em dois: até 50% predomina o amor a ti mesmo e o amor ao Pai é um detalhe, entretanto a imagem de ti próprio vai ganhando solidez e é necessário que ganhe, até ao dia em que o indivíduo tem que cometer um suicídio ritual da sua imagem pública, porque quanto mais funciona em público mais quele guardião de umbral se vai formando dentro dele e impede-o de avançar. O pior é que, se o suicídio é bem feito, o poder energético decuplica! Estas coisas são difíceis de gerir.
Então, até metade da ponte predomina o amor a mim mesmo como ser espiritual e o Pai é o contexto, e até à câmara de Shamballa são 49 pontes, lá, onde Kutumi se prepara para ser o novo Instrutor do Mundo, o representante oficial da Terra na Confederação Intergaláctica porque nós não temos representante oficial da Terra, são sempre os mestres ascensos que vêm de Vénus. Kutumi/S. Francisco de Assis será o primeiro humano terrestre da superfície na Confederação Intergaláctica. Ele vai ser o representante da Terra no Governo Celeste Central. Não é Jesus, porque Jesus é Venusiano, Melkizedeque nem se sabe bem de onde vem, Kwanin é um ser exterior à Terra, Eles escolheram Francisco porque encarna o Homem cristificado.
Daqui até essas câmaras douradas de Shamballa são 49 pontes e vocês já não estão na 1ª, nem na 2ª, nem na 3ª, nós não estamos no princípio, nem pensar! É na proporção em que vocês conseguem assimilar este tipo de conhecimento iniciático que se vão apercebendo das pontes que já foram atravessadas.
Recapitulando:
Até metade da ponte a imagem que temos de nós mesmos é óptima, ela é um atractor muito importante, a partir de metade da ponte chegámos ao conflito, chegámos à casa VIII, à energia de Escorpião e aí o Universo verifica se tu amas mais a imagem espiritualizada de ti mesmo e utiliza energias subtis para te ajudar a descartar dessa imagem.
Se eu consigo superar esta imagem que se forma todas as vezes nos momentos de crise, são 49 (7x7) crises sagradas até Shamballa. Essa diferença entre uma espiritualidade com auto imagem muito forte e uma espiritualidade em que a auto imagem é destruída, que vai marcar, nos próximos 10 anos, a diferença entre a matriz crística e a matriz cristóide.
A espiritualidade que está sendo desenvolvida pelo governo secreto é uma espiritualidade para as massas, bastante bem trabalhada, mas que não contém o triângulo, é só Mãe, isto é, a musalização profunda da personalidade, até um certo ponto, e muita instrução, muito conhecimento, mas como ambas as coisas não estão sendo feitas por amor ao Pai, não há triângulo. Estão sendo feitas no contexto de um novo humanismo e a diferença é que só a energia Pai é que contém a luz de glória capaz de santificar o homem. Esta é uma pequena chave para distinguirmos a matriz crística da matriz cristóide.
A matriz cristóide vai levar 1/3 da humanidade ou mais até meio da ponte e aí prende-a numa poderosa auto imagem. Não vai haver quarto escuro, nem cadeirinha, nem silêncio, nem adoração ao Pai, nem submissão do ser ao princípio universal do amor, vai haver uma proliferação de princípios de cura e de princípios terapêuticos.
As matrizes de instrutores e, especialmente, de curadores, está sendo extremamente estimulada, é aquilo a que podemos chamar “matriz de Ísis ou de Ishtar” que são os curadores que lidam com aspectos materiais, com a substância. Tudo o que um indivíduo diz, faz ou pensa, tudo o que é visível só conta na primeira metade da ponte.
Como é que eu faço o resto da ponte? Como é que essa imagem que se transforma num obstáculo é transmutada?
Ligando ao 3º pólo. – CURA – MÃE – Energia de fricção
– INSTRUÇÃO – FILHO – Energia solar
– INICIAÇÃO – PAI – Energia crística
Porque é que na Cabala a 9ª esfera, imediatamente antes de Kether está a tracejado – Daath? Origem da palavra death (morte) em inglês.
Se eu não vou para o quarto escuro, não me sento na cadeirinha, eu estou estagnado. É no escuro, no zero, no silêncio, no sagrado, no secreto que se trabalha com o 3º pólo.
Os nossos franciscanos, a vida monástica em geral, foram ao ponto de arranjar mesmo um quarto escuro e uma cadeirinha e iam para lá para ver se desapareciam a meio da ponte que era onde eles estavam todos, mas nós não precisamos de literalizar isto. É cá dentro, no silêncio, no sagrado que nós saímos da matriz cristóide e entramos no 3º pólo.
MÃE – HARMONIA/CURA
FILHO – INSTRUÇÃO/EXPANSÃO DE CONSCIÊNCIA
PAI – ADORAÇÃO E VIDA (trata-se de sincronizar a psique com a primeira causa e o primeiro mistério)
Eu preciso de me lavar de todos os registos pessoais para me transformar numa folha em branco, e, transformando-me numa folha em branco, o arquétipo do meu ser pode-se reflectir no meu self.
Como o sangue, o sistema nervoso, os neurónios, os químicos em nós, os metais preciosos no cérebro, os chacras, a aura humana, a aura espiritual, o holóide da mente, o corpo astral, como tudo isto junto foi feito pelo Pai, para o Pai, com o Pai, para funcionar em triângulo, se há esta cadeirinha e este quarto escuro, em muito pouco tempo a Mãe e o Filho podem fazer o seu trabalho porque tu estás a fazer a “coisa principal”.
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