Nós podemos observar com algum detalhe a sequência de desligamento dos núcleos que se exprimem através da natureza humana.
Nós temos níveis do ser que estão guardados para se manifestar, apenas, em civilizações superiores. Temos níveis que, estão constantemente em assembleia com consciências supremas, existem níveis do teu ser que concomitantemente ao nível humano que encarna, estão trocando caudais de energia viva com reinos paralelos, donde que, nós somos poliédricos a nível de consciência e esta face (consciência de vigília) é apenas uma face do poliedro, do diamante da tua consciência.
Aquilo a que chamamos eu é um fragmento da identidade total, e aquilo a que chamamos “a minha vida” é uma fracção da tua vida e a minha identidade é uma acoplagem de níveis supremos de luz à consciência terrestre, é um casamento dimensional.
A beleza desta constatação é eu perceber o poder de tensão criado entre o núcleo divino do nosso ser adimencional e este pequeno prolongamento que se ancora neste computador biológico a que chamamos o nosso corpo. Este efeito de tracção entre o nível divino do ser e este prolongamento é extremamente potente.
À medida que este planeta entra nos portais de consagração que o irão levar à condição de planeta sagrado, habitado por uma humanidade lúcida, vivendo uma consciência de síntese, à medida que este ritual global cósmico envolve toda a Terra e a espuma quântica de luz vai lavando toda a fragmentação e acelerando a emergência de uma civilização superior na Terra começa a ganhar estabilidade (neste momento já existem duas civilizações no planeta em paralelo, uma visível que está a terminar e uma invisível a preparar-se para nascer). O que os seres humanos lúcidos estão hoje a fazer é a contribuir para a tessitura do veículo que vai permitir o encarnar da “Nova Jerusalém”.
O processo de desvelar o que tu verdadeiramente és, a revelação da luz suprema no interior da humanidade, no sentido oculto de uma acção concentrada de agentes cósmicos com a Hierarquia espiritual da Terra já tem 20 anos (na verdade vem sendo preparada há séculos) e à medida que esta desfiltragem acontece, a diamante oculto começa a queimar as máculas da consciência superficial.
À medida que estas desfiltragens vão acontecendo e que os níveis profundos do ser se vão anunciando à consciência colectiva, começa-se a poder falar de uma educação para uma transição consciente porque a acção dos níveis superiores de consciência sobre a consciência humana tridimensional é cada vez mais potente. O processo de saída definitiva do corpo será cada vez mais simples, mais belo, mais sereno.
Se antes (meados do séc. XX) existiam imensos hiatos de informação em relação à morte, e a nossa percepção da morte encontrava-se, do ponto de vista metafísico, num estado de desenvolvimento idêntico ao da idade média – é como se tudo tivesse evoluído excepto estas disciplinas essenciais acerca das passagens Interdimensionais – hoje, é durante a vida que o indivíduo opta conscientemente pelo tipo de morte que quer ter – inconsciente ou consciente.
Em relação à morte, a luz dos níveis internos é cada vez mais intensa sobre a nossa consciência. É como se essa luz estivesse a descongelar as cortinas psíquicas que nos separam da verdade, da nossa realidade maior. Essa acção libertadora da luz pura começou.
Quando se fala de um desencarnar consciente, implica que, durante a vida, o ser viva totalmente aberto às dimensões superiores porque a ideia de morte é dissipada do consciente ao longo dos anos. Se eu transformo esta vida num hino de fusão entre os núcleos do nosso ser, então onde está a morte? E onde é que está a vida? Estes dois conceitos quebram pelo poder da luz em nós.
Observámos já que à medida que os 7 centros vibratórios são desactivados existem quebras de percepção, adormecimentos, mas que cada chave que é desligada do lado de cá corresponde ao ligar-se de uma chave do lado de lá. Como os disjuntores dum quadro de electricidade.
Quando o eu superior desliga o 1º centro, ele liga o correspondente nos planos subtis. O trânsito de informação e percepção que existia ao nível do 1º centro, que tem a ver com o calor, a vitalidade, com a energização prânica do corpo físico através do sangue, etc., o chacra da raiz é como um vórtice de aspiração de energia telúrica vinda do interior da Terra.
Uma das diferenciações evidentes da energia telúrica, uma vez combinada com a energia dourada que vem do nosso nível divino, é o calor do corpo, donde que, quando o eu superior desliga este centro o ser sente frio forte e peso nas pernas e nos braços.
