A evolução espiritual é a conquista de uma consciência mais objectiva, exacta, plena e profunda de si, ela não é apenas qualidades e virtudes, ela assenta numa redescoberta da identidade, o fim de um mito e o início de outro mito.
Existe uma etapa de chamamento em que a luz se adapta a nós, é como uma espécie de visita. De repente a vida fica iluminada, sente-se uma pressão espiritual de dentro para fora vinda do nada. A luz simplesmente se adapta a ti. Nesta etapa estão a entrar milhões de pessoas.
Na etapa a seguir a luz já não se adapta a ti. É quando, depois de meses ou anos de forte estímulo espiritual, um dia a pessoa tem a sensação de que se andou para trás, de que alguma coisa se perdeu, tem-se a sensação de ter havido um obscurecimento. Significa que a luz que te veio visitar se tornou exigente e ela recolheu-se para um outro plano porque ela está a pedir algumas mudanças.
Nesta segunda etapa, enquanto a pessoa não faz mudanças muito profundas, a luz torna-se rarefeita.
Há dois tipos de angústias: a de estar fora do caminho – sentida pela alma; e uma tremenda angústia por estar dentro do caminho – sentida pela parte exterior da personalidade (ego), porque ela sabe que, no momento em que entras a sério no caminho interno não há retorno.
Essa angústia está associada à dilatação das categorias da natureza do ser para a luz.
A angústia vem da pessoa sentir que as partes infantis do seu ser não podem continuar a imperar, é parecida com a angústia da criança cuja mãe a deixou na escola e vai embora – angústia de crescimento.
Isto tem a ver com o eixo astrológico Câncer/Capricórnio. É o impasse entre continuar associado às coisas familiares que estão na escala das nossas pequenas decisões ou a pessoa começar-se a associar progressivamente ao programa de resgate da Terra e começar a perceber que não pode continuar a ser infantil e essa angústia está em todos nós.
As pessoas que não a sentem é porque têm algumas ilusões sobre isto, porque o efeito de servofreio da energia superior impulsionante para cima é incompatível com os ângulos infantis do nosso ser, e se antes nós já tínhamos a maturidade para perceber onde éramos infantis, depois, quando a responsabilidade começa a descer, nós temos a luz para deixar de ser infantis.
A conexão com o programa de resgate da Terra, regido por Jesus, Michael, Enoch, Melchizedeque, etc., e a assunção da tarefa e o deixares-te transformar numa pena dessa ave que vai levantar a Terra inteira faz-se por uma depressão.
É através de uma depressão sagrada, quando tu estás sem saída, porque enquanto o indivíduo tem saída ele não deprime, enquanto o indivíduo tem mais um truque, ele mantém os hábitos ancestrais activados no inconsciente ou no semi consciente, tem todo o poder do passado do lado dele. São 5000 anos de história escrita a alimentar a fixação do homem no chão (inércia, estupidez, ignorância).
Esta primeira fase em que há um processo de chamamento e a luz se adapta a nós já ficou para trás e o primeiro sinal disso é que a luz se vai embora. Aqui tu mudas de plano, de nível, subiste um degrau. A luz já não se adapta a ti, és tu que tens que ir ao encontro dela.
No início a luz impregna-te totalmente e tu entras num estado de graça, depois essa luz retira-se para um outro plano e tu tens que começar a encontrar o caminho para ela. Há assuntos que vão ficando para trás como: deitar no lixo a agenda com os amigos da primeira fase. Esotericamente chama-se a esta fase – O DESERTO.
Na fase em que a luz vem ao nosso encontro tu tens O JARDIM e podem ser anos assim e um dia, a luz desaparece totalmente e tu não fizeste nada de errado só que mudou o método de instrução e é a luz que busca que tu te movas na direcção dela, alteres coisas e vivas uma transformação.
Na 3ª fase já estás bem dentro da aura de resgate e nem te deste conta. Aí a luz retorna com toda a força para te transformar completamente.
Depois do DESERTO a alma já pode comunicar à mónada que a lei da persistência, do silêncio, da coerência, da aspiração, foram cumpridas. Nesse momento a mónada despoleta o poder de transformação. Ficas outro ser.
