Amhaj

Para que possais trilhar a senda luminosa é preciso responder ao Chamado. Isso significa vencerdes provas, nas quais terão confirmado o vosso elo com a verdade e com a luz. Todos os seres, um dia, penetram essa senda e alcançam a Morada Celestial. Porém, eons se passam até que o ciclo se consume. Não vos intimideis frente ao mal. Não desafieis o inimigo. Não retardeis vosso caminhar pelo clamor do passado. A poeira dos tempos será lavada do vosso ser; novas vestes trajareis, e grande será o júbilo da libertação. Porém, nessa senda pisareis sobre rosas e espinhos, e devereis aprender o mistério do Bem. É tempo de justiça. É tempo de graças. Magnífico poder, o Irmão Maior se aproxima. Silenciai vosso coração e acolhei o grande amor. Tendes a Nossa paz.

Hierarquia

Wednesday, January 18, 2012

As Iniciações de Cristo e de Jesus

As Iniciações são processos específicos de ampliação da consciência e refletem-se, de um modo inacessível à mentalidade racional, em toda a estrutura energética do ser que as vivencia. Para se compreender um pouco tal assunto – não como alimento para o intelecto, mas como auxílio para a sintonização com esse caminho que um dia toda a humanidade terá de trilhar – algumas simbologias podem ser utilizadas para demarcar as etapas que representam esses avanços, bem definidos, no desenvolvimento interior do ser.

O trabalho evolutivo que se realiza no planeta por intermédio de elevadas Consciências, como possam ser os Avatares, as Entidades e os Logoi, é fonte de inesgotável ensinamento e, em muitos casos, está diretamente associado ao processo iniciático do reino humano. Além disso, manifestações dessas Consciências na superfície da Terra marcam o ingresso de toda a vida planetária em níveis energéticos mais altos, o que prepara Iniciações do seu Logos ou é reflexo delas.

O ensinamento espiritual transmitido pelo Mestre Tibetano (DK), em meados deste século mostra que certas passagens narradas nos Evangelhos simbolizam as Iniciações que se dão no reino humano: cinco demonstradas por Mestre Jesus (da Primeira à Quinta Iniciação) e cinco por Cristo (da Segunda à Sétima Iniciação). Todavia, não se deveria deduzir que esses Seres tenham necessariamente passado por essas mesmas Iniciações ao vivenciar aqueles acontecimentos, pois a associação desses fatos com determinadas expansões de consciência é uma analogia que visa aproximar os estudantes a realidades abstratas e internas.

A interação da consciência do Mestre Jesus com a do Cristo ao longo dos três anos em que o Cristo atuou por intermédio de seu discípulo, Jesus, ainda não foi completamente desvelada para a humanidade. Apesar de a Entidade-Cristo ter permeado os diversos corpos de Jesus no momento do batismo no Jordão, a assunção completa ocorreu, misteriosamente, apenas nos momentos finais vividos no Calvário.

Quando um ser se encontra no limiar da realização divina, ele deve encarnar para que seja consumado o seu encontro com a Fonte de vida flamejante, e para que os últimos e tênues laços com a existência terrena possam ser incinerados pelo ardor dessa Fonte. A energia produzida por esse desprendimento reverte-se sobre o planeta como bálsamos de cura, paz, luz e renovação.

Tendo em conta que numa dada encarnação o ser recapitula sinteticamente realizações anteriores e antecipa realizações futuras, lembramos o esclarecimento de DK, de que, de fato, o ser-Jesus teve sua Terceira Iniciação como Joshua, viveu dois grandes sacrifícios: um ao ceder o corpo para ser usado pelo Cristo, e outro, o da ‘’grande renúncia’’ que é característica da Quarta Iniciação. A Quinta Iniciação ele a alcançou posteriormente, quando encarnado como Apolônio de Tiana. Além disso, enquanto Jesus passava por várias ampliações de consciência que o levaram a alcançar a Quarta Iniciação (o que esteve simbolizado na crucificação), o Cristo vivia a culminação da Sexta Iniciação e avançava no preparo da seguinte.