Quando é desligado o 2º centro há uma perca de mobilidade dos membros e o calor concentra-se no cérebro e no coração – é o mesmo mecanismo da hipotermia.
Se eu estiver vivendo o processo de uma forma lúcida, sem ansiedade, consciente do ritual sagrada de passagem entre dimensões, eu torno-me consciente da imensa leveza que emerge quando as minhas pernas se tornam pesadas. Se eu estou reagindo ao processo da morte, eu fico preso à percepção do peso, eu fico ligado ao quadro de disjuntores que está a ser desligado, mas se eu adiro ao processo, eu identifico-me com o quadro e com as contrapartes subtis de tudo o que eu vive nesta dimensão.
O ser começa a sair do seu corpo escorregando para trás e para cima. Claro que nesta altura já perdeste a visão e a audição e estás-te a tornar clarividente e clariaudiente. Isto não é uma coisa que o indivíduo queira ou não queira, isto são mecanismos extremamente exactos, tanto no encarnar como no desencarnar.
Se nós compreendermos a ordem, a beleza, a precisão, o pulsar que é trazer uma vida a este planeta desde a concepção, no sentido do acto sexual, até ao dar à luz, o processo de trânsito entre dimensões contém a mesma ordem, a mesma beleza e a mesma benção.
À medida que vais perdendo contacto com a realidade objectiva entras no plano astral.
Quando o ser sai do conjunto de fusíveis físicos que estão a ser desligados, ele perde contacto com a realidade concreta e automaticamente é ligada a realidade subtil.
Tu começas a perder visão periférica e à medida que ela se aproxima do cinza , subitamente tu tens acesso à clarividência, isto é, sobre o cinza começam a formar-se imagens que já não são do plano objectivo, começam-se a perceber os campos de cor e de luz, as auras, a vibração cromática da sala, começa-se a ter acesso a uma realidade iridescente.
Sabe-se que 80% das pessoas não se prende ao corpo neste momento, o que significa que os seres humanos, de uma maneira geral, colaboram com o processo do desencarnar pelo menos na etapa de superação do veículo físico. Então nós temos este ser que começa a flutuar no meio ambiente.
Para que o caminho de retorno ao corpo seja totalmente fechado é necessário que o teu ser mais alto dê um puxão muito forte no cordão de prata. Este cordão é o ponto de partida daquilo que na criança que nasce corresponde ao cordão umbilical.
Este fio de prata é como uma trança trina que parte do coração da mónada e ancora em 3 pontos: no nível astral; no etérico e no físico. Tal como o cordão umbilical bombeia sangue venoso e recebe sangue arterial, este sutratman é trino e bombeia energias muito específicas.
A parte desse fio que ancora no templo que temos no centro da cabeça (entre os hemisférios cerebrais existe uma concavidade e uma glândula, a pineal. Essa concavidade é um templo. Ela pode não estar funcionando como um templo, ela pode não ter sido activada, mas essa é a função potencial, única dessa concavidade) ela ancora um dos 3 fios vindos do cordão de prata, o fio que transmite vontade espiritual pura. Esta transmissão é feita através de disparos de luz que, morfologicamente, parecem letras de fogo como no alfabeto hebraico. São traduções para a nossa dimensão, de disparos de luz que alimentam o nosso psiquismo profundo com vontade espiritual. Vontade espiritual é um dos tesouros do mundo, é ela que mantém o ser alinhado com aquilo que foi o contrato vibratório que ele fez com o infinito antes de nascer. Esses disparos de luz só a pineal pode captar e transmite uma tradução desses disparos electromagnéticos à hipófise, que por sua vez transforma isso em hormonas. Essa vontade espiritual é o feixe de tracção constante com a mónada, é isso que te mantém na vertical.
O outro fio que sai da mónada ancora no coração e ele transmite amor incondicional e o 3º fio ancora na cóccix com alguns aspectos no plexo solar e transmite luz e actividade inteligente.
O ovo com a serpente enrolada é um símbolo alquímico, é um símbolo do fio que transmite a vida superior de novo enrolado em torno do ovo, isto é, da perfeita arquitectura divina que guarda o nosso ser maior.
