P.: Até que ponto um acontecimento futuro eminente previsto em astrologia ou cartomancia partindo do princípio que se iria de facto realizar, poderá vir a ser alterado pelo poder da mente, do pensamento e pelo poder da oração?
R.: Este é um assunto pertinente porque muitas pessoas colocam, de uma forma consciente ou inconsciente esta questão: o grau de inevitabilidade, o grau de fatalismo de uma percepção profética, de um facto detectado através da astrologia ou de um facto que veio à tona da consciência através de significadores divinatórios como é o caso do Tarot ou da cartomancia em geral.
Primeiro necessitamos distinguir o poder da mente e o poder da oração.
O poder mental consiste na solidificação progressiva da contraparte etérica da mente. Trata-se da cristalização progressiva do elemental, no plano etérico, que reage à mente. O indivíduo quer, tem vontade, constrói com a mente uma imagem, um amuleto em material mental, vivifica esse amuleto que foi construído com a mente e com a sua força de vontade e, dependendo do ritmo, da intensidade e da concentração os elementais que respondem à vibração da mente ganham força, direcção, rotatividade até que inter agem directamente com o plano físico denso. Então, uma construção que foi feita no nível mental e que vivificou a forma pensamento que o indivíduo criou, dependendo do ritmo, da intensidade e da constância com que ele põe a vontade naquela forma mental, os elementos que no éter correspondem à mente começam a ganhar massa e a partir de um certo momento interagem com a matéria atómica.
Todo o trabalho mental hoje é considerado desactualizado em relação ao que está disponível e que é o grande impulso dos instrutores do homem para o novo nível de expressão.
Chama-se trabalho mental quando o ser constrói conscientemente, pacientemente, detalhadamente, com aplicação, essa forma pensamento. Quando eu construo com a minha mente uma forma, com detalhes e visualizo, e construo, e insisto, ela vai ganhando vida própria.
Este trabalho de o indivíduo construir a imagem detalhadamente, pacientemente, como um escultor, no plano mental e depois de ela estar bem definida, bem contrastada, bem estável, o indivíduo começar a pôr vontade e desejo humano naquilo, de repente aquilo rompe o plano etérico e desce e inter age com as pequenas vidas electrónicas que são a matéria densa.
Quando se vê um indivíduo pegar numa colher e torcê-la à vossa frente, isso foi um trabalho mental autorizado para impressionar o ambiente dos seres humanos. Quando vocês vêem um grupo fazer um trabalho de materialização de uma coisa mas ninguém está vivendo aquilo que eles pretendem materializar têm um exemplo dum trabalho mental grupal. A força mental daquele grupo conseguiu criar um amuleto e a coisa manifestou. Não há nenhuma garantia que aquela forma manifesta venha a ser vivificada, energizada pelos Irmãos maiores. E é assim que temos algumas dezenas de templos esotéricos construídos em Portugal, que não contêm energia de espécie nenhuma e também há templos construídos a partir de realidades que vieram de cima.
A oração é o caminho inverso e hoje temos muitos níveis de oração. O estágio ideal de oração é quando o ser ora sem saber. Por enquanto nós sabemos, até temos horas para fazer oração. Numa vida de oração o indivíduo abre-se completamente para ser habitado momentaneamente pelo divino.
Temos um nível de oração em que o ser pede coisas ao divino. Existe um outro nível em que eu começo a pedir eventos espirituais na minha vida. Então eu tenho duas formas de pedir que uma doença saia da minha vida: porque ela me incomoda; porque ela limita o meu serviço espiritual. Neste caso nós já estamos a estabelecer uma aliança com a fonte, estamos a dizer indirectamente que se esta doença me for removida eu entro numa profunda aspiração ao serviço. É um nível de oração superior porque eu oro para que me sejam removidos os obstáculos à minha evolução.
