Não penso na possibilidade de um encontro entre o espiritual e o cientifico da maneira como se sonha na chamada comunidade espiritualista. Haverá sim, um dia, pessoas mais evoluídas usando de melhor tecnologia. Isto é um fato. Mas não vejo engenheiros-sacerdotes, como seria uma visão atual, contemporânea de um encontro entre estas duas linhas.
Isto para mim é tão verdade quanto aquela que jamais as igrejas se unificarão. Isto só pode acontecer dentro de cada um de nos, através de nosso crescimento interno. Mas no externo, como temos dito, as chamadas reformas sociais produzem muito pouco.
O problema da ciência e de toda a atual cultura formal reside, a meu ver, no fato de que se ensina a reproduzir uma ciência ou um status quo. Ensina-se nas faculdades, a recriar ou a reproduzir a ciência já encubada, baseada e elaborada segundo preceitos que podem estar totalmente enganados. Não se ensina que uma nova perspectiva possa surgir, mesmo que para isto todos os padrões ou paradigmas possam ou tenham que ser rompidos. Este, a meu ver, é o ponto que precisamos ver com mais clareza e explorar para que possamos entender o que de fato estamos tentando criar. Criar é a palavra chave, não apenas reproduzir ou copiar. Criar. Tenho sempre comigo uma grande diferença que o Osho sempre fazia nas suas palestras, conhecidas através de seus livros, entre um mestre e um professor. Não estava se referindo a mestre de hoje em dia, de mestrado em alguma faculdade ou especialização. Falava da diferença entre um mestre realizado espiritualmente e um professor ou instrutor de alguma filosofia ou escola. Dizia que a diferença entre o professor e o mestre é que o professor repetia coisas que adquiria através de um conhecimento prévio, mas o mestre mostrava um caminho novo, renovado e vivo.
Sempre que eu cito isto vejo que a maioria das pessoas não entende a que se refere e, outros, ainda, sentem-se um pouco ofendidos, mesmo sem ter entendido de fato o contexto.
O fato é que para ser uma pessoa que possa instruir a alguém, é preciso ter ultrapassado de maneira completa e viva as mesmas experiências que se esta tentando falar. Por exemplo, de que adianta uma pessoa falar, dissertar a respeito da viagem interdimensional se nunca a realizou? De que adianta falar a respeito da transformação interna se nunca se transformou? De que adianta falar do convívio entre espécies se ainda come carne? De que adianta salientar as faculdades da alma se ainda suscita a competição, se ainda quer coisas que os outros tenham e não encontrou a paz na própria vida?
Entendem o que quero dizer? Parece-me obvio que, para dar exemplo, é preciso ter vivido sobre o que se quer falar. É como um pai que, tendo vivido determinada situação, fala ao filho que se seguir determinado caminho isto ou aquilo vai acontecer a ele. Mas mesmo falando, ou enquanto fala, sabe que o filho vai fazer o que ele não gostaria que fizesse e vai sofrer a consequência do ato. É um tipo de maestria, porque sabe que no final terá que auxiliar ao filho para que o mais rapidamente possível saia da fase de sofrimento. Mas só pode fazer isto quem, de antemão, sabe a duração do ímpeto para fazer o processo errado e a duração do processo de recuperação, para o mais rapidamente possível restabelecer a integridade do filho, até uma próxima aventura de aprendizado de alma.
Recentemente assisti a um filme interessante, contando uma historia diferente do herói Thor. As lições que o herói passa, auxiliados ou não por seu mentor, seu pai, refletem exatamente a ideia que estou querendo transmitir nos parágrafos acima.
E falando a respeito disto, eu fico pensando naqueles que são copiadores das ideias alheias, especialmente no chamado mundo espiritualizado. Algumas pessoas tentam copiar o método, porque eu sempre falo que um dia, todos nós seremos a própria energia e não precisaremos mais de métodos - seremos o próprio método que precisamos pelo contato interno que teremos atingido. Pensando nisto, certas pessoas pensaram: bem, se é assim, eu também vou “canalizar” meu próprio método e sair por ai “ensinando” que nem aquele cara faz (o cara seria eu).
O fato é que esquecem que “o cara” não queria fazer isto, e, principalmente, “o cara” não criou um metido com a mente dele, não inventou a coisa para ensinar aos outros. A coisa é a coisa em si. Não foi criada para se tornar um destes métodos de enganação que existem por ai. Outro fato é que, como gosto muito de ser transparente e mostrar coisas ou informações que complementam ou que teriam efeitos semelhantes, alguns confundiram estas ideias e, fazendo o contrario, compilaram ideias de outros, agrupando tudo em uma salada de técnicas que não levam a lugar algum. O fato é que não foi assim que o método foi criado. Esquecem que antes que querer parecer algo, é preciso ser o algo. É preciso atingir o algo.
Eu sei que fujo um pouco do foco enquanto escrevo, mas as ideias são assim mesmo, elas fluem porque não me prendo a um único ponto de vista. Mas isto também completa a ideia de que não é apenas na ciência que as coisas parecem estagnadas e repetitivas, sem novidade. Também no mundo espiritual quando uma ideia nova surge, outros pensam que podem simplesmente imitar.
Voltemos ao nosso ponto de vista sobre a ciência.
Então vejam: a ciência não está errada no seu caminho de descobertas de coisas e na facilitação da vida da humanidade. O errado está na aplicação destas ideias e que, no final ultimo destas ideias, existe sempre a limitação imposta por aqueles que são os governantes reais do mundo material. É aquela mesma ideia que sempre tenho falado a respeito dos seres que mandam no mundo da terceira dimensão e que só passam informações para a humanidade prender-se ainda mais nesta mesma esfera. Ou que limitam o alcance da humanidade. Poderíamos estar milênios há frente, em termos não só de tecnologia, mas também de uso de energias naturais. Devemos pensar na fuga deste sistema. Sempre. Mas não pela luta física, senão pela luta pela nossa própria essência. Quando ela desperta, pelo menos deixamos de alimentar ou sermos alimento para a continuidade destes erros todos que vemos.
Então temos que o cérebro de papagaio é aquele que, bitolado, segue o que qualquer norma dita formal estabelece e não consegue pensar de maneira distinta, não consegue ser original. Repete, simplesmente, o que lhe chega pronto. Quanto ao papagaio (o bichinho), provavelmente seintiu-se ofendido por ter sido comparado a humanos.
Seguimos...
Fonte: http://conversandosobremointian.blogspot.com.br/
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