As mesmas potências que determinaram: que a relação entre dois átomos de hidrogênio e um átomo de oxigênio ia dar origem à substância que ia sustentar uma boa parte da vida etérica deste planeta; que a organização da matéria era uma organização decimal; a simetria como lei básica da evolução orgânica assim como a espiral; a quantidade de água, fósforo, cálcio que os nossos suportes biológicos iam ter; têm autorização celeste para interferir de novo no tecido evolutivo planetário.
Os factores que intervêm na criação de um cenário evolutivo, em qualquer momento, em função de necessidades maiores, recriar esse cenário evolutivo, no entanto, apenas uma nova criação como o inaugurar de novos termos de relação entre as forças e as energias neste planeta.
Existem três circuitos, três tipos básicos de circulação de energia: um circuito ligado à Mãe; um circuito ligado ao Filho e um circuito ligado ao Pai.
O circuito ligado à Mãe opera essencialmente na personalidade, no problema do desfasamento ou do reencontro dos nossos corpos com o seu arquétipo. Nesse sentido, a Mãe, o manto de Maria, o véu de Isis, é um modelador de frequência. O circuito ligado à Mãe atua sob a regência do circuito ligado ao Filho que é essencialmente um estimulador de reversão da alma. Quando a alma está num processo de identificação com a evolução na substância, na matéria, na troca e na relação com o mundo, esse tipo de aprendizado contém a maior parte da concentração da nossa alma, ela está no circuito descendente. Quando este cenário deixa de fornecer suporte suficiente para a evolução da alma, diz-se que ela entrou em reversão.
O circuito do Filho trata essencialmente com a reversão, os Cristos são operadores de reversão, são remagnetizadores, eles magnetizam a aura na direção da mônada, eles são essencialmente agentes de ligação entre margens.
O circuito Pai não é nem ondulatório como o circuito Mãe, nem circular como o circuito Filho, ele é literalmente afirmativo. Funciona por descida de potência.
Todas as escolas tridimensionais esotéricas têm muito cuidado quando se referem ao circuito Pai, porque sobre este fator há realmente muito pouco a dizer.
Qual é a nossa situação? O campo monádico passou de um estado receptor a um estado ativo. Significa que as mônadas que estão encarnadas neste planeta começaram, na maior parte dos casos, uma fase atuante sobre a consciência, elas tornaram-se ativas.
A energia do circuito Filho está produzindo reversão em milhares e milhares de seres humanos diariamente. Esta energia está produzindo uma rotação de 180º em milhares de almas diariamente e a energia da Mãe começa a despertar no coração da própria matéria, quanto mais do corpo emocional ou da mente. Isto significa que a engenharia planetária responsável por levar este planeta, de uma condição de dualidade e de sofrimento, para um jardim azul de luz e glória, essa ação divina tem um método. Existe uma sequência ordenada nos planos internos em que externamente, nós iremos sentir o processo concomitantemente, devemos sentir aspectos do Pai, do Filho e da Mãe atuando em nós simultaneamente, mas nos planos internos, existe um ritmo trino de atuação.
O problema é: o grau de dissociação desta Humanidade com o seu objectivo maior é muito alto nos planos externo; o grau de contaminação dos veículos físico, emocional e mental desta humanidade é muito alto; o poder da inteligência material da Terra - Gaya - energias dissociativas, energias de violência, está a atingir o auge. A necessidade maior dos nossos Irmãos maiores é fazer descer a energia pura do Divino. Uma energia que desce para transformar e retalhar o planeta.
Esta sequência tripla implica, primeiro, uma aquiescência da parte do ser humano em transformar-se. Não de ser melhor, não de ficar frente aos grandes ideais da humanidade, não de construir molduras em torno de ideias novas, mas da transformação das regras do jogo cósmico em ti a partir da descida de força. Trata-se de um processo de aniquilação do ego.
A primeira fase da descida gradual da presença divina na Humanidade implica “a Voz”, uma voz que te indica que tu vens do infinito e vais para o infinito e que é essencialmente composta de energia magnética. Esta voz representa o primeiro contacto dos seres humanos com a presença em ti do Filho, e a proposta é: existe um caminho de retorno; existe uma fidelidade; existe em ti um potencial de fusão.