Este nível em que um indivíduo pede para ser liberto do que impede o serviço, do que impede a tarefa, isto é outro nível de oração. Até pode ser que a vontade do divino seja que tu não sejas liberto porque nós temos as virtudes e os defeitos necessários para cumprir a nossa missão. Um indivíduo pode manifestar um tremendo defeito mas que, culminado com uma certa qualidade dá o ângulo de serviço necessário naquele mês ou naquele ano.
Esse nível maior de oração em que o indivíduo diz: “faça-se segundo a vossa vontade” ele precisa primeiro, antes de usar este mantra mariano, de verificar se ele quer fazer a vontade do Pai porque senão temos duas vontades em conflito – a do Pai que ele invocou e a dele que não foi suficientemente trabalhada. Faça-se a sua vontade e não acontece nada, exactamente porque ele só está a fazer o trabalho de pedir que se faça a vontade do Pai, mas não está a fazer ele próprio o trabalho de se abrir para fazer a vontade do Pai. São dois trabalhos: eu tenho que pedir lá a cima que se faça a vontade dele e tenho que pedir cá em baixo que se faça a vontade dele.
Este mantra mariano que é um nível muito alto de oração, Maria deve ter tido várias vidas a preparar a vontade terrena para ter o direito de dizer este mantra. É a nossa qualidade, na vida, que justifica a utilização deste mantra.
Chegamos à oração mais profundo em que o indivídua não diz nada e não está em meditação nem em transe. Está bem consciente, bem presente, bem lúcido, mas não diz nada, ele simplesmente entra em consciência orante. Este nível profundo de oração que nós devemos todos aspirar a chegar lá, não está longe, basta que o indivíduo percorra as outras etapas bem. Se ele teve uma vida de oração profunda em vidas anteriores, em dias, semanas ou meses ele percorre as etapas que já não lhe correspondem.
Há um nível na oração espiritual em que o ser já não pede para ele mas pede para a Terra. Este é o nível de oração que interfere com a evolução colectiva.
Na oração de silêncio o teu campo é usado para orar, isto é, tu estás dourando o planeta em que vives. Quando eu chego à douração sem palavras, sem pedir, tu simplesmente pousas, emites e a outra realidade emerge a partir de ti.
Quando um ser se senta e se auto convoca para uma irradiação profunda da luz que vem das regiões superiores do universo para a cura da Terra, não há mapa astrológico, não há nada, agora cada acontecimento colectivo tem um grau de massa crítica. Temos as previsões feitas por Edgar Caice sobre a falha de S. André na Califórnia. Quando Plutão entrar em Capricórnio, imaginem! Capricórnio é o signo das instituições, do mineral, da solidez, da estabilidade, tudo o que é rígido. Plutão actualmente está em Sagitário, dentro de alguns anos entra em Capricórnio e tudo o que é rígido leva com o Plutão cósmico em cima. Ele agora está na área dos valores espirituais Plutão em Sagitário. Significa que há uma afirmação brutal e violenta de certos tipos de fé. Isto vai dar origem a uma profunda regeneração do que é que para os seres humanos significa fé. Plutão tem dois ciclos: Um ciclo destrutivo e depois deixa o caminho aberto para Neptuno e Urano construírem sobre o que ele destruiu.
Por volta de 2008 Plutão começa a entrar em Capricórnio, significa que tudo o que é rígido e condicionado por equivalentes da vibração mineral em oitavas e a nossa mente também fossiliza…
Quanto mais as instituições, os seres os ambientes estiveram enrijecidos, estruturados, cristalizados, mais a energia de Plutão vai actuar, mais destrutiva ela se torna, e está aí, no ar.
A sida, por exemplo, tem o seu grau de massa crítica, se aqueles que têm conecção cármica com o HIV fizerem o trabalho da oração profunda, atingindo a massa crítica, quando chega ali, quebra, eles reconfiguram o campo vibratório planetário e aquilo não pode continuar.
