Amhaj

Para que possais trilhar a senda luminosa é preciso responder ao Chamado. Isso significa vencerdes provas, nas quais terão confirmado o vosso elo com a verdade e com a luz. Todos os seres, um dia, penetram essa senda e alcançam a Morada Celestial. Porém, eons se passam até que o ciclo se consume. Não vos intimideis frente ao mal. Não desafieis o inimigo. Não retardeis vosso caminhar pelo clamor do passado. A poeira dos tempos será lavada do vosso ser; novas vestes trajareis, e grande será o júbilo da libertação. Porém, nessa senda pisareis sobre rosas e espinhos, e devereis aprender o mistério do Bem. É tempo de justiça. É tempo de graças. Magnífico poder, o Irmão Maior se aproxima. Silenciai vosso coração e acolhei o grande amor. Tendes a Nossa paz.

Hierarquia

Tuesday, October 11, 2011

Linhagens

Vamos começar por sentir a gratidão que a alma nos está a passar quando o indivíduo se dispõe ao contacto interno, não importa onde nem com quem esse contacto acontece, o que importa para a alma é a postura do indivíduo e o quão importante que tu estejas aberto.

Estar aberto é ter a clareza de saber que não se sabe nada, desta forma a alma sente em nós a abertura, isto implica a condição de estar exposto ao superior.

A alma sufoca quando reside num ser que não tem abertura. A tristeza da alma resume–se às nossas opacidades. O trabalho de contacto dispensa as nossas certezas e as nossas dúvidas e resume-se a ficar sentado, disposto, correcto e começar a perceber-me transparente, e da transparência nasce o contacto, que não é uma meditação mas uma atitude. Por isso entrarmos em atitude de contacto em qualquer momento, é estarmos atentos à transpiração da graça dentro de nós. Não é uma metodologia, não é necessário saber nada, não há esforço. No trabalho de contacto eu recupero a minha escala, eu preciso de pegar nesta parte humana e pousá-la suavemente, entregá-la e quando este trabalho acontece, nós sentimos gratidão, esta dádiva que vem da alma por nós a estarmos a compreender.

Com a taxa de toxinas psíquicas na qual vivemos mergulhados não se fala mais de momentos de contacto, as coisas resumem-se a uma constatação cada vez mais sintética, ou o ser está a fazer o trabalho ou não está a fazer o trabalho, e fazer o trabalho é a atitude, esta sensibilidade nova é o trabalho.

Cada uma das mónadas humanas pertence a um dos doze centros ocultos do planeta donde que, cada um de nós está começando a reconhecer a sua família de fogo e está previsto que seres, cujas mónadas pertencem ao mesmo centro interno, formem grupos e inclusive, sejam formados grupos com mónadas de todos os centros internos.

Existem centros que lidam com a cura e a remoção instantânea de tudo o que não pertence à vibração profunda do teu ser e existem centros que lidam com iniciação, isto significa que lidam com o controlo da acção das polaridades sobre nós. Existem centros que lidam com a ciência cósmica e centros que lidam com a manifestação da nova Terra, são 12 ao todo.

À medida que eu vou passando pelas várias estações de afinamento (portas estreitas), eu começo a reconhecer a minha linhagem cósmica, começo a activar um dom que não é o dom que a alma manifesta em mim, esse dom é a linha de menor resistência através da qual eu manifesto algo de extraordinário quando encarno, desde a qualidade musical do Mozart até à capacidade de liderança do Churchil (dons da alma), mas o dom que é despertado quando eu encontro a minha linhagem cósmica é o dom da mónada, é o tipo de acção que a mónada exerce sobre o planeta. Existem 12 linhagens, campos de acção monádica das quais até agora conhecemos claramente 7: curadores; sacerdotes; sábios; espelhos; governantes e contemplativos. No momento em que eu estou desidentificado da acção produzida pela matéria, e não antes, eu passo a ter contacto com a acção que a minha mónada produz no mundo e não há nenhuma ciência que possa garantir uma resposta a esta questão.