Essa voz vem do uno, atravessa a multiplicidade em nós e toca o único ponto que corresponde ao uno, o centro da consciência. Essa voz estabelece o circuito Filho em nós e determina “votos”.
A expressão “votos” significa que o consciente aderiu a um projecto cósmico. Não significa que os corpos ou a natureza humana tenha aderido, que o nosso livre arbítrio tenha sido completamente transformado abaixo do diafragma, onde ele predomina geralmente. Significa, simplesmente, que houve da parte da consciência um reconhecimento da sua origem.
Acima do espaço e além do tempo tu olhavas para ti próprio desde o início, à medida que o prolongamento da tua consciência se foi fundindo e identificando com o espaço e com o tempo, com as jóias da criação, começou a instalar-se uma amnésia entre a origem e o prolongamento. O tempo sancionou essa ameaça e fortaleceu.
A nossa capacidade de recuperarmos a vibração sagrada do centro do ser foi sofrendo uma ilusão, a partir de um certo momento, havia dois olhares, um que olhava para fora e outro que olhava para o olhar que olhava para fora. A nossa capacidade de nos identificarmos com a ilusão é muito alta e tu não foste criado para a ilusão. Os nossos corpos não foram criados para o tipo de troca a que eles estão habituados, daí a sensação de “não estar em casa” que as pessoas sentem.
Com a chegada macissa dessas chamas, os seres humanos estão a começar a sofrer uma rotação a 180º e estão a começar a encontrar, de uma forma absolutamente clara, “a voz”.
À medida que a amnésia se instala, o poder de atribuir valor e significado às coisas externas aumenta e a operação mágica de ficar prisioneiro das operações exteriores fortalece. A tua consciência separa-se da origem e como ela procura a origem, ela vai tentar desmontar tudo até descobrir que a origem não está em nenhuma parte da ilusão, isso é um longo percurso.
A descida destas chamas crísticas ao centro de um ser, significa a ativação do circuito Filho. Isto implica que a maior parte dos seres que aspirou, nas últimas vidas, um a um, à realidade, neste momento está a receber estas visitas. À medida que estes seres humanos se confinam, em termos de resposta espiritual, eles vão começando a distinguir claramente as pequenas vozes do amor, a complexidade exterior da voz central.
Mônadas auto atuantes garantem o circuito do Pai. A descida da chama ao centro da consciência garante o circuito do Filho. O cântico sagrado - o mantra - garante o circuito da Mãe e o contacto com aquilo a que os hindus chamam - shakti a força da mãe divina.
Existem grupos humanos que são pilotos da nova criação. Depois do circuito Filho ser estabelecido e fundado em ti, não há mais nada…. A partir do momento que o circuito da Mãe é construído no mundo,…. A partir do momento em que a consagração e a purificação dos corpos de um ser acontece, tu entras no circuito Pai. Isto chama-se 5ª iniciação. A alma é absorvida na mônada, os éteres reflectores são dissolvidos e a mônada literalmente encarna na matéria física, a mônada exprime-se finalmente através de um computador biológico e isto é a glória da criação. A alma é o agente de ligação. Enquanto existe alma, existe dualidade. Na 5ª iniciação a alma é absorvida no Pai, isto é, na mônada. A mônada tem acesso ao astral cósmico onde moram os avatares e a partir daí, Eles utilizam a mônada para fazer descer o diamante que, finalmente, pode ancorar na matéria.
Geralmente concebemos a Mãe divina associada à energia azul celeste, vamos contactá-La enquanto vermelho rubro e ouro, isto é, o aspecto guerreiro das mães cósmicas.
Quando tu dizes SIM, entras no circuito de tração que te faz passar por uma série de provas que podem ser: de perda ou de ganho súbito, de súbita centrifugacidade ou tu podes-te tornar subitamente centrípeto, o facto é que tu entras numa espécie de batedeira eléctrica do Universo e vais ser testado até ao último átomo. Depois de tu dizeres sim, a Mãe começa a tirar véus de ilusão.