Da mesma forma uma grande inundação tem a sua massa crítica. Se um grupo orante da Terra (que inclui todas as religiões) consegue pôr a “coisa” lá, o acontecimento é remanejado. Para que isso aconteça eu tenho que levar a minha vida de oração para o nível da humanidade.
Quando eu começo a orar como UM da entidade humana, eu estou a gerar reversão no nível onde estão registadas as grandes catástrofes ou os acontecimentos previsíveis astrologicamente.
Eu não creio que pelo poder da mente estes acontecimentos possam ser alterados porque foi o poder da mente que colocou estas catástrofes em cima de nós.
O que fica aberto para nós é a oração.
A astrologia diz respeito aos movimentos na periferia da consciência e quanto mais rápido (pessoal) é o planeta, mais na periferia da consciência o movimento se refere.
Se sectores da humanidade se dirigem para o centro da consciência o poder do Logos é eminentemente benigno. Isto é, o Plutão em Capricórnio, se a humanidade fosse uma humanidade fluídica, ele viria como um libertador e não como um destruidor. Quando Plutão não destrói, inicia.
Se a humanidade ruma para a consciência profunda não há possibilidade do livro cármico se derramar sobre ela. O que os Logos celestes estão propiciando é as descargas das energias para dentro do circuito terrestre. Se a humanidade está próxima do centro a energia é progressivamente libertadora e iniciática, se ela se afasta do centro a energia torna-se instrutora e se ela se afasta muito do centro a energia torna-se correctora. A energia é sempre a mesma nós é que estamos no ângulo errado.
P.: No nosso caminho de evolução podemos sentir ligação e orientação de vários Mestres?
R.: Sim. Existem mestres que te acompanham até um certo grau de desenvolvimento, outros há que tomam o ser num ponto, entregue pelo mestre anterior, que se encarregam de o levar mais para o centro. Existem mestres que trabalham apenas em câmaras internas que é quando o indivíduo sai do corpo conscientemente à noite e é levado para esse ambiente que ele pode fazer contacto com os mestres que trabalham nos níveis realmente esotéricos da vida.
Existem os adeptos que se irão tornar mestres ascensos (são seres de 4ª e 5ª iniciação e os mestres ascensos estão na 6ª iniciação). Para nós, a partir da 4ª iniciação são sempre mestres e eles são mestres porque já não conseguem extrair mais nenhum aprendizado da Terra. Para o Homem ele é um mestre mas ele é também um aluno.
Existem mestres exotéricos, mestres intermédios e mestres profundamente ocultos. Por exemplo Thoth, Hermes, é um mestre profundamente interno, ele não lida com os discípulos até um certo grau. Por outro lado Jesus, S. Germain, Morya, Koot Hoomi, lidam com o momento em que o ser desperta para a espiritualidade, no pondo em que a deixou na vida anterior, quando Eles observam que tu és capaz de receber uma voltagem mais alta e permanecer neutro, transparente, sem se fascinar.
Quando tu entras em contacto com um mestre de 2º Raio, em pouco tempo tu tornas-te magnético e um ser que não sabe lidar com o magnetismo ampliado do Asham ao qual ele corresponde, fica naquele ponto meses ou anos. Ele está a ser estimulado por um discípulo do Asham. Um ambiente oculto é composto por um centro, uma chama que é uma energia de raio e essa energia de raio, naquele ciclo, é interpretada por um dos mestres. Ele recebe impacto da energia de raio directamente
e isso depois é levado aos discípulos mais próximos que são chamados “os discípulos no coração do mestre”, depois passa para os discípulos a seguir “os discípulos no fio que conduz ao mestre”, depois passa para os discípulos que foram aceites, que estão dentro do Asham.
Sequência é:
O Mestre – e há ashams que são triângulos de mestres, inclusive;
Os discípulos no coração do Mestre – discípulos que já demonstraram ao mestre o que tinham a demonstrar;
Os discípulos no fio que conduz ao Mestre – são os discípulos que estão a passar pelo processo de paixão em relação à energia de raio que aquele mestre inicia.
