Estamos numa fase de plena reconstrução universal. Se esta
decomposição da construção cultural colectiva se está dissolvendo em elementos
cada vez mais primários, se isto se passasse fora de ti, tu podias ver isso
como um filme, mas a decomposição e a reconstrução universal a que assistimos
passam-se, obviamente, dentro de nós e isto serve para invocar e dar corpo
dentro de nós a uma grande serenidade.
O planeta Terra é parte de um holóide composto por muitos
planetas e há pelo menos 20 anos, que os Conselhos que emprestam o seu alento
crístico aos assuntos terrestres decidiram que a Terra se ia tornar um planeta
sagrado com ou sem a Humanidade.
A Terra passou de uma regência solar para uma regência
galáctica. Os observadores amorosos orbitais eram predominantemente seres da
evolução deste sistema solar e a partir dos anos 50, as portas para
observadores silenciosos e operadores de ascensão, vindos de regiões longínquas
da nossa galáxia, foram abertas por uma decisão que envolve agências da
magnitude de Michael, Gabriel, Enoch, Metatron e o próprio Cristo. Isto
significa que o nosso planeta passou a ser regido por olhares cada vez mais
próximos do Olhar dos olhares. Lentes cristalinas cada vez mais próximas do
Grande Olho Central.
Estes Bodhisattvas de compaixão estão para além da esfera
solar, pertencem a Conselhos e conclaves de observação de amor, já são seres
cuja evolução entronca em ramagens principais da árvore da vida (ramificações
da força divina ao longo do Universo. A forma como a nutrição central se vai
desmultiplicando e ramificando por veios de energia crística ao longo dos
braços em espiral de uma galáxia).
A árvore da vida são as nervuras da sensibilidade divina
desde um centro de decisão até às barcaças, às caravelas que são os planetas. São
as correntes nutritivas do Pai soprando as velas compostas pela consciência
colectiva das humanidades dos planetas.
A árvore da vida tem implicações na forma como o nosso corpo
opera e na sua própria aprendizagem interna, ela é a seiva que gera vida mais
abundante.
A Terra foi retirada da árvore da vida, foi compartimentada
em relação às grandes correntes de alimentação, no entanto, a partir de 1956
esses grandes Conselhos decidiram que a humanidade estava pronta para aguentar
o impacto daquilo que É.
As experiências que o homem já tinha feito já eram
suficientes para que pudessem ser admitidos na nossa órbita Bodhisattvas de
compaixão de nível cósmico.
Começaram a chegar operadores silenciosos cujo manto
vibratório é capaz de se abater sobre continentes inteiros, Eles formam hoje,
em torno da Terra, uma cintura permanente de sustentação do campo vibratório
terrestre.
Nós sabemos, desde o tempo da Agni Yoga, que a Hierarquia é
a muralha da Humanidade. Ela protege, filtra, permite, estimula, inibe, revela,
é um tremendo órgão metabólico entre o Divino e o Homem. No entanto, quando foi
decidido que a Terra seria considerada um planeta sagrado e toda a massa,
biomassa, vida astral, intelectiva, consciencial e espiritual no planeta iriam
ser definitivamente elevadas para além da quarentena em que tem estado, a
necessidade de entidades de evolução cósmica superior se aproximarem da Terra
foi sendo cada vez mais forte.
Estes grandes seres são, todos eles, avatares de que nunca
ouvimos falar porque a sua história não é nossa. Pertencem e vivem em regiões
da árvore da vida muito mais próximo do Olho Central.
Dentro de um olho há outro olho e assim sucessivamente até
Deus. Todos os olhos conduzem ao Divino. Por detrás de um olhar há um outro
olhar mais profundo que observa. Olhar é um sistema telescópico de consciências
secretas que vão, todas elas, desaguar ao Divino. Deus está sempre presente no
sentido em que não é possível estar pequenamente consciente sem ter o
sustentáculo de uma consciência maior.
Quem olha para quem? Quem vê o quê a cada momento? Que
espécie de habitante se esconde nos nossos olhos? Popularmente chama-se a isto:
“os olhos são o espelho da alma”.
A quantidade de “olhos” vindos do centro da galáxia em torno
da Terra, neste momento, está a aumentar. Significa que a mutação da
consciência terrestre começou porque agora estamos a ser vistos, para além dos
Mestres Ascensos, por entidades imensas que se mantêm secretas, reservadas, e é
esse olhar compassivo, poderoso, ligado ao coração que essas entidades emitem,
que gera a operação que está injetando Consciência Superior na Terra.
