O Discípulo vê
a superfície limpa
O iniciado vê
um grão de poeira
sobre a superfície.
O Mestre vê grãos
de poeira sobre
o grão de poeira.
O VÉRTICE ASHTAR
Muitas vezes, na década de 80, ocorria-me anotar impressões de natureza espiritual assinadas pelo misterioso nome de ESTES. Levei alguns meses a compreender que os “e” eram “A” e que o “s” final era um R, formando a palavra Astar.
Nesses momentos, o quarto onde trabalhava era preenchido com uma presença imensa, simultaneamente doce e firme, que alterava inclusive a luminosidade do ar.
A principal experiência, ao nível do sentimento e da psique, era a certeza de pertença, combinada com um eclipsar completo de dúvidas, ansiedades e enublamento mental.
A preparação para a transformação da consciência terrestre é impulsionada não só pela Hierarquia da Terra mas pela união de múltiplas Hierarquias que se encontram coligadas em uma frente de resgate, um conselho interplanetário de planetas.
Esta coligação de mundos sagrados aproxima-se da órbita terrestre sob a égide de um alto comando, cujo heirónimo é ASHTAR.
Este comando sincroniza a tarefa iniciática dos Centros Internos da Terra com as correntes ascendentes do Cosmos, interligando a aura dos grupos espirituais compostos por seres humanos da superfície do planeta com vórtices extraterrestres de tracção espiritual, num alinhamento que se eleva até à mente sideral de Eloham/Eloha.
O Comando Ashtar opera como o alto vértice de conexão entre a nossa humanidade e os mundos irmãos que se mobilizam para a dissipação definitiva da egrégora mental em que o planeta se encontra aprisionado. Cruzando a órbita da Terra em Vasos de Luz, Interdimensionais, a Hierarquia Ashtar realiza uma ignição dos éteres superiores, desvcongestionando a atmosfera psíquica colctiva e permitindo a penetração de correntes de energia crística, corrente com usam essas passagens no contínuo espaço-temporal do planeta para mais facilmente se introduzirem na consciência humana.
O Comando Ashtar é composto por consciências emanadas directamente do campo arcangélico em união com consciências humanas glorificadas que, sob o alento de Cristo Miguel, ascenderam em etapas anteriores da evolução, noutros sistemas evolutivos.
Ashtar Sheran, emanação do Arcanjo de Miguel no plano Espiritual, é um ser definido. Tem personalidade, história evolutiva própria, é interlocutor racional junto ao pensamento humano e tem volição independente dos circuitos automáticos da manifestação divina.
Sob o seu comando actuam enxames inteiros de vasos de luz e naves interdimensionais. Era-nos comunicado que este Comando tinha certas zonas da Europa sob a sua assignação e que complementava as aproximações ditas marianas á consciência humana, preparando o campo vibracional na área de contacto e em torno dos seres-contacto para a plasmagem de figuras sacerdotais femininas ligadas à cidade intraterrena de UR (e.r.k.s.) e ao Reino de Lys.
Ashtar Sheran porta consigo o mandato de Eloham/Eloha para a regeneração deste mundo. Na sua aura vibra a energia crística pura, pois a sua consciência e manifestação está estabilizada, em Glória, no nível do Adão Primordial, sendo Ashtar uma expressão directa do arquétipo para a evolução da Humanidade.
A aura e o campo magnético das futuras zonas radiantes da Terra, ilhas de protecção em caso de crise aguda da nossa civilização, é imantada com o alento do Espírito Criador Eloham/Eloha a partir de Vasos Interdimensionais em órbita da Terra.
Dentro destas zonas radiantes as relações entre a personalidade tridimensional, o Eu Superior e a Mónada são ajustadas, aceleradas e protegidas de forças dispersivas, permitindo o acesso aos ritmos iniciáticos, implementados pela Hierarquia terrestre de forma contínua e, de certo modo, suavizada.
Ashtar Sheran liberta do seu campo presencial algo que combina um optimismo transcendente, uma massiva afirmação da Luz Superior e um humor sanador, a par com um conhecimento insondável das dinâmicas do Universo e da Energia.
Uma das suas formas de manifestação está sintonizada com a apetência aquariana da actual transição da consciência terrestre, na qual este comando interplanetário se revela com as vestes de um Ser Espacial, de feições nórdicas, com um fato prateado justo ao corpo e as insígnias do programa Ashtar no peito. Nessa forma a energia devocional do passado encontra-se transmutada na vocação futura do homem como viajante das estrelas.
Essa não é, no entanto a forma última de sua manifestação nos planos da Criação, pois o seu corpo de luz, um Holóide Esférico, não tem limitações de sexo, idade ou tendências psicológicas.
Era-me comunicado, nesses encontros de sintonia telepática, que Ashtar Sheran supervisiona toda a área geográfica em que vivo, a região da Península Ibérica, como preparação para o programa de contacto-revelação que os povos desta zona do mundo irão viver num futuro próximo.
Uma alegria verdadeiramente infantil irrompia em mim, e nos irmãos com quem vivia estas experiências sempre que a aproximação desta Hierarquia acontecia.
As minhas tendências artísticas sintetizavam-se e adquiriam maior vigor vibracional, o acto de escrever poesia e peças de spoken Word (escrita gerada para ser lida em voz alta sobre campos sonoros) tornava-se mais exacta e precisa na captação de nuances psíquicas do futuro-eternidade. Além disso a visão de modelos comunitários, cidades radiantes e arquitectura de uma Nova Terra era altamente estimulada, como se de algum modo estivesse lá, no futuro deste planeta.
A presença de Ashtar deslocava-me para além do meu processo de indagação psicológica e a sua influência transportava-me para paisagens do futuro, nas quais o homem se encontrava plenamente realizado como alma e toda a vida era dedicada à união com o Espírito.
Uma Nova Terra, um planeta-jardim, crivado de comunidades altamente estáveis, brisas eléctricas doces e inspiradoras, templos cristalinos, veículos antigravidade e lagos turquesa vibrando sob a luz de um Sol branco...
Estas coisas sucediam-se de forma sólida e definida, traziam em si a experiência de realidade paralela, muito diferente da produção da mente imaginativa ou do psiquismo fantasioso, era uma visão minuciosa da Terra de Quarta Dimensão, a terra futura, ponte civilizacional para a Terra Última.
Eram dias de leveza, transparência, comunicação com mundos distantes e comunhão com presenças extraterrestres infinitamente benignas.
Tempos depois, ao atravessar um curto túnel, de automóvel, sob uma serra no centro de Portugal, três horas de tempo desapareceram da minha consciência. Entrara no túnel por volta das 18 horas e quando estaciono no posto de gasolina dois quilômetros a seguir à saída eram 32 horas.
A certeza de que um contacto directo havia acontecido implantou-se em mim e podia observar, nos níveis subliminares da minha memória, com alta definição, a figura sorridente e incrivelmente magnética de Ashtar Sheran, com o braço direito erguido, numa saudação de Paz.
Nessa etapa, as revelações sobre Elias e a operação ascensão planetária tinham começado a ganhar forma.
(Terra Última, p. 406-411)
No comments:
Post a Comment