Se o Discípulo
desconhece o Fogo
é, para ele,
tempo de Oração.
Mas se o Discípulo
conhece o Fogo então
chegou o tempo
da União.
OS VASOS DE LUZ
Acordei a meio da noite com um impulso, que vindo dos níveis internos do meu ser, e produzindo uma activação especial no meu coração, estava permeado por uma qualidade estética. Escrevi então um poema:
Lembramo-nos dos antigos
nomes dos pássaros.
Eram nomes vítreos, opulentos, nomes
em forma de esfera, nomes aerodinâmicos.
O Céu tem conchas de hidrogênio
nas mãos das nuvens.
A harpa do nosso coração disse-o.
Vi a criança do novo tempo descer
a escada-diamante.
Ela tinha um colar feito das nações
desconhecidas
.
Cada pérola uma língua.
Cada língua um fogo.
Conchas nas mãos das nuvens
- lucidez de hidrogênio.
Para onde vamos?
Rumo ao abismo de cristal.
Porquê?
Porque conhecemos o antigo
nome dos pássaros.
A primeira língua.
O processo de despertar sincronizado das cinco radiações superiores ao nível planetário implica que certas regiões geométricas as recebam e ancorem.
Certas nações, que chegavam à minha consciência como as Nações Sacerdotais, têm como desígnio e programa interno ancorar estas radiações superiores no campo etérico da Terra.
Os Portais funcionam como centros sincronizadores que facilitam o translado e ancoramento das novas freqüências vibratórias no campo etérico da Terra e no corpo etérico da humanidade.
Nestes locais estão a ocorrer processos de aceleração vibratória formando-se, na matriz etérica da Terra um Cálice, uma malha permeável e receptiva que, no futuro receberá o ancoramento destas cinco radiações superiores.
Existe uma malha de Portais em cada Nação Sacerdotal. Em Portugal existem 21 Portais em fase latente.
A tarefa das Nações Sacerdotais é a de reconstituir a Tradição Primordial e de restabelecer as Escolas de Mistério.
As Escolas de Mistério são repositórios do Fogo Sagrado e da Eterna Sabedoria. São centros de manifestação, na superfície da Terra, nos quais é contactada, transmitida e partilhada a realidade vibracional e o programa interno dos centros infra-terrenos.
No interior das zonas portal, integrando grupos de trabalho, operadores humanos terão a tarefa de funcionar como Elos para o ancoramento e estabilização destas radiações no corpo etérico da Terra e sua transmissão aos outros seres humanos, seus irmãos, sendo essenciais a pureza da sua motivação e uma equilibrada combinação de Amor fraterno e Visão do Futuro.
O seu serviço consiste em:
· Reconhecer a porta para os Mundos Internos
· Unir-se com a vibração da Porta
· Ser fiel à Porta
· Estabilizar-se à entrada da Porta
· Anunciar a Porta
· Receber os Peregrinos
A transformação da mente colectiva, inspirada primeiro e impulsionada depois por uma radiação outorgada por esferas superiores é possível em certas zonas do mundo, desde que os indivíduos coligados com essa acção assumam a sua parte dentro de um plano maior.
A descida da força transformadora numa campânula energética é antecedida por uma potente imantação magnética que permeia toda uma região geográfica, um chamado dirigido ao coração de certos seres preparados em etapas anteriores, algo comparável ao reunir de um povo em torno de um campanário, num ritual de união entre mundos complementares.
O Lago Titicaca, entre a Bolívia e o Peru, contém, nos seus éteres, um núcleo que irradia em alta potência o que pode ser concebido como a presença solar para a Terra, o magnetismo benigno, generativo e libertador da Entidade Sol no seu aspecto logóico. Um conjunto de doze áreas contacto recebe deste núcleo a radiação solar, associada aos Reis-Pastores da Ordem de Amuna.
Entre estas doze zonas encontram-se pólos cruciais para a actual transição planetária, entre os quais Portugal, Peru, Tibete e Brasil.
Um ser-contato em formação precisa de saber soerguer o seu coração às alturas do espírito, sem esforço e sem adornos, numa serenidade saturada da certeza proveniente da Fé.
Soerguer o seu coração como um Cálice elevando-o ate ao ponto em que, sem saber como, entra em Adoração Silenciosa.
Percebia claramente, em momentos de quietude, que o coração tem sede desse movimento. Quando chegamos a esse ponto, entramos no trabalho maior, a mais alta actividade a que o Homem é chamado pela sua consciência.
Precisamos de aprender a tratar a nossa personalidade como quem serve a um irmão mais novo e menos experiente, com amor dedicado, atenção vigilante e sentido de humor. A nossa personalidade, como um todo é exactamente isso , um núcleo promissor e rebelde, cheio de força e intenção, porem inexperiente em assuntos de amplitude iniciática.