Sem passarmos por estas três fases a qualidade do que tu podes transmitir ao mundo é muito limitada.
Quando se chega à 3ª fase tu percebes que coisas que dantes eram difíceis para transformar ou para fazer se tornam extremamente fáceis. Tu descobres que há uma transformação.
A câmara da ignorância é a escola da vida. Isto, de uma maneira geral, é onde a humanidade vive. A seguir a esta câmara de ignorância, existem os grupos internos. Todos os seres que respondem à vibração superior são admitidos num dos 12 grupos internos da Terra – as 12 Tribos de Israel.
As tribos de Israel não são, obviamente, nenhuma circunstância étnica ou antropológica judaica, elas são um código para os 12 grupos internos da Terra.
Vocês já não estão na câmara da ignorância nem na escola da vida, vocês foram ligados a um grupo interno.
Os grupos internos estimulam a luz da alma o que significa que, quando tu és integrado a um grupo interno, fazes parte de uma família. Este caminho dentro dos grupos demora uns anos. A pessoa tende para a luz, há um grande estímulo da alma, há uma luz que vem de dentro, há como que uma voz, e, ao fim de uns anos (e hoje em dia cada vez menos) acontece um cataclismo em ti. Quando tu percebes que não há nada na vida humana comum que possa atenuar a tua sede. Quanto tu estás no deserto a morrer de sede tu és admitido numa das 12 escolas de mistério da Terra. O Deserto serve para ficarmos com sede.
A Lei não tem a mínima necessidade de te colocar às portas de uma escola de mistério enquanto tu “estás fazendo turismo”. Enquanto eu consigo adornar a minha vida eu estou numa escola psicológica mas, dentro de uns meses, as portas das escolas de mistério vão voltar a abrir. Elas sempre estiveram abertas mas dentro de tradições muito estritas (Sufis, Egípcias, Rosacrucianas).
Vocês têm estado no “deserto”, uns mais outros menos. É uma circunstância na qual uma luz vai e vem, de repente parece que se vai embora completamente e não se vê mais nada, é um processo intermitente. Isso é o método através do qual a ligação da alma a um grupo interno é fortalecida.
Daqui a uns meses, um ano, Eles vão abrir de novo a passagem de milhares e milhares de indivíduos do nível dos grupos internos para o nível das escolas internas. A diferença é que não é a personalidade que entra nas escolas mas a alma, porque cá fora, tu continuas a descascar cenouras.
O que as escolas internas fazem é ajudar a alma a ver a suprema realidade, ou as muito altas e belas ilusões. A alma tem que aprender a distinguir, dentro de um mar de luz (que é onde ela vive) um fio de luz maior que é o veio magnético que a liga à sua hierarquia. É estar na aura de um Mestre Ascenso. Há uma fusão da tua aura individual com a aura de uma hierarquia.
A alma é um psicólogo, ela constantemente harmoniza a nossa vida.
A partir do momento em que és integrado a uma escola de mistério já é a alma que começa a caminhar e, na fase mais avançada da integração às irmandades cósmicas – 3º nível do trabalho – aí é a mónada que é integrada.
– Escolas da vida ou câmara da ignorância.
– Câmara da sabedoria.
– Iniciação nas escolas de mistério.
– Irmandades cósmicas.
Estas grandes naves que estimulam o crescimento da aura de resgate na Terra não lidam nem com a alma nem com a personalidade. As naves, que são modeladores interdimensionais de alta frequência pilotadas por consciências crísticas, são embaixadas das Irmandades Cósmicas onde entra a mónada. Os centros intraterrenos são embaixadas das escolas de mistério onde entra a alma.
Os grupos internos são vórtices magnéticos de aglutinação de milhares de indivíduos e quem entra nestes grupos é a consciência do indivíduo.
Isto pode ser descrito através da expressão: “Ouvir, Ver, Tocar, Saber, Calar”.
Nós começamos no nível de Ouvir, depois passamos para o de Ver, depois para o de Tocar, depois para o de Saber e, finalmente, desaguamos para o nível de Calar.
Visualiza a tua mónada como uma estrela fulgurante, ela é a síntese da identidade.