Quando o ser sai do corpo o fio de prata é cortado e agora entramos na etapa de errância e o ser pode ficar errando durante horas, meses ou décadas, ou séculos, a probabilidade são semanas. Em casos de elevada densidade um ser pode ficar séculos num processo de errância nos níveis subtis e no caso de uma espiritualidade consciente ao longo da vida, o ser pode ficar horas apenas no mundo subtil.
Nós não desencarnamos uma vez mas no mínimo 3 vezes. Da mesma forma quando uma alma se dirige à nossa dimensão ela não encarna uma só vez. Quando ela atravessa o útero e nasce , ela já tinha entrado por várias portas subtis. Quando o ser emerge no mundo físico a partir da mãe, é o nível mais denso de ligação à matéria (3º nível) porque para que ela se possa identificar com o útero ela tem que atravessar vários portais.
Quando num grupo de almas (a alma, no seu próprio plano é de uma beleza indiscritível) uma alma assume nascer, em função de necessidades de aprendizagem, de crescimento, da oportunidade, da lei, do serviço, há muitas portas para entrar nesta dimensão, mas quando ela se decide, ela começa a ser envolta por uma frequência mais baixa do que aquela que lhe é natural e essa frequência luminosa é como um envelope que começa a espremer a parte que vai encarnar (porque a totalidade não encarna) e essa parte começa a emergir pelo poder compressivo desse envelope electromagnético e isto é relativamente doloroso para a alma porque ela está a perder o contacto gradualmente (no sentido de liberdade), ela continua a ter contacto, mas passa a ter um prolongamento preso à Terra. Ela continua com a visão do plano, mas a força compressiva começa a puxar uma parte dela (núcleo psíquico) que se vai prolongando para baixo e há um momento em que este núcleo psíquico tem um túnel, que é equivalente a um poço de forças centrípetas que funciona como um agente de focagem extremamente exacto na direcção da região cármica ou de serviço e da porta astrológica ao qual aquele ser psíquico tem que assistir.
Uma das afirmações mais belas da astrologia é que o tempo é uma qualidade não uma quantidade.
Este poço faz com que esse núcleo psíquico tenha que entrar e atravessar a porta do tempo sobre a qual não há encarnação. O mapa astrológico é a tua porta do tempo que o teu ser psíquico tem que atravessar. É uma data, é uma hora. Quando ela nasce no físico já teve que se adaptar a vários compressores de vibrção. O processo de desencarne é exactamente o mesmo no sentido inverso.
No momento em que se dá o desligamento final, permanece uma chama no coração que é o psíquico e essa chama puxa para si o eu consciente. Por isso é que é muito importante que o ser aceite, porque se eu estou reagindo ao processo de desencarnar eu estou a tentar expulsar-me para fora da lei que me vai acompanhar.
Esse recolhimento profundo que se dá no ser à medida que ele se vai desligando, corresponde à fusão do eu consciente tridimensional com o centro psíquico (chama púrpura violácea no centro do coração) e é esta chama que puxa os corpos: o astral e o mental uma vez que o físico vai ficar ali na cama.
Como eu vivi, assim eu estarei na esfera subtil, totalmente hermética a relação. Se eu penso num lugar eu estou lá, se eu penso numa vibração eu sou exposto imediatamente àquela vibração, não tenho concha biológica para me defender do mundo das frequências e das vibrações.
Todo o ser que esteja a ter uma experiência mediúnica relativamente descontrolada, e se esse ser tem tendências mediúnicas, ele sabe que pode ser um pouco incomodado. Basta ele produzir uns choques térmicos debaixo do chuveiro com água quente seguida de água fria, para a entidade se ir embora, ou pôr Bach, Vivaldi ou Mozart porque é um tipo de expressão musical que activa a tua percepção exterior, que corta, em grande parte, o contacto com o plano astral. Os nossos irmãos espíritas têm imenso conhecimento sobre como ampliar a percepção objectiva de forma a diminuir o elemento subjectivo da percepção.
Este ser no plano astral não tem mais como tomar banho quente e frio ou ouvir Vivaldi, então este ser está vagando, e esta condição (bardo) pode ir de horas a séculos, e como eu naveguei em vida, assim eu navego no bardo.