A energia crística permeou o ser-Jesus e, em menor grau, também os Apóstolos.Estes chegaram a realizar curas e a expulsar forças involutivas da aura de outros seres, mesmo enquanto Jesus estava encarnado. Apesar de a energia crística ter estado continuamente presente em Jesus, a manifestação do Cristo por seu intermédio ocorria em momentos ou períodos específicos, ou seja, o Cristo não permanecia por tempo prolongado nos corpos materiais de Jesus. Assim, a evolução e o serviço dos dois seres nesse processo transcorreram por meio dos mesmos veículos: o ser-Jesus, representando a coligação entre a humanidade e a Hierarquia planetária; e o ser-Cristo, representando a coligação entre a Hierarquia planetária e a solar. Os fatos da vida de Jesus (parcialmente descrita nos Evangelhos) devem ser lidos sob essa luz, que revela a concomitância da atuação desses seres nos três anos em que perdurou essa experiência.

Por meio dessa interação foi lançada, na aura planetária, uma semente que na etapa vindoura estará transformada em planta adulta, e que dará frutos. Trata-se da possibilidade de as mônadas atuarem nos planos materiais sem passar pelo nascimento físico e sem que o ser encarnado passe tampouco pela transmutação monádica. Com essa possibilidade, os veículos do ser encarnado são utilizados também por outra mônada, que se manifesta apenas pelo período necessário à realização do sublime trabalho que lhe cabe desenvolver nos planos materiais. Tal processo. todavia, não deveria ser confundido nem comparado com o que hoje ocorre nas incorporações de seres desencarnados em pessoas que a isso se prestam, pois essas incorporações são aberrações no desenvolvimento da humanidade, impulsos contrários ao propósito subjacente ao Plano Evolutivo, resquícios de desvirtuamentos ocorridos no período atlante. A sublime interação de Cristo e Jesus guarda as chaves da unificação do ser com a essência da vida, o Pai, sendo um referencial impecável para o estudante de hoje.

É importante lembrarmo-nos de que a energia crística é imanente à vida deste sistema solar, está sendo desenvolvida e deverá, no final deste ciclo sistêmico, chegar à sua perfeita expressão em todos os níveis de consciência.Essa energia, dentro do que era possível a um ser encarnado expressar na superfície da Terra há dois mil anos, já estava plenamente presente no ser-Jesus. Mas a manifestação do Cristo que ocorreu paralelamente por intermédio dos corpos de Jesus transcende esse fato.

Na interação dos seres Cristo e Jesus estão ocultas realidades que não chegaram a ser desveladas, exceto nos planos internos, a certos Iniciados. Porém hoje, com a energia trazida pela transição planetária e com a consumação da fase que foi aberta há dois mil anos, muitos véus rompem-se e a aproximação da humanidade à Hierarquia pode efetivar-se de maneira única da história da Terra.

Quando Cristo encarnou utilizando os corpos de Jesus, ocorreu uma conjuntura não apenas planetária e solar, mas também cósmica: um alinhamento entre Sirius, o Sol deste sistema, Vênus e a Terra. O início de uma nova fase para o planeta tornou-se possível como decorrência da realização interior alcançada por Jesus e por Cristo. O Cristo representava a ligação do Sol e da Fraternidade de Sirius com a Terra, e Jesus a ligação da Terra como o Sol, por intermédio de Vênus; na unificação da consciência desses dois seres e no serviço por eles prestado por intermédio da matéria terrestre (os corpos do ser-Jesus), o circuito energético que fluiu por meio do Cristo nessa especial conjuntura era não apenas de nível solar, mas também cósmico, proveniente de Sirius. Nesse fato oculta-se potência dessa manifestação crística, delicada e pacientemente preparada durante épocas pelas Hierarquias e por tantas outras manifestações que expressaram anteriormente a energia crística em menor voltagem.

‘’Porque Deus amou de tal modo o mundo, que lhe deu o seu Filho Unigênito, para que todo o que crê nele não pereça, mas tenha a vida eterna. Porque Deus não enviou seu Filho ao mundo para condenar o mundo, mas para que o mundo seja salvo por ele’’. (joão 3, 16)

Deus (Vida, Sirius) enviou seu Filho (Amor-Sabedoria, Sol) ao mundo (matéria, Terra) para salvar o mundo (libertar o planeta do jugo das forças involutivas e introduzir a humanidade na vida eterna, nas leis evolutivas superiores).

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O significado oculto da renúncia de Cristo e de Jesus


Independentemente da atitude da grande maioria dos homens da superfície da Terra diante da oportunidade cíclica que lhes estava sendo oferecida, atitude que por ser negativa determinou restrições à sua evolução, o fato de o ser-Jesus ter alcançado a Quarta Iniciação, ao mesmo tempo que o Cristo atingia a Sexta Iniciação, permitiu que a Terra saísse da etapa preparatória, etapa necessária e prevista, e avançasse para a transição que ora está se dando, possibilitando desse modo a salvação do planeta.