Os discípulos aceites
Imaginemos um Asham de 2º ou 6º raio, muito comuns em Portugal, tu és integrado, gradualmente à voltagem de um mestre, se é um asham de 2º raio o teu magnetismo aumenta, as pessoas estão conscientes da tua acção e tendem para ti. Tu representas um ponto de convecção da força e se um indivíduo começa a receber essa voltagem num grau acrescido, o trabalho dele é ficar neutro perante o que está a acontecer e é na proporção em que o ser vai ficando neutro que a voltagem pode ir aumentando e quando ela atinge um nível de vibração específico para aquele ciclo, tu podes começar a tua tarefa. Um ser coligado a um asham de 2º raio torna-se extremamente atraente e faz parte do trabalho dele atrair, quer ele queira quer não. Se ele interpreta esse poder de atracção que vem do mestre a nível humano, ele começa a ter um harém à volta dele, começam a acontecer fenómenos de polarização que tendem a aproximar-se do plano físico, aí o mestre pára e começa a controlar a força e o discípulo precisa ver o que fazer com aquela energia magnética acrescida, até que ele começa a saber usar a força para atrair para o mestre, para libertar e aí o magnetismo terá de ser usado necessariamente. Isto era o que acontecia com Jesus ele sentava-se e passado pouco tempo havia 500 pessoas à sua volta, mesmo que ele não abrisse a boca.
Se o poder de um ser coligado ao 2º Raio é atrair um ser coligado ao 1º raio é um destruidor. Se ele encara o poder da destruição, do ponto de vista espiritual, equivale ao poder de libertação, do ponto de vista humano, ele torna-se devastador e aí a hierarquia pára até que ele aprenda a usar a partir de um ângulo superior o seu poder de destruição.
Se um ser de 3º raio usa a luz e a verdade a partir do ego torna-se insuportável porque ele usa grandes verdades para manifestar a agressividade do seu ego. Isto não é difícil de encontrar, pessoas que têm contacto com energia do 3º raio – luz – realmente têm acesso à verdade mas exprimem a verdade a favor de alguma coisa e contra alguém.
P.: Gostaria de saber se o Grego e o Árabe serão também línguas sagradas tendo em conta que S. João escreveu o evangelho em grego inspirado pelo espírito e que o próprio profeta Maomé lhe terá sido revelado o Corão em árabe pelo arcanjo Gabriel.
R.: Toda a expressão dum povo quando emerge da alma desse povo tende para o sagrado.
Quem ouviu Amália Rodrigues não foi pelo fado. O que foi permitido com Amália Rodrigues foi ser feito ali um canal para dentro da alma que vibra Portugal. O que ela fez a vida toda, foi canalizar o 6º Raio que anima Portugal, num grau humano que qualifica o corpo astral de muitos portugueses. Então o que ela fez foi captar, lá, parte da energia da alma num sub nível e exprimi-la através do canto tanto que à medida que ia envelhecendo já não dizia palavras nenhumas. Isso foi uma pequenina parte do 6º Raio que qualificou, até agora, a alma deste país sendo expressa por um canal nacional. Chama-se canal nacional a um indivíduo como Amália Rodrigues ou Wilson Churchil que conseguem fazer contacto com a força profunda que anima uma nação. Um canal nacional é o ser que consegue interpretar a realidade profunda de uma nação e conduz geralmente aos grandes artistas, governantes, pensadores de uma nação.
Neste contexto, todas as línguas são sagradas, todas exprimem um nível superior.