Um curador avançado trabalha, principalmente, com a aura,
com o coração, com a voz e com o olhar, as mãos é a última coisa que ele
utiliza. Isto que é real num curador encarnado, num ser humano, é tão ou mais
real no caso dos contemplativos cósmicos que foram chamados para a Terra.
Estes seres da Ordem de Melkizedeque têm a função de
instrução silenciosa. Eles, simplesmente, existem, e, como estão muito próximos
das ramificações principais da árvore da vida, a consciência e o olhar que se
libertam para dentro da atmosfera terrestre produz uma mutação no nosso
contínuo espaço temporal.
Isto é, as leis que mantêm a estabilidade da arquitetura de
um planeta espaço/tempo/matéria/energia dependem do coeficiente de consciência
que sustem e que subjaz a esse planeta.
O coeficiente de consciência vai desde a consciência dos
esquilos à consciência da humanidade como um todo, à consciência dévica e
angélica residente (destacados para o serviço terrestre), à consciência
hierárquica e dos Mestres, depois, à consciência do Senhor do Mundo. Isto faz o
fim de uma pirâmide que é o princípio de uma outra pirâmide invertida. Todo o
zénite de uma pirâmide é apenas o ponto de contacto com uma outra pirâmide
invertida. A consciência do Senhor do Mundo ancora entre a pirâmide
consciencial da Terra e a pirâmide consciencial galáctica (invertida).
A pirâmide de consciência ligada ao Senhor do Mundo começa
nos mares de fogo onde o Divino É, até ao Logos da Terra. Tanto o olho como o
coração de Melkizedeque ancoram a pirâmide galáctica invertida e a ligam à
pirâmide planetária que são todas as nossas consciências pulsando, vibrando,
amando, com todos os nossos ciclos triunfais e desastrosos.
Estes seres que começaram a chegar à órbita da Terra fazem
instrução silenciosa. Eles vêm para, com os seus corpos luminosos, derramar uma
espécie de ouro na atmosfera do planeta que é consciência pura – Vida mais
abundante.
Quando o indivíduo chega ao ponto de não entender e até de
se sentir traído e ferido pelas leis da criação, violentado no seu desejo,
magoado, perplexo pelos acontecimentos e pelas injustiças pessoais, idiotizado
pela magnitude da mão divina e impotente para conseguir articular um discurso
suficiente acerca do que se passa pelo mundo, quando ele chega a este não sei,
não entendo, não percebo, em vez de usar isto para voltar para o fundo da
caverna, da ignorância, usar este adubo da consciência, esta ignorância sagrada
para se abrir completamente à contemplação. Abrir o coração e o lótus da
consciência até mesmo àquilo que ele não entende.
70% dos chamados OVNI’s são corpos de luz de Bodhisattvas
extraterrestres destacados para a iluminação da humanidade. São veículos
quânticos pilotados por Consciência Pura, e porque têm frequências mais altas
do que a da atmosfera, ionizam os átomos desta e produzem esferas de luz. No
futuro vamos começar a ouvir falar em naves-luz, naves-consciência,
naves-merkaba, em corpos de luz de grandes avatares cósmicos que funcionam como
plataformas de resgate. Corpos de luz de entidades que só aparentemente e
momentaneamente, numa fase de percepção, é que podem ser considerados naves.
Não são naves, são campos luminosos estáveis, esféricos, operados pela consciência
pura desses grandes seres.
Nós temos que chegar àquele ponto em que o indivíduo se abre
porque se abre, porque abrir é a lei do Ser. Abrir-se àquilo que vem, àquilo
que é, abandonar-se, render-se àquilo que ele próprio é numa dimensão superior.
Tu conquistas o limiar da 5ª dimensão quando te abres sem
motivo, que é a única forma dos comandos extraterrestres se aproximarem de nós.
Eles não podem ser responsáveis pelo nosso colapso psicológico, nem pelas
crises de psicose ou esquizofrenia em nós, Eles têm que avançar cuidadosamente
na proporção da nossa serenidade. Os nossos primeiros contatos extraterrestres
vão acontecer na pastelaria com uma pessoa ao nosso lado que parece mais um de
nós, e não é. Eles já estão cá, numa fase de se diluírem na população mundial.