No passado, ao atingir a Segunda Iniciação o ser começava a aprofundar o seu aprendizado sobre a renúncia no mundo das formas, processo que nessa fase transcorria basicamente no nível astral terrestre. Na Quarta Iniciação, ele aprendia a renúncia no mundo das almas, permitindo que a essência do seu corpo causal fosse absorvida pelo fogo do espírito em um nível de consciência mais elevado. A esse fato está ligado o que esotericamente é chamado a grande renúncia. Na Sexta Iniciação ocorria a suprema renúncia, por meio da qual ele determinava a sua trajetória cósmica, assumindo integralmente o propósito emanado pelo Regente-Avatar e custodiado pela mônada, propósito que guarda as chaves do relacionamento do ser com o Logos planetário, com o Logos solar e com Aquele sobre o Qual nada pode ser dito. Essa descrição da Segunda, Quarta e Sexta Iniciações é adequada para a evolução das expansões de consciência própria da etapa passada da Terra, etapa na qual esses fatos, vividos por Cristo e por Jesus, ocorreram.

Assim, desde o batismo no Jordão até a grande entrega no Getsêmani, quando foi reconfirmado o cumprimento da Vontade cósmica para a Terra de maneira incompreensível para o homem comum (fato expresso na frase ‘’Faça-se a Tua vontade’’), a energia do Cristo esteve conectada ao ser-Jesus, porém não totalmente encarnada em seus corpos materiais.

Desse modo, o episódio no Getsêmani e o da crucificação devem ser vistos como partes de um mesmo e único fato, que transcorria em níveis além dos condicionamentos de tempo e de espaço. No Getsêmani o Cristo realizou a suprema renúncia, consumada quando a consciência Cristo-Jesus abandonou os corpos materiais, ao ‘’morrer’’; no Getsêmani, sob a aura do Cristo, Jesus preparou-se para a grande renúncia, efetivada na crucificação e ‘’morte’’ na cruz.


A ‘’morte’’ de Cristo e de Jesus ocorrida sob tal conjuntura estava preparando a matéria planetária para acolher, no âmbito da evolução regular de toda a humanidade, a transcendência da Lei da Morte e da Lei do Nascimento físico, transcendência que estará acessível a muitos seres da etapa vindoura da Terra, e que nesta transição já o é em certo grau. Não se deve comparar a ‘’morte’’ de um homem comum com a ‘’morte’’ de Jesus, nem a deste com a do Cristo; são três estágios evolutivos distintos que podem ser representados por três situações distintas: um homem cego diante do nascer do sol, um que vê essa aurora e compartilha do calor e da luz trazidos por ela, e um que se unificou à essência da luz. Assim, nada existe de real nas projeções emocionais que durante séculos foram alimentadas em torno do sofrimento vivido por Cristo-Jesus na Paixão. A realidade é outra e, sob véus, guarda a glória da redenção planetária.


No instante da ‘’morte’’ na cruz, sintetizam-se o impulso evolutivo irradiado para a vida planetária nos cilos passados (muitos deles reencenados na vida de Jesus)e o impulso da fase futura, por meio da ruptura de um véu nos planos internos da existência.

‘’(...) E ei que o véu do templo se rasgou em duas partes de alto a baixo, e a terra tremeu...’’ (Mateus 27,51)

A Sexta Iniciação é parte da Sétima foram alcançadas simultaneamente pelo Cristo; naquela experiência, ele pôde consumar as etapas da Sétima Iniciação concernentes aos níveis materiais. Ao longo desses últimos dois mil anos, esse processo desenvolveu-se e culminará com o reaparecimento do Cristo no interior de cada ser.

Somente após a renúncia de Jesus, houve possibilidade de o Cristo aproximar-se mais intensamente de seus corpos no mundo tridmensional. Isso ocorreu dessa maneira para que o Mestre Jesus, ao imprimir na matéria de todo o planeta a energia de renúncia, preparasse essa matéria para ser assumida pelo Cristo, fato que se consumaria dois mil anos depois. Além disso, conjunturas cósmicas determinavam que as iniciações desses dois seres se dessem exatamente assim, abrindo um canal de coligação dos planos materiais com a Vontade logóica, por meio da energia da renúncia ali irradiada em tão imenso grau: a grande renúncia, expressa por Jesus, e a suprema renúncia, expressa por Cristo.

