A mente humana precisa ser educada, e isso se realiza pela persistência na aspiração a unir-se com o centro da própria consciência e na intenção de não se deixar conduzir só pelo mecanismo dedutivo intelectual.
Uma das funções da mente é a de elevar a vibração das células cerebrais, o que resulta da convergência dos pensamentos para temas elevados. Tendo cumprido essa função, deve renunciar ao predomínio sobre a pessoa, a fim de não se tornar obstáculo ao conhecimento intuitivo, que vem de plano de consciência superior.
A mente, com seu poder de análise e dedução, vê tanto o positivo quanto o negativo, e então julga. Mas é quando enfocamos os lados mais positivos de alguma pessoa ou dos fatos da vida que somos auxiliados na correta formação da mente. É assim que aprendemos a transcendê-la rumo a uma nova percepção. É assim que a agudeza e a capacidade crítica se transformam no dom de captar a Realidade.
O nascimento de uma nova consciência inclui reestruturar a mente. Isso não significa apenas reordená-la, mas sobretudo transmutá-la, e torna-se possível pela concentração no mundo interior e pelo serenamento do raciocínio.
Para ter paz, a mente precisa reconhecer algo superior que a possa ampliar. Precisa deixar de ser complacente com as tendências que em geral cultiva. Sua capacidade de concentração nasce da renúncia voluntária ao que a atrai e dispersa. É fruto da vontade, da decisão de manter-se em vibrações superiores, decisão de selecionar a faixa de energias em que a consciência deve polarizar-se.
Ainda que a mente seja campo de conflito para o homem de hoje, pode transformar-se em campo de serviço. Conforme lei bem conhecida, “a energia segue o pensamento”. Essa lei contém a semente do processo criador-destruidor no mundo material para o homem. E no cosmos, para as entidades espirituais.
A mente racional é incapaz de transcender a si mesma. Mas quando tocada por energias maiores, pode com elas co-criar.
Por Trigueirinho
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