Há uma média de 5 em cada grande nação do mundo o que já faz algumas centenas.
Significa que entramos na fase de adaptação progressiva à presença de
consciências da 5ª e 6ª dimensão.
Esta contemplação a que estamos a ser chamados é o indivíduo
abrir-se sem nenhum motivo que não seja Abrir-se. Então, o indivíduo abre-se
porque é a lei do ser. Um ser que se abre por nada recebe tudo.
A contemplação ascendente é o trabalho do homem. Estes
Mestres cósmicos estão a fazer aquilo a que se chama ”Contemplação
Descendente”.
Consciências infinitas aprendem a ajustar-se e a amar a
limitação, e não é fácil! Estes holóides de energia dourada (Alice Bayley falou
claramente do Avatar de Síntese, do Espírito da Paz) estão entrando em
contemplação descendente, estão aceitando mover a sua imensa consciência de um
arco de contemplação ascendente para contemplar a necessidade terrestre num
movimento de 180º.
Mas isto não é natural? O coração não opera nas duas
direções amando o infinito e o finito simultaneamente? É, e ao dirigir a
consciência para a Terra, o tipo de consciência presente na Terra muda e isso
muda as leis da Terra uma vez que as leis materiais de um planeta dependem da
pirâmide de consciência que o planeta é.
São imensas pálpebras descidas.... imaginemos 12 Budas cada
um do tamanho de um arranha céus em torno da Terra em contemplação descendente.
Estes seres ao interagirem com as partículas da Terra
introduzem algoritmos crísticos que a Terra nunca criou até hoje. E é essa
álgebra do espírito acrescentada à álgebra do espírito da Terra que faz com que
os saltos entre as partículas que compõem o contínuo terrestre passem a
conhecer órbitas e trajetórias nunca antes experimentadas.
Esta doação de consciência à Terra é um baptismo de fogo o
que implica que uma vibração nunca experimentada neste planeta começa a
acumular-se à consciência colectiva. Dá-se um híbrido entre a consciência
terrestre e a consciência extraterrestre. Portanto, é natural que comecemos a
encontrar pensamentos em nós que vêm da árvore da vida porque por detrás de um
olhar há outro olhar e por detrás deste há um terceiro e assim sucessivamente
até ao grande Olho Central da galáxia.
O nome atual associado a esses contemplativos descendentes
que doam a sua consciência para a elevação de um planeta em momentos de crise é
AMUNA.
Os Amuna vieram para estimular as nossas mónadas. O serviço
que tu podes fazer à Terra, realmente, está diretamente ligado à voltagem da
mónada.
O que é a mónada? Como é que se liga e se faz contacto com a
mónada?
A mónada é o núcleo do ser que participa do mistério do Ser.
A vocação da mónada é tornar-se personalidade, ela é pré
pessoal. A personalidade é pré monádica.
Um Mestre ascenso é uma mónada que se tornou uma
personalidade e uma personalidade que se tornou uma mónada.
A maior vocação da mónada é adquirir rosto humano e exprimir
a sua divindade através da malha psico afectiva límpida de um ser humano
transparente. Ela aspira à humanidade.
A alma é a câmara sagrada, o Eu Superior onde a chama divina
em ti e a pessoa se encontram, se harmonizam e se ajustam e onde a mónada
aprende a contemplação descendente.
Um avatar cósmico vem de regiões do Universo que há 72000
anos que não têm guerras! O que é que acontece à personalidade depois de 72000
anos de paz? Há 72000 anos que eles dissolveram os extremos da dualidade
universal e encontraram o 3º ponto. A psicologia de 72000 anos de paz é-nos
completamente enigmática!
Contemplação descendente é um Nirmanakaya aprender a
limitar-se até encontrar a vibração exata a partir da qual ele pode produzir um
impulso no coração dos homens.
Estas aves do paraíso voam em regiões sublimes!
Imaginemos duas garças brancas com asas imensas, de uma
elegância impecável voando ao ralenti em paralelo, num céu dourado, e cada vez
que elas batem as asas todo o mistério do espaço envolvente é reproduzido no
coração de ambas, e cada vez que elas se lançam deslizando no espaço puro, toda
a consciência nasce instantaneamente para um ponto mágico além do ponto já
alcançado, e o ponto mágico é composto por uma divina ignorância, que é a
sabedoria total do ciclo anterior e elas estão completamente saturadas do
êxtase de não saber.