Não é porque o ser tem muitos planetas em Virgem que ele necessariamente é um curador, ou várias cargas logóicas em Peixes que ele é um contemplativo porque o que o mapa diz é da relação entre personalidade, da alma e do carma e o processo cronológico terrestre. Não há nenhuma forma de um ser perceber qual a sua linhagem a não ser a postura a que chamamos o contacto, esta atitude de estar quieto interiormente, por isso não depende do que tu fazes cá fora.

Eu deixo a infância espiritual quando entro numa quietude que tende a instalar-se o tempo todo, quer eu esteja em contemplação, em acção, em estudo, e este estado interior de quietude profunda, hoje, é o revelador da linhagem a que o teu ser pertence.

A Terra está sob leis que não conhecemos e nos planos de vigília cósmica, a Terra foi consagrada e do ponto de vista dos concílios mais altos este planeta é sagrado, já está dentro das leis que templam a Terra e o contacto é a única forma de eu me actualizar da velocidade de transformação do planeta e eu necessito transformar o contacto na minha primeira prioridade.

Numa fase de estímulo de uma certa sensibilidade espiritual, os Irmãos passam informação de uma forma suave e psicologicamente extensa, de forma a que a pessoa possa usar a luz que vem do alto para minimizar as suas dores humanas, que é o que acontece quando, num trabalho autêntico. um belo dia eu digo: “mas eu já não consigo usar isto para melhorar a minha vida terrena!” Existem inúmeros ambientes em que o facto interno é passado em diluições homeopáticas de forma que o indivíduo pode utilizar a luz da hierarquia para minimizar o carma, para iluminar as suas escolhas na vida comum, para que ele seja menos agressivo, menos arrogante, menos primário, mais amoroso, para que ele não insulte os outros. Isto é uma etapa infantil da comunicação espiritual, a luz do alto não serve para fazer a manutenção, nem o equilíbrio, nem a harmonia de ninguém, fá-lo-á sempre por acréscimo quando entramos nos níveis mais altos do trabalho.

Quando uma fonte de inspiração constantemente se adapta ao vosso estágio humano trata-se de um trabalho preparatório, básico, que é importantíssimo porque sem ele desorbitamos quando entramos em contacto com a aura de Enoch, ou quando começamos a ser sensibilizados pelas energias dos avatares.

Não é a luz que tem de se adaptar ao homem mas o homem que se tem de transformar em luz e a fronteira entre um trabalho preparatório e um trabalho de ignição consiste no clareamento total deste factor.

É quando a minha vida passa a ser usada como um cálice para a luz que eu saio do nível preparatório e é o amadurecimento que permite que eu saia deste nível.

Esta maturidade que os Mestres estão tentando desenvolver em nós consiste na passagem da aspiração espiritual para a vontade espiritual. Na aspiração, que é a única forma de ter asas, eu quero muito e não faço nada, no nível da vontade eu já não sei o que quero, simplesmente movo-me na direcção da luz, eu passei a ser motor, vórtice do meu processo. E é quando este ser atinge o plano da vontade espiritual que os Irmãos encontram segurança e que as leis cósmicas permitem a revelação da tua linhagem monádica.

Temos um círculo com vários raios e um ponto no centro que irradia luz, as mónadas que ocupam o centro do círculo são as que estão mais afastadas dos agentes metabólicos à volta e quando falamos de metabólicos, falamos de todas as forças neste planeta que estão a responder à descida da luz. Neste contexto metabólico pode ser a tua família, o teu corpo físico, a tua sociedade, uma nação, tudo o que não está plenamente resolvido. As mónadas que ocupam o ponto central são as contemplativas.

O trabalho do contemplativo (seres como S. Francisco de Assis ou Santa Clara pertenciam a esta linhagem) é muito distante da vibração em torno desta estrutura energética, ele realmente está no centro e o trabalho dele é permanentemente VER, não perder nunca o contacto com o Pai. Ele contempla o Pai, a luz irradia para o mundo, ele irá receber a mais potente voltagem energética duma arquitectura grupal. É o ser que tem mais sede de se despir dos seus invólucros. São seres que têm urgência do divino, que garantem a voltagem energética de todo o ambiente de serviço. Sem o contemplativo não existiria um furo geodésico vertical a partir do qual a energia das esferas superiores podem penetrar nesta célula. Complementar ao contemplativo temos o guerreiro.