A forma de eu passar horas ou minutos nesse nível subtil antes de me dirigir às regiões superiores é viver como se já não estivesse nesta dimensão, é estar no mundo sem ser do mundo. Trata-se de aprender a deixar que a beleza passe por ele, amá-la, assimilá-la e deixá-la afastar-se se for o caso. Esta é a arte dos sábios, que consiste em viver tudo profunda e intensamente sabendo que é uma ilusão. Eu preciso viver como quem está num sonho, vivendo esse sonho em profundidade desde que eu nunca renuncie à consciência de que é um sonho e é assim que nós preparamos uma morte consciente e uma estadia no mundo subtil que dura poucas horas.
Se em vida eu prometi que as grandes constantes da existência: os meus filhos, o meu companheiro(a), a beleza, a mente, a energia monetária (quer fosse 10000 contos ou 200 escudos é tudo a mesma coisa. O indivíduo precisa de desligar a espinal medula do dinheiro, que é a única forma de ele vir a lidar com grandes caudais de dinheiro) se eu vivo estas ligações astrais: a família, a arte, a intimidade, a troca de potência, tudo isto é importante mas é astral e eu preciso de viver isto em paz, sem conflito, sem culpa mas de uma forma completamente filosófica. Eu saboreio a vida como quem saboreia uma taça de champanhe. O sábio não é o que bebe 20 taças de champanhe nem o que não bebe nenhuma, é o que bebe uma ou duas, agradece ao divino a beleza das coisas físicas e astrais e continua o seu caminho em paz. É uma chave de equilíbrio. Trata-se de o indivíduo ser moderadamente casto, estético, analítico, trata-se de ele combinar discriminação com amor, de forma que o seu discern
imento possa estar vivo sem ofender o amor.
Quantas vezes as nossas pequenas verdades cortam a passagem para a minha energia amorosa?
Este processo de trabalhar o plano astral em vida é essencial, e se eu fiz esse trabalho consciente de viver a paixão de uma forma desapaixonada, e de viver a prisão de uma forma sábia, e saber sorrir perante as violências várias da existência, se eu não me transformo numa vítima da esfera astral terrestre, então quando eu desencarno, minutos depois começa-se a formar claramente o túnel.
Então tu estás nesse veículo subtil que é extremamente sofisticado. Tu podes ouvir uma conversa a vários quilómetros de distância, ou pensares numa fotografia na sala da casa do lado de lá do rio e em segundos tu estás lá. Sofisticado significa que não há cima nem baixo, nem esquerda nem direita, não tens consciência cardinal suficientemente estável como no plano físico e mesmo o lado antropomórfico do corpo não parece estável. De repente descobres que o que pensas tem um poder imenso, é um mundo de sonho, é mesmo um mundo caleidoscópico que responde de uma forma muito sensível às nossas vibrações.
À medida que eu vou vivendo nesta dimensão como se não fosse desta dimensão, quando chego ao plano astral eu tenho o trabalho feito.
Qualquer tendência para me identificar com forças (a dor dos familiares) que puxam o indivíduo para trás, se eu já fiz este trabalho em vida, no momento em que eu desencarno aquilo está feito, eu simplesmente vejo o vórtice e atravesso-o.
A meio do túnel o corpo astral é dissolvido (é este o poder desse túnel interdimensional), fica o corpo mental.
Um óvulo mental fortíssimo, específico, com uma tonalidade própria que corresponde à qualidade do teu pensamento. Tu entraste no túnel pelo poder magnético da voz que te chamava do lado de lá do túnel. O mundo astral é eminentemente retrospectivo, ele busca convidar-nos à repetição de experiências já conhecidas. O mundo mental superior, para onde me dirijo, é eminentemente prospectivo, então quando eu estou à entrada do túnel eu tenho estas duas cargas vibratórias: uma hipnótica, retrospectiva e outra magnética prospectiva.
A meio do túnel o corpo astral é dissolvido pela lei que esse túnel contém e tu entras cada vez mais em direcção a essa luz até que ficas frente a ela. Já não tens corpo antropomórfico, és uma pulsação consciente.
Esta luz é uma presença luminosa que vibra num nível de cognição muito alto – cognição no sentido de uma leitura da realidade que não é mental e, de repente, tu tens um novo dilema: é que o indivíduo pode ou não renunciar totalmente ao plano mental. Se eu renuncio, ele é assimilado na luz e podemos dizer que ele voltou à casa do Pai.
A próxima encarnação será extremamente lúcida e consciente porque ele não reteve memórias, frequências da vida anterior, ele entregou totalmente o nível mental.