A maior parte dos seres humanos só não está em estado de choque com a situação planetária, porque tem véus de ilusão em torno deles e esses véus funcionam como filtros da verdadeira situação planetária e permitem que os feixes da real situação deste planeta se tornem prismáticos o suficiente para tu não perceberes o real. Esses véus começam a ser queimados pela Mãe.
Se nós vamos entrar em fusão, primeiro com a Mãe, nós vamos ser treinados a ver o mundo através dos olhos da Mãe. Tu és arrastado para dentro da dor do mundo para poderes começar a fazer contacto com o problema da Mãe, para poderes começar a ser instruído na escola de formação e no processo guerreiro das Mães.
Do ponto de vista da Mãe, todos os seres humanos são filhos, gerados pelo mesmo amor incandescente e implacável da Mãe divina, todos são chamados a dar o passo para dentro da eternidade com dignidade, com nobreza e à medida que a mãe vai retirando esse véu de indiferença que nos mantinha protegidos da realidade exterior, tu ganhas um olhar duplo sobre as coisas, como elas estão completamente condicionadas ao sofrimento, tu começas a entrar em contacto com o problema do planeta, acabou o problema com a casa, a família, os amigos, a televisão, acabou! A Mãe é terrível nesse aspecto, os processos de contacto com a Mãe cósmica são de contacto com a dor do mundo, tu ficas com muito pouca vontade de brincar (e contudo, dizem que a Mãe dança), porque de repente, tu realmente apercebes-te do sofrimento acumulado na estratificação da história, da prisão que este planeta é. Tu, de repente, não consegues aprisionar mais o teu potencial de amor, tu entras em contacto vivo com o problema deste planeta. A mente, com todas as suas circunvoluções, com toda a sua complexidade e todos os seus amortecedores, vai-se embora. O processo de consagração, é um processo de tomada de consciência da dor do mundo, de que se eu estou a tomar consciência é porque eu tenho um posto e um ângulo dentro do qual eu posso atuar, de repente fica muito óbvio porque é que nós estamos encarnados.
Quanto mais tu contactas a dor do mundo, mais a glória que está suspensa sobre o mundo atua através de ti.
Esta Mãe vem para te retirar qualquer estratégia de isolamento, de: eu não sou ele; eu não estou a sofrer o que ele está a sofrer; o sofrimento dele não me diz respeito; o problema é dele. Isto tudo é aniquilado pela presença da Mãe - mas até agora estamos com a Mãe de azul. À medida que Ela te tira o filme de ilusão à frente dos olhos, Ela tira-te o filme de ilusão dentro. Este é que é o processo de revelação e de cura que a Mãe produz em nós.
À medida que Ela te tira o véu de ilusão, tu apercebes-te da dignidade da dor (não estamos aqui a entrar num processo de elogio da dor), tu apercebes-te do problema que tens à tua frente, tu apercebes-te da ausência de circuito. A energia cósmica não chega àquele ser, não penetra aqueles tecidos. Aquele corpo emocional, aquele coração físico, aquela formação mental estão isolados, aquele ser está em ilha. A Mãe é toda ela amor.
À medida que tu fazes contacto com essa dor, a Mãe vai-te retirando os véus etéricos e tu apercebes-te do porquê daquela situação, do porquê da dor e qual é o papel daquilo no grande palco do Universo. Tu começas a ser visitado por uma esfericidade cósmica. Nada está fora.
A principal experiência de nós nos abrirmos ao amor e à compaixão da Mãe divina é a dilatação do coração. É uma experiência de inclusão que não tem fronteiras e é tu saberes, que por ti mesmo, não tinhas humanamente nenhuma hipótese de amar daquela forma. Tu sabes que é o amor da Mãe a atuar através de ti, porque o amor é muito mais intenso, puro, secreto e cúmplice com o Universo do que qualquer situação amorosa que tu possas criar. Estás simplesmente a ser fundido no amor divino.