A linhagem dos guerreiros é a dos seres que encontraram uma paz total dentro de si. O Gandhi, que era um guerreiro, veio inverter a energia da guerra, veio virar ao contrário o poder do ódio, inverter o sabre. O guerreiro formado nas escolas de guerra da hierarquia é um ser extremamente perigoso porque a aura dele é composta de paz sólida. O guerreiro formado (seres ligados a Morya) irradia um nível de paz que é uma arma absolutamente terrível porque toda a violência a ele endereçada regressa ao ponto de partida. O trabalho do guerreiro é estar no nível de consciência onde não existe dualidade e, portanto, não existe inimigo, é a isto que se chama a “consagração do sabre”.

Nós tivemos mónadas encarnadas que tiveram a função de canalizar parte da verdadeira energia guerreira da hierarquia (Joana d’Arc em França, Nuno Álvares Pereira em Portugal).

O guerreiro é colocado na periferia da estrutura energética e funciona como escudo deflector de todos os elementos que não correspondem à vibração da tarefa. Este guerreiro tem a função profunda de conexão com o contemplativo e quando se observa a formação de culturas tradicionais, temos sempre uma relação profunda entre estas duas linhagens, isto é, a função daquele que vê o divino e a daquele que defende a cidadela, é complementar e quando se falava na antiguidade em reis sacerdotes (Melquitzedec ou o par Artur/Merlin) estamo-nos a referir também a este diálogo. Tu sabes que és um guerreiro porque quando entras numa atmosfera de trabalho as forças involutivas afastam-se. Portanto um guerreiro pode ser uma linda menina de 12 anos que entra em silêncio na sala e nesse momento as forças involutivas dispersam, porque esta acção é feita de cima para baixo.

O arco de fora é o guerreiro e as outras linhagens operam entre estes dois extremos. Todas as linhagens contêm qualidades das outras porque nas linhas do fogo profundo não se podem cortar as coisas como estamos a fazer aqui.

O sábio ou instrutor são as mónadas que adaptam a vibração que está a ser canalizada para baixo pelos contemplativos e adaptam essa vibração, por etapas, ao exterior. Se tu vives um momento de instrução podes ter a certeza que o teu ser profundo está ligado a mónadas contemplativas encarnadas ou não, que facilitaram a descida da voltagem. Os contemplativos estão a garantir a ligação da força à estrutura, têm um trabalho extremamente abstracto, enquanto que o guerreiro mantém a pureza do perímetro e o instrutor é um ser que adapta a energia a receptores.

O instrutor é um ser que funciona por ligação, ele precisa de adaptar a capacidade de recepção da massa em torno, ao poder da luz central. Ele é um amortecedor, um adaptador, um regulador e por isso os sábios estão ligados ao 2º Raio (amor/sabedoria). É o amor que faz com que o sábio encontre a melhor linguagem, o casamento de conceitos que não ofende o outro.

Até que tu percebas qual é a tua linhagem há todo um trabalho de vontade espiritual para fazer porque isto vem do nível da mónada, então, o sábio ou instrutor é o ser que faz adaptação de vibração.

O curador tem como tarefa trazer para os níveis tridimensionais, também, a vibração que está no centro, mas enquanto que o sábio transporta para a consciência (opera segundo as leis do Filho) o curador transporta para o corpo (opera dentro das leis da Mãe), ele adapta a luz que é trazida para baixo pelos contemplativos e transporta-a até à célula viva, até ao mundo dos sentimentos, das emoções e do pensamento.

Se temos um trabalho complementar entre guerreiros e contemplativos, temos também um trabalho complementar entre sábios e curadores. Onde há um sábio dissipador das trevas, próximo há um ou vários curadores, isto é, seres que têm a função de receber esta irradiação pura que os contemplativos garantem e, de nos planos subtis, a adaptar à dor do mundo. Os curadores trabalham com o 1º Raio, através do qual a vontade adquire características de bisturi, de penetração, e com o 6º Raio, no qual o magnetismo profundo cura a natureza das pessoas.