Se ele não pode fazer esse trabalho, ele é estabilizado naquilo a que a teosofia chama o “devacan”, que é um mundo composto de matéria mental superior que devolve estruturas de vida totalmente compatíveis com o que tu pensas, donde que, quando um músico desencarna, frente à luz suprema em frente do túnel, ele tem que superar até a ideia de que é um músico. Se ele supera ele entra na essência, se ele não supera ele vai ficar uns anos numa atmosfera que corresponde à imagem mental que ele tem de si mesmo.
Quando o nosso veículo astral fica para trás, eu permaneço com o meu pensamento, o lado força foi superado. Este pensamento contém ilusões deste tipo: sou português; sou pai da Mónica (não é o sentimento, é a ideia); sou pintor; sou médico; sou culpado; vivi mal; vivi bem; tudo ilusões do mental porque vocês estão a ser colocados frente a uma luz atemporal, vocês estão no limiar da 4ª dimensão, na verdade o eu superior está na 5ª dimensão mas vocês estão na 4ª sentindo o impacto da luz que nós somos na 5ª dimensão.
Uma vez que as conchas estão a ser retiradas: a física e a emocional, tu ficas com a concha mental para superar. Este entregar do mental e o renunciar a toda a auto imagem é extremamente difícil porque para eu entrar nesta luz suprema e para eu beber desta paz que nos espera no fundo do túnel, eu tenho que renunciar à construção mental acerca de mim mesmo. Isto representa uma activação da inocência num grau muito profundo. Trata-se de eu me abrir a um supra referenciação, de repente a luz é e tudo o que eu penso não é. E aqui há um salto. Se eu vivo isto eu desencarno do plano mental e eu começo a unir-me àquela luz e quer eu me una quer não, eu sou conduzido ao meu grupo de almas. Vou entrar em contacto com uma rede de luzes que vibram comigo há milhares de anos. Tu vais conhecer a tua “família”.
Raramente membros da mesma família nascem debaixo do mesmo tecto aqui na nossa dimensão, por isso é que geralmente nós não conseguimos encontrar ninguém especialmente significativo para nós na nossa família, e descobrimos pessoas tão imensamente importantes para nós, se for preciso, numa estação de comboios.
Estes seres pertencem ao teu grupo de almas, têm pactos de inter ajuda contigo indestrutivos. O amor que um grupo de almas tem entre si é indiscritível, ele é fundamentado em longor ciclos nos quais as almas contemplaram toda a jóia da criação, foram levadas a varandfas vibratórias a partir das quais puderam observar o nascimento de galáxias, puderam sentir a ternura com que as contrapartes femininas dos cristos cósmicos elaboram e refinam o hidrogénio arrefecido, puderam sentir como, no fundo, o Universo é amor e não medo e estes grupos de almas, há milénios, que vêm dando as mãos perante os grandes desafios das esteiras que ligam as várias estações da eternidade. Estes grupos de almas irmanam-se porque têm vibrações afins muito semelhantes e assistiram, várias vezes, à emergência de um novo plano do Pai para uma região do Universo e puderam ler os planos akashicos onde estão guardadas verdades metafísicas e místicas que não fazem sentido na nossa dimensão.
À medida que estas almas se foram ligando e reconhecendo, criaram um pacto de perfeição, de construir degraus para a perfeição e sabem que isoladas ninguém chega a lado nenhum, então trabalham em grupo por afinidade vibratória.
Raramente se pode apresentar um grupo de almas a um ser que ficou ligado ao plano astral depois de desencarnar, mas, invariavelmente, se tu passas por esse vórtice libertador, que é o túnel que conduz à luz, tu és levado à tua família de almas.
Para a transição planetária que estamos a viver, várias famílias de almas encarnaram sincronizadamente, então é muito provável, que nesta encarnação, à medida que vocês aprendem a viver no mundo sem ser do mundo, a mesma lei que leva as almas a se encontrarem nos planos internos, actue já nesta dimensão. São os teus irmãos em nível de alma, irmandade cósmica, não a fraternidade universal da boa vontade, isso é algo que é legítimo e é toda uma tessitura que este planeta está a aprender a fazer, trata-se de reconhecer aqueles que amam da mesma forma que tu lá na dimensão superior, aqueles que têm vínculo de inter ajuda profunda na dimensão superior.