A tira os véus exterior e interior, tu começas a ficar abismado com a distância que a realidade exterior tem em relação aos arquétipos e simultaneamente com a glória potencial. À medida que os nossos corpos são entregues a essa agência feminina cósmica, tu começas a irradiar uma compaixão implacável.
Tu recebes esse impacto e, subitamente, o outro ser à beira da estrada é crucial e tu ficas entre: filantropia e pressa; entre sentir e ir andando, ficas entre factores.
O que acontece é que este coração que está abrindo em ti, este contacto com a Mãe universal, esta capacidade de dizer sim à dor, de não tentar camuflá-la, esta qualidade cósmica está sendo sustentada pela própria Mãe, donde que, tu vais estar perante os seres, as situações e os ambientes onde a Mãe precisa que tu estejas para Ela poder atuar através de ti. O grau de violência que tu estás destinado a contactar, o grau de caos que tu estás destinado a transformar, vem ao teu encontro, porque esse transporte também é um problema da Mãe divina. O trabalho é ficar completamente aberto, descondicionado, transparente.
A era em que o planeta vai entrar era definida pelo Mestre Morya como a era da mãe do mundo, a era do princípio feminino. A era da Mãe universal é a era da compaixão implacável. Miz Tli Tlan, esse centro na Amazônia peruana, vibra na frequência divina do planeta. O que é registado do teu ser no espelho de Miz Tli Tlan, é simplesmente o grau de pulsação da tua mônada, nada que está abaixo da mônada chega a esse espelho, para isso existem outros espelhos.
Oposto a Mitz Tli Tlan na Amazônia peruana, existe um centro intraterreno importantíssimo chamado “Idas”, e que fica na Serra do Roncador no Brasil, com prolongamentos na Argentina, é oposto, porque ele está diretamente ligado à evolução da matéria.
A Mãe divina utiliza três centros intraterrenos: MIZ TLI TLAN com vibração dourada - energia divina; IDAS com vibração vermelho rubro intenso - energia de transformação total da consciência material e um terceiro centro que, se está exatamente a Mãe, tem uma energia azul celeste, é um centro de harmonização ligado à vibração.
Isto significa que, quando a Mãe divina não está atuando para nós sob as vestes desse centro intermédio de energia azul celeste, e que utiliza a imagem da virgem com um ícone de estabilização de consciência, quando ela não está atuando dessa forma - que é uma forma de 4º Raio - está atuando com dourado e vermelho, Ela surge como uma guerreira divina - no hinduísmo isso é chamado “durga”.
Esta condição da Mãe, que é o dourado puro mesclado com o vermelho intenso, dá o vermelho dourado e o dourado rubro-vermelho. Essa é a cor da compaixão implacável. É a cor da máxima consciência da matéria e da máxima consciência divina, perfeitamente fundidas e unificadas.
O que é uma guerreira?
Uma guerreira lança-se no abismo contigo, tu desces apavorado, ela desce a sorrir. Uma guerreira leva-te até às zonas obscuras do teu ser e obriga tudo isso a vir ao de cima, não porque tu queiras mas porque, se isso não vier ao de cima e não for transformado, Ela não pode fundir-se em ti. Uma guerreira obriga a que tudo aquilo que nós temos escondido na nossa consciência, tudo aquilo que nós pensamos que não vai ser espreitado pela consciência divina, é exatamente aí que Ela vai direta e puxa para fora até que tu possas ver, e ao mesmo tempo que tu vês, Ela alarga-te a coragem, a dignidade, a solenidade, a sabedoria e a capacidade de auto enfrentamento que é necessária para que os seres humanos saiam de uma condição infantil, para uma condição cósmica. A guerreira revela aquilo que tu não queres ver em ti, mas faz isso dentro do palácio do amor. Tudo aquilo que nós achamos que era melhor não ver, não assumir, é trazido ao de cima por essa energia, e quando tu julgas que não sabes como sair dali, aquilo é pulverizado.