Porque é que quando estás a fazer um trabalho com um núcleo tens dificuldade em sentir as tuas desarmonias? Porque o 6º Raio, a energia do idealismo, esse magnetismo que nos garante que o Universo é alegria, é luz, este magnetismo reconstitui a integração entre os constituintes. Um ser de 6º Raio contém um magnetismo que reproduz a doença universal. O 6º Raio é a energia magnética que estimula o ponto de harmonia nos corpos. No fim, a cura e o curador resumem-se a um tipo extremamente refinado e subtil de sentimento combinado com vontade.


O sábio é um ser que precisa de encontrar moléculas culturais novas de forma a estimular a consciência das pessoas duma forma nova.

O curador combina vontade com um sentimento que conduz os veículos de novo para o centro e assim, como os contemplativos são conmplementados pelos guerreiros, os sábios são complementados pelos curadores.

Os Templários eram a perfeita combinação de monge e cavaleiro, eles estavam a aprender estas duas vibrações simultaneamente, vejam bem que tipo de escola esteve radicada em Portugal! Como monge eles iasm dominar os aspectos contemplativos do seu ser e como cavaleiro eles tinham que dominar os aspectos guerreiros do seu ser. Felizmente toda a agrégora templária nos planos 1, 2, 3 e 4 foi desactivada e o vórtice que deu origem à ordem do Templo continua lá, mas o espírito nunca se repete.

Os governantes são seres que estão encarregados, juntamente com os guerreiros, de ampliar o raio do círculo.

Akbar era um imperador da Ásia Central que conseguiu, em plena confusão, sentar à mesma mesa, em torno da mesma ideia central, num conselho, enviados cristãos, muculmanos, budistas,… que estavam em incomunicação. Isto é um governante, um ser que combina vontade, sabedoria e inteligência.

Juntamente com os guerreiros o governante tem a função de ampliar a acção do círculo, isto é, conquistando regiões do mundo para a energia cósmica que está a descer a partir do contemplativos. Em termos modernos, o trabalho deste governo seria garantir as leis e a ordem no perímetro de aprofundamento espiritual. Ele deve garantir que não há distorção à medida que anéis de trabalho se forem dilatando. O governante garante a lei ao longo de todo o território de influência. Isto são mónadas extremamente específicas.

Se o guerreiro é formado pela inversão do sábio, isto é, o sábio passa de ofensivo para transmissor da paz porque o guerreiro venceu os últimos guerreiros dentro dele, se um guerreiro chega a este ponto, um líder, do ponto de vista cósmico, é o ser que faz primeiro nele, antes de alguma vez pretender que alguém faça, é assim que se fazem líderes. Isto significa que, se a tal menina guerreiro entra numa sala e as forças involutivas são expulsas, isto é a nível monádico, se passamos para o nível da alma, temos que ir outra vez ao incenso e aos mantras, no nível interno puro, com um guerreiro o ambiente é limpo de forças involutivas. Com o governante a mesma menina entra e a ordem instala-se. O que é pedido a um ser num trabalho actual é que ele encontre, assuma e irradie a sua linhagem.

Daqui para a frente vamos ter complementaridade monádica nos trabalhos profundos, isto no planeta inteiro. Iremos ver mónadas guerreiro e contemplativas, mónadas curador e sábio actuando juntas e grupos que têm mónadas de todos os tipos porque a função deles é de transmutação civilizacional.

Um sacerdote tem como tarefa trazer para dentro, enquanto o governante garante a estabilidade da lei ao longo do crescimento do trabalho.

Tu tens a revelação da linhagem quando um belo dia percebes, sem sombra para dúvidas, que és um ser espelho. Significa que estás nesta encarnação a pegar na escola interna monádica que largaste na ou nas vidas anteriores, estás a recomeçar a instrução, o adestramento, contudo, não significa que com a revelação venha o estado total, pois o ser tem que ir crescendo, limando-se dentro da sua linhagem monádica.

Um sacerdote tem a função de trazer a vibração do centro, como energia imaculada, para o exterior e ele fica colocado na periferia entre os guerreiros. Agora, há sacerdotes guerreiros, mas lá no profundo, há uma linhagem à qual este ser responde. Um sacerdote é a porta. Se o guerreiro é a garantia do anel não passa, o sacerdote é a porta, ele está no umbral e aplica a vibração do centro ao mundo e com isso, ele convida aos que vivem no exterior a compreender e a viver a experiência que está a ser irradiada a partir dos contemplativos. Um sacerdote é a encarnação de um eixo móvel tanto assim que, nas tradições antigas, muitos monges são sacerdotes e sacerdotes são monges. Actualmente estas coisas estão a nascer como cogumelos. Este sacerdote que actualmente poderíamos chamar de operador axial, é um eixo móvel, ele tem a qualidade do contemplativo e consegue lidar com as energias do UNO. Agora, nos planos internos, se os contemplativos não estiverem a fazer o trabalho, o sacerdote é desconectado.