Este voo é cada vez mais alto no sentido em que é uma
assimilação mais profunda do espaço dourado em torno delas conveccionado num
coração que explode num abrir de asas, explode num novo voo.
Esse existir em campos de energia pura em que o corpo
(holóide) reflete constantemente o mistério da totalidade, este holóide, o
corpo é o próprio Universo em miniatura e este deslizar no espaço puro assimila
o mistério do todo em cada momento, exala-o novamente e é a conquista de
horizontes cada vez mais livres até campos de fogo e de irradiação em relação
aos quais não há como nos exprimirmos.
O seu corpo – Nirmanacaia – é um sino em ressonância com o
próprio mistério do espaço, é como se existisses e não existisses ao mesmo
tempo, estás exatamente na fronteira. Nunca te desfases em nada e és
constantemente o mistério do todo. Isto é uma vibração suprema. O Universo
morre e nasce naquele segundo pelo poder da tua consciência ascendente.
Estas aves do paraíso, por amor, estão aprendendo a reler a
Terra, e a injetar o seu campo dourado para dentro da consciência colectiva da
humanidade.
Nunca duvidem da vossa imensidade. Redimensionem a crónica
quotidiana. Nunca duvidem da luz residente em vós. Amem quem vocês são na
dimensão superior – Auto reverência.
A nossa mónada é essa ave e a sua grande vocação é pousar em
nós e se a personalidade sofre uma transfiguração ao se fixar na vibração da
alma, a mónada sofre uma transfiguração ao se fixar no rosto humano.
No catolicismo existem dois tipos de santos: o que é
representado com o círculo em cima da cabeça e o que é representado com o
círculo em torno da cabeça:
· No 1º caso significa 3ª iniciação
· No 2º caso significa 5ª iniciação
que é quando a malha etérica em torno da substância cerebral
foi eliminada pelo fogo da mónada e o véu que separa esta existência da tua
meta-existência é completamente aberto.
O último conhecido foi Paul Brunton que morreu em 1986 e que
começou como cada um de nós: jornalista inglês, um pouco distraído, um pouco
vago, um pouco preguiçoso e aos oitenta e tal anos era um ser de 5ª iniciação.
Na 5ª iniciação as redes que separam a cognição sensorial da
cognição transcendente são queimadas e a energia da mónada encarna no cérebro.
Esta mónada pré pessoal adquiriu persona. São gotas do
mistério original insaciavelmente procurando atravessar uma personalidade
humana e fixar-se à superfície.
Este trabalho da mónada trazendo uma contemplação
descendente significa que ela tem de se ir ajustando progressivamente ao cone
vibratório que a alma lhe fornece.
A mónada não se pode instalar num ser humano fazendo by-pass
em relação à alma, excepto quando o ser aqui em baixo vai fazer uma coisa tão
louca que aquilo pode comprometer várias vidas para a frente, aí a mónada
interfere partindo-lhe uma perna, ou dando-lhe um divórcio, uma falência...
(grandes acontecimentos que mudam o curso), assim como nós para fazermos
contacto com o divino em nós temos de seguir o corredor interior que conduz à
vibração da alma. Chama-se a isto a psiquisação de um ser.
Ser Psíquico com P grande, do ponto de vista da
transformação da Terra, significa estar consciente da vibração da alma e
irradiar essa vibração. Muitas vezes a energia necessária para fazer contacto
com a alma é dispersa em experiências psíquicas com p pequeno. Nesse corredor
tu tens que persistir. Um dia tu dizes aos outros “escuteiros”: “Bem, eu tenho
que ir andando.” E começas o processo de ir para o fundo de ti mesmo, cada vez
mais. Dizes a funções da tua psique que elas já tiveram o seu tempo para se
exprimirem e que agora vais precisar da energia subjectiva para atravessares um
corredor que, como é muito poucas vezes atravessado, está atravancado de ruídos
e de coisas velhas. É mesmo a viagem heróica. E tu começas essa viagem para
dentro de ti através do coração. Tens que te tornar instintivo/intuitivo em
relação à alma.