A guerreira é um libertador e a sua arma é o amor. E é muito importante percebermos que estão em órbita da Terra algumas dessas mães divinas. Esses seres atuaram sempre através da História, reuniram sempre aqueles que eram capazes de se manter mais firmes no caminho. Portanto, existe uma ligação muito direta entre este aspecto vermelho e ouro da Mãe divina e o 1º Raio.
Quando tu sentes dentro de ti uma incapacidade de alimentar indiferença perante a tua espiritualidade, perante o teu chamamento interno, e quando sentes uma carga de potência entrar em ti e arrastar-te para a frente, isso é a ação da Mãe divina. O processo da Mãe é sempre ondulatório, Ela vai-te atraindo por ondas e por emanações graduais, não é um processo direto. E é ondulatório, porque tem que ir entrando aos poucos nos teus veículos e retirando daí todo o material espúrio que trazemos de centenas de encarnações fora do caminho.
O trabalho, neste caso, é compreender o problema da Mãe, o problema de haver no seu veículo cósmico - porque Ela é um sustentáculo da criação inteira, depois existem aspectos concêntricos da Mãe até um planeta - neste caso, na Terra, existem desfasamentos, rupturas, feridas, mas simultaneamente acontece também um absoluto da utilidade, Ela tem uma relação absoluta da direção para onde tudo vai. E é esse absoluto de utilidade que se vê no sorriso da Geoconda e das virgens do Ocidente, essa certeza absoluta do triunfo final da luz sobre as trevas. Que luz? Que trevas? Não sabemos, a Mãe vai revelar.
Eu necessito de me expor ao problema planetário, de estar aberto, de receber o impacto, porque senão eu não saio do ponto em que estou. Há cento e poucos anos que a Hierarquia começou o trabalho e contam-se pelos dedos de algumas mãos, os seres que fizeram o trabalho! Houve vários chamados para várias direções e as pessoas continuam vivendo o seu processo humano tridimensional externo, como se não houvesse um abismo de luz à frente delas!
Quando tu caminhas para a luz, ela começa imediatamente a desativar o teu passado. Se existe dor, é porque tu não foste o suficiente fundo na luz para que a dor desapareça. Se existe memória, é porque eu ainda não me liguei o suficiente ao meu futuro, ainda não estou impregnado o suficiente da lei do desígnio que me chama para as estrelas, e a minha memória é mais forte ainda que o chamado das estrelas.
Após os votos que estabelecem o circuito do Filho, a Mãe divina envolve completamente o discípulo e começa uma dança contigo.
Este aspecto terrível da Mãe divina com uma suástica de amor, isto é, a compaixão implacável, significa que Ela vai-te perseguir exatamente no ponto que tu tens que trabalhar, e Ela vai andar em cima de ti doce e terrivelmente, daí nós podermos definir a Mãe divina como um perigo que cura, um perigo balsâmico.
A cada momento que passa, a ativação do fusível planetário que liga estes dois centros, Idas na Serra do Roncador - que é bem conhecida dos ocultistas - e Miz Tli Tlan nos Andes peruanos, à medida que isto é ligado, espalha-se uma vibração carmim dourado, sobre todo o planeta.
Até à 3ª iniciação tudo está sob o regime do circuito da Mãe. A 4ª iniciação, (crucificação) está sob o regime do circuito do Filho. A 5ª iniciação (ressurreição) está sob o regime do circuito do Pai.
Nesta zona do mundo estamos profundamente impregnados da energia desses seres de potência feminina transformadora.
Espiritualidade é superação. Nós só podemos usar a palavra espírito a partir do momento em que um discípulo aceita ser transformado, aceita perder contacto gradual com a sua dor. Muitos de nós estão hipnotizados pela sua capacidade de sofrimento, precisamos aprender a soltar esse sofrimento. Quando se procura que um discípulo fique frente à Humanidade e não à Hierarquia, procura-se que ele solte de si o melhor que ele tem dentro. É quando um ser se torna num servidor que ele começa a perceber os dons que estão guardados dentro dele.