Enquanto o curador trás a energia central aos corpos e o sábio trás a energia central à consciência, o sacerdote é a energia central manifestada, ele opera no circuito do Filho mas possibilita o acesso ao Pai e isto dá bem a consciência do que é o apostolado, que é o que se passa com os sacerdotes católicos, é a sucessão da função de Cristo. O sacerdote facilita a transição ao interior, ele precisa combinar muito bem luz com magnetismo e tem de ser realmente claro para trazer para dentro, realmente.

Um ser espelho tem a função de relacionar as várias estruturas entre si. Esta estrutura que nós descrevemos do mundo temos igual em Orion, em Sírius, nas Plêiades, nos planos internos da Terra. Então, o ser espelho tem como tarefa reflectir nele osnúcleos entre si. O eixo é comum.

Ortodoxia significa erecto (90º), axialidade. Ortodoxo é aquilo que esteve, está ou pretende estar em contacto com uma revelação autêntica. Existe uma relação directa entre ortodoxia, tradição, fundação de centros espirituais e revelação. Isto é válido para Stonheng, Mtchu pichu, pirâmides, Delfos, para todos os centros espirituais autênticos na Terra. Ortodoxia é o que acontece no centro destas estruturas energéticas sustentadas por mónadas.

O ser espelho tem como tarefa trazer a vibração duma estrutura mais alta para a imediatamente abaixo.

Então temos seres espelho que operam entre Orion e Sírius, entre as Plêiadas e Sírius, outros entre Sírius, Orion e o Sol, outros entre Sol/Miz Tli Tlan/Shambala, outros operam entre Miz Tli Tlan/Shambala e Hertz na Argentina, ou seja, onde há um ser espelho existe comunicação cósmica e ligação aos Conselhos superiores, ele é um canal porque quando esse ser está presente, percebemos que entrou uma energia duma outra dimensão. Eles são os que têm a capacidade de se aproximar da vibração de todas as outras linhagens e têm a qualidade de introduzir um ambiente que não é dali, ele purifica-o porque está a irradiar energia.

Tu precisas perceber o que o teu irmão irradia em vez de perceber só se ele está cansado ou desorientado, descompensado no plano humano e se não conseguires perceber isto, nunca vais reconstituir a tua família nesta dimensão.

Uma família de fogo emerge quando não me importam os defeitos dos outros. Mesmo que tu estejas mal, momentaneamente, em período de crise, o que a tua mónada irradia pode ser apanhado pelas pessoas, tanto assim que, quando uma pessoa te vem pedir ajuda tu sais da crise e quando ela vai embora, entras novamente na crise e tu ficas bem quando ela chega, porque aconteceu polaridade, mas depois tu vens novamente para baixo.

Ao ser chamado para um trabalho real e com o desabrochar da flor deste grande amor que é a única forma de alguma vez nos ligarmos ao superior, começamos a ter uns que despertam para o centro, outros são colocados em pontos estratégicos de purificação, outros começam a ocupar os raios que ligam o centro à periferia, outros que se ocupam do processo de crescimento, etc. e nem sabem porquê e é natural que um ser que, num trabalho pré monádico era um terapeuta, chegue a um ambiente de contacto interno e descobra que não tem nada a ver com cura e começa a fazer um trabalho completamente novo, portanto, nõs não sabemos que dom a mónada guarda.