Se eu tenho sede eu bebo água... eu preciso responder à
minha alma no mesmo nível. Como é que isto se faz? Canalizando 90% da nossa
atenção para dentro do ser e, à medida que fazes isto, é como se o túnel se
iluminasse, aí tu podes começar a atravessá-lo até que um dia chegas realmente
à vibração da alma, em que o poder da alma já está tão fortemente invocado que
ele vem à superfície. Só depois desta etapa de psiquisação é que se dá o
contacto com a mónada.
Nós temos 3 etapas:
1ª: Purificação, harmonização psico afectiva, ajuste que, em
termos psicológicos, contém também Individuação – tornar-se único.
Existem coisas que nós assimilamos, comemos e fazemos que
não permitem a viagem cósmica e é preciso drenar esses materiais – Purificação.
Tu tens que dar a cada parte do teu ser a atenção necessária
para ele estar em paz – Harmonização – fazer as pazes com todos os aspectos de
si próprio.
Quando fazemos uma personalidade é como fazer escultura. Tu
pegas no bloco pré moral e os teus pais e a sociedade começam a esculpir e tu
continuas a esculpir. Isto é o estágio em que tu estás a construir uma persona
(parte de ti virada para fora para se adaptar à sociedade e aos outros).
Se a persona tivesse sido esculpida por Deus ou até pela tua
consciência lúcida..., ótimo. O problema é que ela foi esculpida pelos nossos
preconceitos, medos, família, meio socio-económico, cultural.
Depois da máscara estar construída tens a estátua que
fizeste de ti mesmo e a maior parte das pessoas pensa que só tem isto, mas não,
tem toda uma pilha de lascas ao lado que era tudo aquilo que tu achaste que não
era digno em ti de ter direito a viver, e tu ignoras esta pilha de lascas e
dá-se a primeira neurose.
A neurose começa quando tu selecionas partes que consideras
nobres, higiênicas, educadas e aceitáveis e partes que tu consideras que não
têm nada a ver contigo, que não são o teu projecto. Se tivesse sido o teu “eu
superior” a tua mónada a fazer a escultura....
Yung descobriu que 90% das lascas que tu deitas para o
inconsciente são pedras preciosas. Grande parte do que rejeitaste em ti ao
construíres a tua personalidade estava manchado por medos, necessidade de
sobreviver, de se adaptar, de ser reconhecido. Tudo isto é válido mas como foi
o ego, ele não tem nenhum problema em pegar numa parte preciosa de ti e lascar
e deitar fora, desde que ela não tenha a ver com o seu projecto ambicioso.
E é assim que muitos homicidas são tratados em
penitenciárias, dando-lhes um animal de estimação: um cão, um gato, um esquilo
(têm de ser pequeninos) e o que se observa em psico terapia é que se dá uma
imensa mutação na psique de um homicida quando aprende a cuidar de um pequeno
animal. Ou seja, na construção da persona ele lascou partes fundamentais da
psique e enviou-as para o inconsciente, nomeadamente, o amor, a ternura, o
cuidado, e o trabalho foi ajudar a trazer aquele pedaço fundamental que estava
no inconsciente para o consciente para curar a pessoa.
Individuação é ir buscar todas as partes adormecidas,
esquecidas, importantes para esculpir uma nova persona, desta vez não pelo ego
mas pela alma.
O contacto monádico é antecedido por uma etapa de
purificação (deitar fora do campo vibratório o que ele sente não ser a sua
aura). O processo de purificação implica ir vendo dentro de mim quais são as
reações do profundo àquilo que eu faço na superfície. Basta inquietação, isso
já indica que a alma não está a nutrir daquela ação. Eu tenho que ir sentindo a
reação, no meu interior, a cada coisa que eu faço. Isto parece óbvio! E a maior
parte dos seres que estão a ser preparados para o contato direto com a
Confederação Intergaláctica está preso de coisas óbvias.
Então, esta lei “age para fora mas vê para dentro” é
fundamental senão não há Purificação.
A Purificação conduz à harmonização (falar com todas as
partes de mim próprio e dar a cada uma delas o que é necessário). A alma nunca
vai interferir no processo de harmonização porque ela precisa dessa harmonia
para a outra fase – Individuação – em que tu te tornas dono de ti.
A Individuação é o teu sol (energia de Leão), o teu poder de
teres um rosto, um nome, uma vibração única, seres um ser original. Isto é
fundamental para a formação de mestres na Terra.