Sabe-se que aqueles que encarnaram para assumir vibração espiritual dentro da nossa civilização moribunda, sempre vieram em grupo. Quando tu compreenderes que, do ponto de vista afectivo, esta descoberta dos teus irmãos de caminho é uma cura profunda, que estes nossos corpos emocionais cansados, violados, desolados, desertificados, têm a sua cura profunda no momento em que encontram os seus irmãos de caminho e o indivíduo não tem que estar coligado com nenhuma organização, com nenhum esquema, com nenhuma religião organizada, isto é magnético e incontornável, tu vives a lei e ela traz-te os teus irmãos.
Quando chegas frente à luz, invariavelmente, está uma equipa de recepção que contém: o teu guia dentro do grupo de almas; familiares queridos que já tinham desencarnado e que fazem parte do teu grupo de almas; anjos relacionados com a tua instrução.
Sabe-se a nível dos intuitivos, à escala mundial, que estes grupos de almas estão divididos em vários estágios evolutivos, isto é, como almas, eles são sempre luz, mas a evolução que conseguiram na Terra oscila desde um certo egoísmo sombrio, uma imaturidade com abertura; um 3º nível evolutivo de maturidade espiritual; um 4º nível evolutivo de guias luminosos e um 5º nível evolutivo de guias avançados preparando-se para se formarem como mestres.
Só se sai da Terra como Mestre.
Para que eu possa chegar a um planeta de 4ª dimensão eu tenho que me tornar mestre do físico, do emocional e do mental.
À volta de 40% da humanidade está no 1º nível de desenvolvimento espiritual – corresponde ao sombrio egoísta. No nível interno são sempre umas aves azuis, o problema é quando aquele prolongamento vem cá abaixo, os átomos-semente são postos em movimento e é atraído o material terrestre exactamente na vibração em que foi deixado na vida anterior.
Cerca de 30% está no nível de maturidade com abertura. Estes têm a probabilidade de entrar em crise porque há os que não conseguem entrar em crise, para eles está tudo bem, o planeta está óptimo, não há como eles entrarem em crise, não vêem um palmo à frente do nariz!
17% encontra-se numa vibração de profunda maturidade.
9% são guias luminosos.
1% são guias avançados aproximando-se do estado de mestre. Isto não significa que uma pessoa em cada cem seja um mestre porque estes seres, uma vez atingido este nível, não encarnam com facilidade.
Isto dá-nos uma demografia do estado espiritual da humanidade.
Este desencarnar consciente consiste em compreender que a morte é só uma meditação extremamente bem conseguida.
O ideal é o ser poder morrer em casa. Não há utilidade em colocá-lo em ambientes estranhos, sobretudo se ele tem tendência para a ansiedade. Estes facilitadores irão perceber que uma boa parte do trabalho consiste em dissolver ansiedade e perguntas acerca do que não se conhece e onde projectamos medos, ele terá que ser um ser que, de alguma forma, já morreu, porque senão ele não pode facilitar o desencarnar. Em algum nível, de alguma forma subjectiva, ele tem que já ter concentrado em si a compaixão, a paz, a benevolência, o não julgamento que vêm com o contacto profundo com a luz superior. Isto faz-se porque eu compreendo a carência da nossa humanidade em relação a ter seres capazes de fazer isto. Eu preciso de estar apaixonado pela humanidade a que pertenço para viver como se não estivesse cá, porque ninguém serve sendo do mundo, ninguém serve não estando no mundo, tu precisas de estar e não ser, então eu posso servir.
Esta condição iniciática é indispensável para libertar o outro da ansiedade.
Um mecanismo inconsciente associado à morte é a ideia que a morte vem como um castigo. Como é que se dissolve a culpa? É necessário ajudar o outro ser a sentir o contexto em que certos actos foram vividos ou praticados.
Quanto mais profunda é a compreensão do contexto em que um acto acontece, mais fácil é a dissolução da culpa. Claro que há actos para os quais é muito difícil descobrir um contexto visto serem verdadeiramente aberratórios, mas isso são situações limite, porque, de uma maneira geral, os actos que culpam as pessoas no momento do desencarnar como: zangas familiares, falta de amor durante a vida, porque à medida que a morte se aproxima tu vais vendo a vida com olhos impessoais, essa é a grande vantagem de pedagogia que a morte impõe sobre nós.
Estes facilitadores vão trabalhar no plano da dissolução do medo, da culpa, de serenização do ser que está a mudar de dimensão e para isso eles terão que ser exemplos de quem vai aos níveis de luz e volta.