Quando se falou do Sânscrito, do Tibetano arcaico, do Hebreu, do Chinês, do Egípcio, estas línguas estão enraizadas no Irdin (língua cósmica). O Irdin é falado pelos Melchizedeques, pelo nível Filho do universo. Esta língua contém a vibração que traduz a vontade do Pai para os níveis da Mãe e são línguas supra planetárias. Planetas de 3ª dimensão não têm acesso ao Irdin e gradualmente estão a começar a chegar à Terra, através de shamans e de seres contacto no Perú, na Argentina e Brasil novos mantras em Irdin e isto para que nos comecemos a iniciar nessa língua superior. Há povos, nomeadamente os que vivem à volta do Lago Titicaca, na Bolívia, que são muito especiais principalmente os que vivem nas ilhas do lago, eles falam muito baixo, tem uma consciência muito diferente do espaço e do tempo, da passagem dos dias e nas línguas indígenas destes povos, há muito mais palavras em Irdin do que até mesmo nas línguas sagradas.
As línguas sagradas são as línguas que a consciência terrestre conseguiu criar para traduzir as línguas angélicas de que o Irdin é um dos nomes.
O grego, o árabe, o latim são muito mais recentes. O grego resulta de várias ligações entre línguas pré existentes. O árabe é o resultado da síntese de muitos dialectos de nómadas dos desertos. Estas línguas Mãe contêm o poder mântrico directamente ligado a línguas supra terrestres. A raiz duma língua Mãe não é o plano intuitivo é o plano espiritual enquanto que todas as outras língua nascem no plano intuitivo porque a língua deve traduzir a alma duma nação. Ela não pode nascer nem no astral, nem no mental, nem no físico.
O Sânscrito, o Egípcio, o Chinês antigo, o Tibetano arcaico, o Hebraico, a partir de um certo momento tendem para se assemelhar a fogo e perdem, graficamente, os seus contornos ideográficos porque o contorno ideográfico tem a ver com o desenho de uma letra que representa um objecto: o A é a cabeça de uma vaca ao contrário porque a palavra vaca começava pelo som A.
O grego e o árabe vêm do plano intuitivo, reflectem a alma de uma nação.
As línguas Mãe vêm do nível do fogo, quando as representamos graficamente elas tendem para representar fogo. Isto tem a ver com o facto de que elas não tendem para ser ideogramas mas para ser sinais e signos. É toda a diferença entre a língua de um povo criada no plano intuitivo que tende para se transformar em pictogramas e ideogramas ou uma língua sagrada que, mesmo visualmente, tende para assumir o desenho de sinais de fogo no espaço.
O som I é dos sons mais fecundadores em termos etéricos. Nós temos como instrumento de activação da hipófise o sino. Todas as letras que tendem para a vertical contêm um elemento fogo.
Quanto ao Corão ter sido revelado em árabe a Gabriel, nenhuma revelação é feita em língua alguma. A revelação passa-se ao nível da gnose. Gabriel começa-se a aproximar de Maomé sob a forma de luz, de mancha, de diferença na tonalidade no fundo da caverna onde Maomé se encontra em retiro. É uma luz que vai gradualmente ganhando uma forma antropomórfica que é a forma que os mensageiros têm de se aproximar de nós. O que quer que Gabriel tenha dito em árabe é secundário. Revelação é que, da mente cósmica de Gabriel, através da 3ª visão, mais o chacra acima da cabeça, são feitos disparos de línguas de fogo directamente para a pineal de Maomé, e são estas línguas de fogo que produzem gnose no interior de Maomé que depois as traduz para livro de uma forma extremamente fiel.
O mesmo com Moisés. Este” inscrever a letras de fogo na pedra” é a informação divina que fica inscrita a fogo no próprio Moisés e ele depois traduz e a tradução é muito mais fiel do que se possa julgar porque a região do córtex onde o vocabulário é processado, depende profundamente dessa região oculta. Se a pineal recebe um novo influxo de fogo divino, o vocabulário é extremamente fiel dentro dos limites semânticos das nossas línguas.