Quanto mais tu mesmo te vais tornando, menos tu consegues dizer que és e mais descobres que o mistério de si equivale ao mistério do divino.
Este Ouvir, Ver, Tocar, Saber e Calar são chaves esotéricas muito, muito profundas.
Na fase de Ouvir é quando os seres humanos percebem que existe algo que os está a chamar. Ele ouve, dentro de si, um chamado. Ele percebe que mais dele está a chamar menos dele. É o efeito de ampulheta.
Esta fase de Ouvir é quando a estrela já está presente mas não a consegues ver. Esta é a fase onde milhões de indivíduos estão a entrar neste momento. Serão 1 a 2 biliões. Eles dizem que ligaram os corredores principais e, portanto, à medida que os poucos altos iniciados que estão encarnados na Terra se aproximam das comportas centrais da aura de resgate para assumir a sua função, os discípulos iniciados estão avançando um degrau e, todos nós que somos discípulos, começamos a sentir, claramente, que algo tem que mudar na vida, definitivamente, e a humanidade como um todo desperta – OUVIR.
De repente, onde não estava nada, os seres começam a sentir um chamamento. A estrela invisível começou a fazer-se percepcionar.
Ouvir é quando um ser não se importa que o mecânico do automóvel tenha levado mais 3 horas do que ele disse que levava para arranjar o carro e tu ficas ali à espera. É quando tu interpretas o que é velocidade e produtividade, e quando tu aprendes a desacelerar para ouvir.
Esta é a fase do sair da câmara da ignorância e começar a ser tocado pela porta do grupo interno. É uma consciência de direcção imergente.
A 2ª fase – VER – tu ficas frente à estrela. De repente tu tens o choque delicioso de perceber que és eterno – tu vês a estrela – mónada.
Este Ver é interno. Tu subjectivamente passas de Ouvir para a sensação de estares na presença de uma entidade muito séria! Quando um indivíduo descobre que não está só, significa que ele se encontrou a si mesmo numa dimensão superior.
Estas etapas têm a ver com a natureza profunda da personalidade vindo progressivamente ao de cima.
Ligar ao nível profundo da personalidade chama-se alinhamento. O físico, o emocional e a mente estreitam-se e ligam-se a um mesmo princípio interior.
O 3º degrau – TOCAR – já não se trata de uma sensação mas de uma experiência sensitiva superior.
A 1ª é uma espécie de clariaudiência superior.
A 2ª é uma clarividência superior.
A 3ª é uma sensitividade superior e o sentir o campo da alma a abraçar-te – TOQUE.
É dentro do campo da alma que entramos na aura de resgate, primeiro tenho que entrar em mim e aceitar o envelope de amor que a alma está construindo à minha volta.
Tocar é quando tu sentes, através de uma sensitividade superior, uma ternura imensa à tua volta, sem motivo. É a capacidade de sentir o milagre do abraço da alma à nossa volta. Quando isto é sentido quotidianamente é porque tu estás a criar um novo campo electromagnético.
Os centros principais são: o coração; as mãos e a testa. Aqui tu estás claramente a entrar na aura do teu grupo interno. À medida que a alma te leva para dentro da aura de resgate, ela gera um campo de protecção à tua volta. Protecção é tu deixares-te amar pela tua própria alma. Quando isto acontece eu estou completamente protegido.
Quando tu te aproximas de uma escola interna significa que os Irmãos observam que tu és capaz de manter uma vibração superior durante um determinado tempo. Quanto tempo tu aguentas os estímulos do teu Mestre sem os “deixar cair” – uma tarde, um mês, 2 horas, um minuto?
Quando Eles percebem que a pessoa ama a postura receptiva da vibração superior durante um certo tempo, Eles, amorosamente, pegam em ti e passam-te para o campo directo de uma hierarquia. Dá-se a fusão entre a tua aura e aura de um mestre.
Os Mestres quando vêm à Terra constróem cidades – Atenas, Machu Pichu, Luxor, Londres, ..... Eles são ímans que contêm energia magnética necessária para fundar, no éter, um vórtice que atrai tribos.
No SABER a estrela penetra dentro de ti através da rede nervosa. A dissociação implicada na ideia de: “eu e a minha alma” termina.