Um sábio trata a sua personalidade com o mesmo Amor , a mesma boa-vontade e a mesma reverencia com que trataria qualquer outro irmão a sua volta.
É dito no Tibet que este foi um país em que o Sol não se pôs, porque a Luz nunca teve de se recolher inteiramente. Esta é a imagem de uma Nação Sacerdotal.
Portugal, como um dos doze Vasos de Luz Planetários, está destinado a soar um novo Cântico, unindo-se a algumas zonas onde esse Cântico já despertou. A tarefa, nestas zonas sacerdotais do mundo, é Adoração ao Supremo. E cada um de nós faz parte disto, cada um de nós é um grão dourado na construção destes cálices colectivos.
A Tarefa de Portugal é Adoração ao Supremo. De forma que o Espírito Santo, a Shekhina, a Presença viva do Divino, possa irromper no éter, impregnar a substancia dos nossos corpos e gerar um corpo de força-consciência transformador. O Espírito Santo só se manifesta de forma directa através de Centros de Adoração.
Portugal, é um dos locais do planeta onde é possível recriar o vazio sagrado, a mais Alta Invocação.
Em termos psíquicos existe um nível de vazio, um nível de dádiva total na união com a Fonte: é esse nível que precipita directamente a Chama Redentora do espírito.
O lugar onde a Chama desce, chama-se a Casa da Paz, ou o Lugar da Paz. A consciência dos seres, que operam no interior de si esse vazio, chama-se consciência contemplativa e é parte do campo vibracional da Ordem de Amuna.
Este vazio, um campo hermético e silencioso, de Amor Puro à Lei, que suspende as forças colectivas, suspende as matrizes de comportamento automático que saturam a humanidade como um todo.
O vazio é feito por Amor à Lei, nada menos.
Nesse vazio, os Irmãos Maiores, condutores do despertar da Humanidade, impulsionam a manifestação de aspectos do plano evolutivo em que o fogo sagrado pode plasmar-se em níveis mais densos, transformando-os.
Quando a Presença Divina impregna os éteres, preenchendo a atmosfera e a consciência assistimos ao nascimento do Lugar da Paz.
A radiação integral deste quadrante evolutivo, o universo local. A que alguns chama PAX, ou Paz Galáctica, esta décima oitava radiação, síntese dos dezessete centros de força e consciência já descritos, está a descer sobre a Terra. E é nesse contexto que podemos afirmar que Portugal é um Lugar da Paz, vinculado ao alto vértice de Sírius para a recepção do alento do par criador Eloham/Eloha.
Esta síntese final, a Paz Galáctica, criará um denominador comum miraculoso, entre todos os pensadores verdadeiros, independentemente das estruturas conceptuais e metafísicas que reconheçam como válidas. As estruturas mentais humanas, ortodoxas ou heterodoxas, serão ilumindas por dentro, misteriosamente, convergindo progressivamente num movimento gradual de mútua iluminação, pois quando o consciente, colectivo ou individual, acolhe a vibração que lhe chega de níveis superiores, toda mente é curada.
Quando a impressão do vazio sagrado se anuncia, mesmo que um ser observe curas extraordinárias em si mesmo, ou nos seus irmãos, isso não mobiliza excessivamente a sua atenção e interesse. Chamado para trabalhar no nível etérico que reflecte a Presença Divina ele trata da sua pedra de toque vibracional e da criação do vazio no interior de si sem se deter nas deslocações de forças e arranjos secundários que eventualmente aconteçam.
A paz como um agente dinâmico, capaz de devorar a entropia da história, a Paz como um Supremo dinamismo do Espírito é a qualidade revelada no espaço no encontro entre o tempo e a Eternidade. A Paz, como um vórtice dinâmico – dynamis entendida metafisicamente – anula a tendência entrópica do pensamento histórico e instala os protocolos ocultos capazes de ancorar a Shekhina, O Espírito Santo, A Presença.
O momento da revelação integral da Shekinah e da irrupção da Paz Cósmica são o mesmo, não existe uma relação diacrônica entre eles.
Amando o Vazio Central, que cura o mundo, uma imensa potência vivificante e balsâmica pode ser liberta sobre todos os processos secundários, físicos, psíquicos, mentais. Superando o fascínio por tudo o que é colorido, o indivíduo ao indivíduo é entregue a chave sobre todas as cores.
Ao apontar estas impressões, contemplando o lago em frente a mim realizei que essa zona geográfica, na península ibérica, é um dos locais de descenso da Paz.
[Terra Última, p. 346-353]
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