Portanto a revelação é um processo interno, ligado à gnose, e consiste na alteração total do estado de consciência do profeta. Por isso é que os profetas têm que fazer grandes retiros. Isso era antes, onde é que estão os profetas hoje? Em toda a parte! Que uma pequena língua de fogo seja traduzida sob a forma da obra do Bob Dylan foi essa a forma como ele traduziu essa língua de fogo, mas ele é um profeta do nosso tempo.
Agora existem grandes revelações que mudam épocas e revelações menos potentes, que fazem a manutenção da vida espiritual das pessoas.
P.: Quanto ao Islão, como encarar esta religião?
R.: Como não encarar o Islão? O Islão introduz pela primeira vez algo de uma extrema beleza que é a superação de toda a idolatria. Não existem representações de Deus no Islão e é um chamado muito potente dos povos para um grau de oração muito liberto da forma. É uma religião de 1º Raio, está toda dentro do signo de Escorpião – como toda a nação árabe – e concentra toda a sua força no mesmo pólo.
Existe um núcleo – os Sufis – que são sumamente sábios, belos, pacíficos, extremamente profundos em termos filosóficos, duma enorme elegância mesmo no sentido formal. Para compreendermos o Islão precisaríamos de ler Rumi (poeta místico), Kabir, etc.. Se observarmos como Yogananda se referiu ao Islão…. O Islão, realmente, ele é a mesma revelação adaptada a um povo extremamente difícil que viveu em ambientes extremamente hostis – o deserto.
A poligamia é um processo através do qual um homem se responsabiliza por 7 ou 8 mulheres e as protege, isto não tem tradução com o ocidente. O deserto não é um sítio onde pudéssemos viver muito tempo no entanto eles vivem lá há milhares de anos e tornam-se extremamente agrestes e criam uma psicologia de sobrevivência muitíssimo forte mas isto não pode ser comparado, de todo, ao pensamento islâmico erudito que está ao nível de qualquer pensamento erudito no mundo, até mesmo suplantando-o em certos momentos.
No século XVIII vem um teólogo que começa a criar o fundamentalismo, que é uma tradução literal de tudo o que é descrito no Islão e é a partir daí que começam a acontecer alguns acidentes.
Neste momento decorre o ano de mil trezentos e tal significa que eles estão a viver a sua idade média. Não podemos confundir o que acontece na periferia de uma religião com a qualidade do núcleo profundo.
Onde existe riqueza, petróleo, dá sempre jeito haver cristãos e muçulmanos, interesses na política internacional, eu vou tentar fazer uma guerra santa. As guerras santas sempre foram manipulações políticas.
Na Rússia há vastas regiões onde cristãos e muçulmanos vivem bem há séculos porque o território não tem interesse. Eventualmente podem acontecer fricções ligadas a radicalismos fanáticos mas isso nunca foi suficiente para fazer uma guerra santa. A guerra santa é um fenómeno profundamente ignorante.
P.: A Atlântida foi um espaço de tempo de aceleração evolutiva que não resultou?
R.: Sim. A Atlântida foi uma tentativa de aceleração evolutiva que produziu o seu resultado, só não resultou em número. Todas as escolas de mistério de hoje tiveram a sua fundação na Atlântida (tirando as de Vajdrayana? ou do Tantra que vêm da Lemúria). Não resultou em número mas em qualidade atingiu plenamente o seu objectivo.
Aceleração evolutiva é o que acontece quando a hierarquia cósmica faz encarnar, ao mesmo tempo vários mestres numa mesma zona e permite que uma nova expressão da verdade, mais sintética, mais poderosa, eventualmente seja apresentada aos povos, mas ao mesmo tempo, nos planos internos, destaca anjos e coloca energias de raio de uma forma extremamente activa actuando sobre aqueles povos. Em poucos anos observa-se a emergência de vários mestres não muito longe uns dos outros, de uma mensagem facilmente transportável de uns para os outros e uma acção de energias invisíveis muito poderosa. Então, há uma região que começa a florir do ponto de vista espiritual.