Como parte essencial de evolução monádica não devemos ter grandes opiniões uns sobre os outros, porque isto é um serviço profundo que nós devemos fazer enquanto irmãos de caminho, neste sentido, eu tenho a responsabilidade de não ter opinião, de estar lúcido, atento, mas não ter opinião sobre ninguém, porque num processo de contacto monádico não sabemos o que o outro guarda dentro dele, sabemos que ele consegue manter uma assiduidade interna (que não tem a ver com assiduidade ou não a conferências) para com certos assuntos, sabemos que resiste à prova da não confirmação do caminhar sem referências sólidas, resiste à prova de se ir transformando ele em referência sólida para os outros porque quando tu caminhas e os irmãos tiram-te as referências sólidas, significa que tu te estás a transformar em referência.

Enquanto eu estou cercado de luz, eu sou um ponto negro que assimila luz, quando estou cercado de trevas sou um ponto luminoso que transforma as trevas. Quando tu entras em desreferenciação profunda (a que S. João da Cruz chamava “a noite escura da alma”) e não há referências, só há trevas, tu passaste para o 2º estágio de formação. Os Mestres já não te estão a preparar como aprendiz, estão a tornar-te um foco de luz e tu tens que aprender a gerar a tua luz do interior de ti mesmo, do zero.

Enquanto eu caminho guiado por alguém, sustentado por veículos religiosos ou esotéricos demasiado rígidos, eu estou, de uma maneira geral, dentro dum corpo de vibração que me permite crescer até um certo ponto, mas quando eles, realmente, vão fazer de ti um polo de luz – não se fazem pólos de luz na luz, fazem-se metendo o coitado do discípulo lá no caldeirão, não é a vida correr mal, é tu não teres a mínima noção do que está a acontecer, nem bem nem mal, tu sabes é que só podes contar com a luz dentro de ti.

Tem alguns que o túnel (caldeirão) consiste em terem todo o seu processo humano desconjuntado, e outros consiste em abrirem um livro e não conseguirem ler uma linha (este é o ponto de alto crescimento interno), não consegues assimilar a informação através de caracteres. Eles não produzem esta situação em ti, de tu abrires um livro e os campos electromagnéticos que permitem a leitura – porque está tudo baseado em funções cerebrais – não funcionam mais, tu lês uma frase e voltas ao princípio, alguém pergunta se estás a gostar do livro e tu nem consegues perceber a primeira frase. Eles não desligariam estas zonas do córtex se não estivessem a ampliar a região frontal do lóbulo direito, que é a zona do córtex que tem contacto directo com os computadores quânticos nas naves laboratório. Então, se não consigo ler o livro é porque não é para ler porque talvez vá chegar uma coisa da nave Alfa e chega! Será que isto é o elogio da loucura?

A função da leitura acabou. Quando dissemos, há tempo, que esta etapa informativa terminou, ela está a começar para milhões de seres mas há um novo tipo de indivíduo para quem o livro é um analfabetismo, ele precisa que, ao mesmo tempo que lê está ligado lá na nave laboratório e recebe a energia e a informação da nave.

Quando eu estou a combinar a informação que vem através do lóbulo frontal direito, que é a zona de contacto com a hierarquia extraterrestre, com a informação que está no livro, eu já estou noutro ponto e quando não consigo mais ler de todo e a informação só aparece nesta região da consciência como por magia, então já é um terceiro ponto com inúmeras gradações e inclusive retroacções dentro desta escala, mas isto está a acontecer, isto é conhecimento directo, mas para isto eu tenho que ter a humildade de ser um ser cósmico, tenho que largar o drama de controlo, de que sou um coitadinho (Profecia Celestina) que dá muito jeito a muita gente e tenho que entrar na humildade de que sou um ser cósmico em contacto com hierarquias cósmicas. Se isto mexe com os nossos conceitos e categorias, tanto melhor.

Este diagrama repete-se nos planos subtis sempre que os Irmãos começam a aglutinar seres para uma manifestação e inclusive há cumutação ao longo destes campos de vibração específicos. Tu podes ter um guerreiro que passa por um longo período como contemplativo, e podes ter um curador que passa por um processo que tem que assumir a sua energia de instrução e podes ter um instrutor que trabalha como sacerdote.

Um sacerdote é uma entidade de colapso do tempo. No sítio onde ele está o tempo linear colapsa porque como ele reintroduz o eixo e como o eixo é atemporal, o eixo é a árvore da vida no centro do jardim, este eixo encarna no sacerdote, ele torna-se um eixo vivo, por isso se diz que todos os padres da igreja católica são-no segundo a ordem de Melquitzedec e os padres não fazem ideia de quem é Melquitzedec e é só “o próprio” da ordem a que eles pertencem. Isto é só o ponto em que está a situação, a nível oculto, do conhecimento tradicional no planeta.