Certas disciplinas como a Yoga, certos tipos de meditação e certas posturas perante a vida são fundamentais para fortalecer a capacidade de ajudar outro ser a desencarnar.
Assim como um curador não comercial atrai os seres que ele vai contribuir para estabilizar, um facilitador de transição atrai os seres que estão em transição, da mesma forma, através da mesma lei. Quanto menos humana for a postura, mais hermética é a energia entre ti e a pessoa que é colocada à tua frente.
Uma criança que vai desencarnar devia fazê-lo num sítio onde não houvesse distinção entre estar com os pais ou estar no quarto. É muito importante que não haja o “quarto de dormir” ou então toda a casa é o quarto.
A sala, por exemplo, pode receber os peluches, os brinquedos, a música que ele ouve, os objectos familiares e este sítio será enriquecido com o sofá onde a mãe está, com o sítio onde o pai lê o jornal, ou seja, dá-se uma fusão entre o quarto e a sala porque a criança precisa da familiaridade e a sensação de que não foi removido para nenhum sítio estranho (isto é-lhe dado pelo quarto dele) e a proximidade dos familiares, como se não houvesse quebra entre o quarto e a sala, porque se a criança tem a sensação que ao fim do dia tem que ir para o quarto, este momento é difícil do ponto de vista da mente infantil. O ideal é ele não sentir que tem que ir para o quarto nem sair do quarto, ele pode estar a brincar na sala, trepa uma coisa e já está a dormir.
Este espaço implica um cuidado com a cor. Se eu poder colocar cortinas de cores mais ligadas ao lado superior do espectro: azuis turquesas, violetas, o Sol filtrando-se por estas cortinas, adquire uma coloração específica que ajuda a elevar a consciência no momento em que o ser sai do corpo.
A presença de flores é muito importante. Quando o ser começa a sair do corpo as flores, no plano astral, são extremamente belas e o perfume que libertam é visível e cria uma tonalidade na atmosfera do quarto. Se forem “certas flores” elas colocam a vibração do quarto num nível acima tal como o incenso, e as flores são um mensageiro, tal como os pássaros, dos reinos superiores.
O sítio é uma câmara de ligação entre dimensões e deve ser tratado dessa forma. Não se entra de repente, não se fazem ruídos estridentes… não se invade porque o local está a ser preparado por anjos, por guias e pelo próprio eu superior do ser que está a mudar de dimensão.
O som, desde o gregoriano a certos cânticos tibetanos até à capacidade de o facilitador desenvolver uma canção com o moribundo, este facilitador tem de encontrar laços, senão ele não facilita nada. Laços que aumentam a energia do ser.
Este cântico, se for entoado antes do desencarnar, como ele já foi facilitado tempos antes (porque não se vai facilitar uma pessoa à última da hora) produz um profundo alinhamento vibratório porque um cântico corta a ansiedade.
Os pássaros sempre foram mensageiros dos níveis superiores de consciência, eles têm uma vibração da dimensão três e meio e estão permanentemente em contacto com devas e irradiam beleza. Então a paz, a beleza, a serenidade, uma solenidade Verdadeira e uma imensa tranquilização do outro são importantes e a presença de um pássaro pode fazer milagres porque ele é uma mensagem de vida, mas uma vida alada, ele contém, em si, exactamente, para onde o ser vai, para uma vida alada, livre e o pássaro cantando, introduz frequências que ajudam o ser a compreender a beleza das esferas superiores, especialmente se for um rouxinol.
É muito importante que eu viva totalmente consciente da liberdade da consciência.
Um ser de contacto com os níveis superiores, nos momentos mais exigentes do processo de desencarnar, tudo o que o teu irmão precisa é de receber de ti a certeza sólida de que a consciência é livre e eu preciso saber criar o ambiente ideal que facilita o outro a perceber-se como consciência e como luz.
O que eu sou é o envelope que eu crio para o outro ser erguido acima da tumba do corpo físico, e se eu consigo ajudar o outro a perceber que a tumba é o corpo dele e que ele não vai para uma tumba mas que ele está a sair de uma tumba, e que do ponto de vista esotérico todos nós estamos mortos, e se eu consigo ajudar pegando-lhe nas mãos e vibrando-lhe essa certeza de libertação desta tumba, o trabalho está feito.
Por André Louro de Almeida 01/03/2002
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