No caso da Atlântida era o próximo passo que toda a humanidade deveria dar, no entanto foi feito de uma forma muito intensa.
Muitos seres de elevada evolução estiveram encarnados na altura e que produziram um estímulo muito intenso sobre a consciência de superfície.
Na idade média observamos que há grupos, como os Cátaros, que passam por uma aceleração evolutiva muito específica, como também os Templários.
Deus Meru? é um Melchizedeque associado à região da Bolívia (Lago Titicaca) onde se encontra uma das principais escolas profundas da Terra. Dessa escola, que alguns ambientes chamavam “Fraternidade dos 7 raios” ou “Ametistina” vêm muitos dos seres que em Portugal, neste momento, devem ligar o éter de Portugal ao éter da América do Sul. Todo este tráfego de brasileiros e de portugueses é isso.
Há brasileiros em Portugal que trazem códigos ligados à ordem Ametistina – fundada por S. Germain na Bolívia e que é uma representação intermédia do “El dourado” ou Miz Tli Tlan. É preciso muita atenção com esses seres vindos de lá porque eles vão passar para muitos de nós essa energia ligada à América do Sul e que tem o seu fulcro na Amazónia peruana. Assim como alguns portugueses têm ido lá e ficam sentados a ver passar o tempo sem saber o que estão a fazer, e o que acontece é que códigos do plano etérico da América do Sul estão a ser introduzidos nos seus veículos e esses códigos contêm a vibração ligada ao programa da nova Terra e eles ficam acumulados no teu ser e quando retornas trazes essa outra vibração.
Quando em Portugal se começarem a observar, em certas zonas, uma equivalência vibratória à pureza do Lago Titicaca, é que se poderá começar a pensar na exteriorização da hierarquia nesta região do mundo.
A mesma lei que diz que depois de um ciclo de vida tu és todo retornado ao centro, a lei da eterna renovação faz com que o indivíduo não se lembre de vidas anteriores. Nós não nos lembramos porque precisamos de trabalhar em claro. Temos as sínteses qualitativas de uma antiga experiência mas não a memória detalhada do que aconteceu.
O mesmo se passa entre a Atlântida e a actual civilização. Não é permitida a passagem de informação, de vibração do ciclo atlante de uma forma directa para o ciclo actual. Trata-se verdadeiramente de uma reencarnação da humanidade.
A Lemúria foi uma encarnação da humanidade, depois a humanidade morreu. Vem “uma coisa”, limpa tudo, faz com que a forma seja dissolvida, no caso individual é o corpo físico, no caso de um grande ciclo civilizacional é toda a civilização e a lei actua entre civilizações. Quanto mais profundo é o ambiente de trabalho menos se fala na Atlântida.
Os meios oficiais correspondem ao consciente da humanidade (arqueológicos, históricos, científicos), à mente da humanidade, enquanto que os grupos esotéricos correspondem ao intuitivo e ao espiritual.
Enquanto que a Atlântida, do ponto de vista da história comum é uma ilha no Mediterrâneo que foi ao fundo com um vulcão, é nesse nível que deve ficar até que a humanidade esteja pronta para assistir à queda do paradigma científico, porque com a revelação da existência da Atlântida a ciência tal como nós a conhecemos termina, ela é obrigada a dilatar-se para outras escalas que já não são exactamente científicas. Não há autorização para que a ciência consiga perceber onde foi, o que é que aconteceu, porque a partir desse momento passamos para outro estado de ciência, chamada ciência metatrónica, porque a nova ciência é ligada ao arcanjo Metraton, actualmente ainda estamos na ciência Einsteiniana.
Quando a humanidade estiver pronta para que o paradigma científico seja dissipado, as coisas começam a surgir por todos os lados.
Por André Louro de Almeida 08/12/2001
No comments:
Post a Comment