Dentro de cada um de nós existem um templo, esse templo é uma vibração onde a Mãe, a força divina pura, o Pai e o elemento de ligação, o Filho, encontram-se perfeitamente estabilizados. Estes três aspectos guardam a chama da entrega total. Existem compostos em nós que não podem ser removidos enquanto essa chama não for acesa, Eles podem tirar muita coisa, mas existem zonas de recusa, o ser pode já estar todo ele voltado para o espírito e ter ainda três ou quatro zonas que estão fechadas, são essas zonas mais obscuras que precisam da ação da Mãe. Enquanto a chama da entrega completa, não for acesa no nosso sistema nervoso, na nossa consciência, esses aspectos não podem ser removidos.
A transformação mais profunda destes seres e a sua ligação aos ambientes intraterrenos aos quais eles pertencem, não é feita individualmente, mas em núcleos. Geralmente, não é possível um ser por si só viver a transformação completa. Certos indivíduos que estão encarnados e que tu irás encontrar, contêm as vibrações complementares, os códigos e as chaves de muito daquilo que tu não consegues resolver. Este é um processo que vai ser inaugurado e amplificado e que é belíssimo. Quando tu estás na presença de um ser que contém códigos de ascensão teus, vibrações ascendentes para te passar, que contém aspectos do teu futuro, chaves da tua transformação, certas forças e certos aspectos teus, é como se nem sequer existissem.
Tu sabes que estás perante uma mônada ou uma aura que tem potencial de elevação para ti, porque quando estás com esse ser dá-se uma inibição completa de coisas, que quando estás com outros seres são muito fortes.
Um grupo monádico é um grupo no qual as pessoas têm muito pouco para dizer umas às outras e têm muito para fazer juntas. Um grupo de almas é um grupo onde as pessoas têm muito para dizer umas às outras e há uma constante troca de energias e forças. Enquanto os seres humanos estão trocando coisas muito bonitas entre si, trocando valores, trocando aspiração, enquanto as pessoas estão juntas porque se sentem bem, enquanto há uma nutrição emocional, isto significa um grupo de almas e o que o caracteriza, é uma constante troca de informação, de forças e de riqueza.
Um grupo monádico não tem nada a ver com isto. O olhar que se troca num grupo monádico é completamente diferente do olhar que se troca num grupo de almas. Quando tu chegas ao teu grupo monádico tu sabes exatamente que o teu lugar é ali e tu sabes exatamente o que hás-de dizer no minuto x. O grupo monádico automatiza-te na harmonia cósmica, ele potencializa a vibração do amor até que se torna absurdo tentar filtrá-la através da linguagem. Os grupos de almas trocam factores afectivos entre eles, o grupo monádico vibra no amor. As formas com que esse amor se manifesta são secundárias.
Tu sabes que chagaste a um grupo monádico porque não há muito a dizer à tua volta, tu sentes tudo o que o grupo de almas propõe: a paz, a tendência para o silêncio, o bálsamo interno, o timbre que te liga à Hierarquia, sentes que uma vontade de serviço e um sentimento nobre que domina o corpo emocional, uma quietude e uma entrega que dominam o corpo físico, tudo o que um grupo de almas deve fornecer. Mas tu sabes que chagaste a um ambiente de coligação monádica porque acontecem mais vinte coisas acima desta vibração.
Quando se fala de uma suástica de amor está-se a falar do kundalini oculto da Terra. O Universo é demasiado vasto, transcendente e poderoso para nos conseguirmos relacionar com ele sem o filtro da paixão. A Mãe é o correcto objecto dessa paixão, Ela vem para levar os corpos emocional e astral à sua máxima expressão. A aproximação desta força shakti planetária, não vem para nos limitar, nem para nos castrar, nem para nos mutilar em nenhuma das nossas capacidades de união, vem para fazer um desafio a essas capacidades.
Uma das frases da Mãe divina é: “peçam tudo”, isto implica: “dêem-me tudo”. O teu corpo fica leve como um bálsamo. A tua mente fica límpida e a tua vida emocional experimenta uma paixão sem limites.
Por André Louro de Almeida 30/08/99
No comments:
Post a Comment