A energia do sacrifício, reconhecida de maneira especial na Quarta Iniciação, era, na etapa passada, desvelada ainda em maior profundidade quando o ser alcançava a Sexta Iniciação e, ao decidir sua trajetória cósmica, defrontava-se de maneira única com o Propósito do Logos da Terra e com o grande sacrifício por ele realizado ao assumir a manifestação deste planeta. Era necessário que tanto o discípulo Jesus quanto o Cristo passassem pela ‘’morte’’ no desfecho da crucificação. A doação da energia crística aos que haviam acolhido a sua luz, e também àqueles que não a compreenderam, devia ficar impressa na vida de superfície com a potência não apenas própria de um Mestre, mas própria de um Avatar. 

A completa encarnação do Cristo em corpos humanos, mesmo corpos cuidadosamente preparados para isso durante épocas, não poderia prolongar-se por mais do que algumas horas. A partir da renúncia expressa no horto de Getsêmani, teve início a fase final da transmutação do ser-Jesus, possibilitando esse acontecimento. 

Inacessíveis para a mente analítica são as nuanças ocultas desse processo. Para se apreender algo desse incomensurável manancial de graça e renovação para a vida planetária. É preciso ter presente a concomitância da existência, e abstrair-se de projeções humanas sobre essas realidades, que não mais pertencem ao reino humano, mas ao infinito reino do espírito. Desse modo, mais facilmente se pode aceitar que um mesmo fato tenha sido, em certos momentos, vivido de maneira diferente por dois seres ‘’encarnados’’ nos mesmos corpos. Não eram as leis que normalmente regem a evolução que se dá sobre a Terra que estavam ali atuando, mas outras leis, que sob bênçãos da Fraternidade de Sirius desciam sobre o planeta.

‘’(...) Em verdade vos digo: vereis o céu aberto e os anjos de Deus subindo e descendo sobre o Filho do homem.’’ (João 1,51)
Assim, na crucificação o ser-Jesus alcançou a Quarta Iniciação; ao mesmo tempo, paralelamente, no ser Cristo consumava-se a Sexta Iniciação. Desse modo, ocultamente, o 4 (Quarta Iniciação de Jesus) somava-se ao 6 (Sexta Iniciação do Cristo), resultando no 10 número do Homem Perfeito, expressão da Divindade Criadora dos universos, caminho da realização do ser na Unidade cósmica.

O impulso enviado à Terra há dois mil anos encerrará na atual transição planetária o ser ciclo de atuação. Além disso, o processo iniciático também está passando por uma transição, e esta perdurará até que se implantem as Iniciações segundo uma estrutura energética própria dos tempos futuros, quando a conjuntura vibratória de todo o planeta será outra: as forças involutivas terão seu campo de ação reduzido ao mínimo, a humanidade que habitará a superfície terrestre terá o novo código genético (GNA) incorporado e, assim, unida à Hierarquia, poderá perceber, acatar e realizar mais facilmente os desígnios supremos do Logos da Terra.

Na transição planetária, evidenciada por tudo o que ocorre nos dias de hoje, estão sendo dadas aos seres humanos oportunidades inacessíveis em épocas ditas ‘’normais’’. Aqueles que se acercam dos Portais do Templo Interno com sinceridade, pureza de intenção, humildade, aspiração por entregar-se unicamente à vida interna e só a ela servir são permeados por Graças que lhes permitem adiantar-se rapidamente no Caminho da Revelação.

Na lei do carma material, toda ação desencadeia uma reação a fim de que se alcance o equilíbrio. Essa lei atua nos níveis concretos dos universos; deriva da Lei única (como as demais leis), e reflete nos níveis mais densos da existência aspectos da Lei da atração magnética. Portanto, cada entrega sincera à vida interna atrai uma resposta de núcleos sublimes; todo ser que verdadeiramente se deixa conduzir pela Sabedoria do Espírito é por ela acolhido. Como o mesmo cuidado, beleza e perfeição que a Fonte de vida se expressa em cada aurora, ela constrói o caminho para cada um dos seus filhos retornar à Morada cósmica.

Extraído do Livro O Mistério da Cruz na Transição Planetária

Download deste livro:  http://www.4shared.com/office/QmY4FpVP/1992-O_Mistrio_da_Cruz_na_Atua.html?

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