Um sacerdote, por se transformar num eixo vivo é um holograma do Paraíso, ele tem que conter muito forte essa realidade original a que se chama Eden e que é o estado de consciência onde não existe dualidade. Ele reconstitui esse eixo e um sacerdote avançado é um ser que vive para libertar o mundo das forças involutivas porque elas podem lidar com todos os ângulos (30º, 40º, 50º 70º) agora, 90º elas não sabem o que é, porque ali é o supremo.

Um sacerdote anula, expulsa, equilibra o tempo cronológico duma região. A aura dum sacerdote contém uma elevada quantidade de Takion (partículas que viajam a uma velocidade superior à da luz) e se assim é, essas partículas não estão no tempo. Então ele bombardeia uma energia que não é do tempo linear, ele colapsa o tempo e portanto ele reconstitui a inocência naquele com quem entra em contacto.

Qual é o ponto das pessoas neste trabalho? Ele caracteriza-se na intermitência do contacto com o dom. Todos nós estamos a ter contacto intermitente (2, 3, 4 vezes por ano) com o dom monádico.

Nós não estamos no ponto em que estejamos continuamente a manifestar o dom, nem no ponto em que isto seja para nós uma história da carochinha. Nós estamos no ponto em que isto tudo faz sentido no entanto parece longe, isto significa que todos já estão a ter contacto intermitente com o dom e vão ter uma ampliação da voltagem do dom na proporção em que casarem com o dom.

Só uma pequena parte do teu ser está encarnada porque a maior parte não está nesta dimensão, isto aqui é só um filamentozinho minúsculo do real poder da tua mónada.

O tempo está a passar e para o ser lúcido não há mais nada para fazer (alguns de nós ainda vão tentar fazer), é só casar e irradiar o dom. O ponto de reflexão é eu pensar seriamente o que é que eu pretendo fazer com a minha vida. Há seres que já ultrapassaram esta barreira, mas há outros que ainda querem ser felizes e quanto mais tu persegues a felicidade, mais a alegria se afasta de ti e quanto mais tu persegues a alegria mais a bem aventurança se afasta de ti.

O homem comum busca a felicidade, o ser tocado pela alma já aprende a distinguir felicidade de alegria. O iniciado está a aprender a ir para além da felicidade e da alegria e começar a responder à bem aventurança que é esta experiência indizível da mão do Pai sobre a tua cabeça.

Então vai para o teu túnel e brilha e conhece a tua luz que foi para isso que foi posto lá o túnel e ele só vai estar lá até a luz se acender com presença suficiente para o teu Mestre dizer: “chega-te tu”, ele já acendeu a luz. Isto é bem iniciático! “tenta outra vez, tu consegues. Não desistas, tenta mais uma vez, vai lá e, simplesmente, conhece a tua luz”.

Tudo o que um ancião pode dizer a um jovem é isso: “Tenta”.

Nós estamos imersos numa cultura de efeitos, não numa cultura de causa. É toda uma psicologia do sucesso, mas para o teu mestre não tem importância o resultado, o que conta é que tu tentaste e tentar é a vitória. Falhar e voltar lá outra vez é uma segunda vitória.

Eles estão na margem de lá e nós na margem de cá e tudo o que vemos são névoas e abismos e depois vem S. Germain, Mestre Morya, Jesus e dizem: “Salta, nós também já saltámos, estamos na margem de cá”. Isto é um pouco difícil mas sem essa ousadia essencial do buscador, sem esse tentar, já este planeta há muito tempo tinha sido dissolvido.

O signo de coragem espiritual precisa voltar a ser impresso no éter desta região do mundo, ele já esteve impresso e recolheu-se. O signo da ousadia essencial do peregrino necessita voltar a ser impresso e isso é feito com a tua fé com o teu olhar límpido a altas horas da madrugada, quando o mundo não sabe nada. É este tipo de fogo que precisa percorrer a nossa espinha.

Por André Louro de Almeida                     08/09/2001

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