Purificação é um processo de iluminação, mas primeiro eu
tenho que ouvir como é que o meu centro reage. É muito diferente construir a
persona quando tínhamos 18 anos de idade, ninguém estava a ouvir o seu
interior. Quando construímos a persona aos 18/28 anos só estamos a ouvir o meio
ambiente.
A pergunta que normalmente se faz a um jovem é: “Então, o
que é que fazes, não fazes nada?”. Esta pergunta é incrivelmente angustiante
porque ele aprende que tem que estar a fazer qualquer coisa porque senão não é
aceite. E a resposta é: “estudo ou trabalho”.
Esta lógica faz com que a persona seja esculpida rejeitando
coisas mágicas, sublimes, intensas que são enviadas para o inconsciente porque
não são nem estudo nem trabalho.
Ao contrário do que aconteceu entre os 18 e os 28 anos as
pessoas agora são chamadas a desfazer a personalidade –
decomposição/reconstrução universal. Isto acontece na desestruturação e
reconstrução da nossa personalidade ouvindo a voz interior.
Eu sei que está a acontecer a desconstrução porque uma coisa
que era incrível para mim há duas semanas atrás agora já não me diz nada. É
quando a psique tira o investimento do exterior e começa a construir dentro de
ti. Então, passas por este processo em paz, o que ás vezes é impossível, aí a
pessoa sofre, vive o drama, despede-se de partes velhas de si própria... em
paz, e, à medida que isto se desenvolve, estás eliminando o que não és e
harmonizas-te e depois vem a etapa de individuação que é um esforço cultural e
espiritual na direção de ti próprio.
Um dos grandes paradoxos da cultura contemporânea é que a
cultura das massas (baixa cultura) reage, castiga as pessoas que assumem a
individuação, mas a cultura de topo, a cultura dos originais é aquela que fica
e premeia, recompensa as pessoas que assumiram a individuação.
A alta cultura ama a individuação porque é uma cultura de
autor e não de consumo.
Individuares-te é tornares-te autor dos teus dias e seres
capaz de fazer dos teus dias um ato criador. É não viver automaticamente. É a
conquista de um rosto único, um rochedo indefinido onde estão as caras
indefinidas de milhões de pessoas.
Depois destas 3 etapas: Purificação energética; Harmonização
psico-afectiva e Individuação, começamos a entrar em contacto com o processo de
nos tornarmos psíquicos, isto é, cada vez mais uma expressão da alma.
Purificação é responder à disciplina interior, é ser capaz
de ser intérprete da sua própria disciplina.
Ouve-te e observa o que a energia é mas aceita que, assim
como há um saudável caos dentro de ti também existe, organicamente, como parte
estrutural, uma impecável disciplina do espírito, sem esforço, sem culpa, sem
mágoa, sem sacrifício, mas por um processo de auto assimilação daquilo que é o
potencial que tens para vires a transformar-te numa daquelas garças.
Eu preciso de ouvir a voz que fala simultaneamente sobre
libertação e disciplina.
Disciplina é dar uma dignidade cósmica ao “animal selvagem”,
é dar uma qualidade selvagem e cósmica ao ser cultural e, já agora, é encostar
um pouco de paixão selvagem à entidade cósmica. Nós precisamos coordenar estas
coisas em nós.
Purificação, Harmonização e Individuação são acontecimentos
psicológicos mas esta segunda fase que é a Psiquisação, que é tornar-se cada
vez mais o Eu Superior, tu assistes a uma substituição de energias em ti até
que tu fazes ligação aos Espelhos. A fase final do processo de Psiquisação é
quando a tua aura foi ligada ao sistema óptico do Universo.
Purificação é uma drenagem de matérias que não têm a ver com
o teu campo vibratório.
Harmonização é complementar à Purificação e respeita todas
as partes do teu ser, é dares a cada parte a sua dignidade.
1º. Purificação – é drenar, é largar o que te puxa para o
fundo (é a alma que rege)
2º Harmonização – é dignificar, respeitar todas as partes do
ser (gera paz, equilíbrio psico afectivo)
3º Individualização – é tornares-te tu próprio
4º Psiquisação – é a ligação da tua aura ao sistema óptico
do Universo.
Por André Louro de
Almeida 25/06/2004
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