A activação do corpo de luz é despoletada pela penetração da estrela directamente na consciência. Aqui a dissociação desaparece, começa-se a perceber que és exactamente aquilo que procuras.
Depois da estrela entrar tu fundes-te com ela. Tu finalmente sabes quem és. A identidade foi finalmente transfigurada. Tu vês-te a partir do ângulo da tua própria alma.
Depois do Saber dá-se a FUSÃO. A isto chama-se CALAR. Por isso é que os grandes iniciados têm muito pouco a dizer. Eles são o facto para o qual apontam.
Quando um indivíduo é a realização não tem discurso.
E é porque tu és a realização e te fundis-te com a estrela, é nessa ausência de discurso, que o mundo interno chama a isso CALAR porque é a eloquência final. Nesse momento foste admitido às Irmandades Intergalácticas.
OUVIR VER TOCAR SABER CALAR
Nós temos estado ligados ao Ouvir e ao Ver – é o tender para a luz. Agora, para que se crie um espaço novo para toda a humanidade despertar, temos que sair deste nível porque a lei da Hierarquia diz que um elo tem que dar um passo para o elo seguinte assumir um novo patamar.
O novo ponto é TOCAR.
Quando tu és tocado, quando a alma constrói o seu campo à tua volta o teu serviço é necessariamente amplificado, começas a ser ligado à rede de serviço.
Tu começas a ficar menos teórico e especulativo e começas-te a ocupar mais do desenvolvimento do grau/luz em ti e no mundo.
Alguns pontos que têm a ver com o estar dentro dos grupos internos: persistir, praticar o silêncio, viver aberto à energia superior, saber recolher-se ciclicamente, praticar harmonia psicológica, ser simples, cultivar a humildade, saber projectar-se para além da personalidade, aspirar, ver a luz... .
Para um indivíduo sair disto e entrar no outro patamar Eles pedem que a pessoa aceite o fim de uma definição de si próprio.
Até agora nós temos feito um processo por continuidade mas, para que um indivíduo entre numa escola de mistério acontece uma ruptura sagrada – é aceitar ser outra coisa, é ir para além daquilo que é a sua continuidade.
O ritmo evolutivo de cada um de nós está em fase com o grupo ao qual tu serves e, em certas circunstâncias, dão-se deslocamentos mais rápidos, por exemplo: se a humanidade, nos próximos 8 anos conseguir criar a paz, que é uma vibração cada vez mais difícil de gerar neste planeta – muitos seres que estão já nestes patamares poderão passar por iniciações muito fortes, porque se ela pode gerar a paz também pode receber muito mais luz. Se a humanidade não conseguir encontrar o caminho, em si mesma, para a paz, o que vai acontecer é que os grupos mais avançados terão de ser protegidos e isolados.
Não se trata tanto de fazer mais das virtudes e das qualidades mas de começar a criar um vácuo em nós mesmos que espera uma mutação profunda na consciência. A construção de um estado de esperança superior é um tremendo trabalho psicológico. Esta esperança é a descida de um facto interno que produz uma mutação na identidade – 10º Raio, Transfiguração. É o raio que equilibra a consciência exterior com a identidade cósmica.
A irradiação da luz central do Cosmos faz-se através de um vácuo a que antigamente se chamava Pureza. Pureza no coração e na consciência profunda é eu estar completamente vazio para receber a luz.
Buda insistia “tu morres e nasces a cada momento” – Transfiguração.
Um ser que chegue a este ponto é imediatamente invadido por forças estelares superiores – SER ESPELHO.
Quando tu entras neste estado podes julgar que há um menos porque a sensação no plano mental, no plano do ego, no plano astral, é de menos!
Jesus diz: “Aquele que se ajoelha será exaltado, aquele que se exalta será rebaixado”.
Quando ele diz: “Aquele que se ajoelha será exaltado”, Ele está a falar daquele que entra nessa ignorância sagrada de total receptividade e imediatamente é puxado para o nível dos grandes reflectores do Cosmos – aqueles que reflectem a verdade crística para dentro da Terra.
Por André Louro de Almeida 19/03/2004
Transcrição de Alice Jorge
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