Amhaj

Para que possais trilhar a senda luminosa é preciso responder ao Chamado. Isso significa vencerdes provas, nas quais terão confirmado o vosso elo com a verdade e com a luz. Todos os seres, um dia, penetram essa senda e alcançam a Morada Celestial. Porém, eons se passam até que o ciclo se consume. Não vos intimideis frente ao mal. Não desafieis o inimigo. Não retardeis vosso caminhar pelo clamor do passado. A poeira dos tempos será lavada do vosso ser; novas vestes trajareis, e grande será o júbilo da libertação. Porém, nessa senda pisareis sobre rosas e espinhos, e devereis aprender o mistério do Bem. É tempo de justiça. É tempo de graças. Magnífico poder, o Irmão Maior se aproxima. Silenciai vosso coração e acolhei o grande amor. Tendes a Nossa paz.

Hierarquia

Wednesday, January 11, 2012

Contatos com a alma e a cura da incerteza

Podemos nos familiarizar com o processo de contato com a alma por meio do quinto raio, pois ele tem grande ligação com o mundo anímico e está presente em muitas mentes na época atual. A alma aspira a algo maior que si mesma, porque tem possibilidade de perceber níveis de consciência superiores ao seu, e sua vontade está voltada para os planos mais altos da vida, pelos quais é vitalizada. A alma é, em nosso ser, a intermediária entre o mundo da forma, onde encarnamos temporariamente, e o mundo da não-forma, onde habita a consciência profunda.

Quando se exprime em nós, a alma está se ocupando não só da forma externa a ser manifestada, mas principalmente da qualidade que deve emergir. Uma mensagem da alma não se refere apenas ao que vai ser posto em prática, mas traz a qualidade e o conteúdo da expressão interna. Parte da humanidade ainda não tem a preparação necessária para captar essas mensagens de forma pura e inequívoca. São francisco de Assis, quando ouviu do centro do seu ser que deveria ‘’reconstruir a igreja’’, pensou que se tratasse de uma capela que estava em ruínas. No entanto, a voz interior referia-se à reconstrução moral e espiritual da Igreja romana com um todo, o que ele compreendeu algum tempo depois.

A frase a seguir, atribuída ao mesmo Francisco de, exprime a forma e a qualidade que a alma procurava expressar por seu intermédio: ‘’O senhor me chamou por meio da simplicidade e da humildade, e esse meio mo apontou Ele, na verdade, para mim mesmo e para aqueles desejosos de seguir-me. O senhor disse que me queria pobre e louco neste mundo e que não queria levar-me por nenhum outro caminho senão o dessa espécie de sapiência.’’ Eis aí a forma, o conteúdo, a qualidade e toda a história de um imenso grupo e de sua época.

Nesse nível evolutivo, representado pelo exemplo acima, recebe-se a idéia sintética e. A menos que haja resistências que possam anuviá-la, parte-se para a sua execução. Mo momento da captação, antes de a mente humana interferir, fica-se imbuído da mensagem, e não há possibilidades de dúvida quanto ao seu conteúdo. Mesmo havendo circunstâncias naturais que possam perturbar a impressão captada, a síntese não se apaga mais da consciência, tornando-se impossível fazer outra coisa que não seja aquilo que foi transmitido. Em outras palavras, a consciência fica tomada pela tarefa a ser cumprida.

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Vejamos, agora, como a alma imprime sua mensagem em nossa consciência,pois esse mecanismo interessa a todos que aspiram a esse contato. A alma capta de níveis elevados o que se deve ser manifestado por seu intermédio e procura transmitir ao consciente o que cabe a ele executar. Para isso, a alma usa imaginação criativa, é ajudada, em vários sentidos, por seres de grau evolutivo mais avançado do que o seu. Assim, a alma projeta parte da idéia divina na mente do indivíduo. A imaginação da alma não é como a da personalidade. Por meio da imaginação, a alma ‘’vê realmente’’ o nível superior e, em seguida, constrói uma projeção – uma forma-pensamento, que é enviada ao plano mental.Se a alma já é forte o suficiente, emite também uma onda para o corpo emocional, fazendo com que a mensagem atinja este nível, caso a forma-pensamento não tenha sido captada pela mente. No plano emocional ou astral, a idéia apresenta-se como um desejo elevado, da mesma categoria do impulso emitido na origem. Assim, se não for possível captar o impulso no plano mental, pode se fazê-lo no astral, como um desejo de alta qualidade.Durante esse processo de transmissão e de captação, pode se também tomar consciência da foram-pensamento num sonho, numa visão ou numa idéia que aparece esporadicamente, Note-se, contudo, que isso acontece por acréscimo e depende da intensidade da fé existente. A fé é que determinará a abertura do consciente ao impulso da alma.

Se a alma é experiente, tem ainda a possibilidade de criar com sua imaginação, além da forma-pensamento no mental e do desejo positivo no astral, algum sinal concreto de sua vontade no plano físico, com a colaboração de outras almas encarnadas. Uma manifestação do plano físico dá-se por meio de fatos conduzidos por diferentes almas que estejam em comunicação, como vimos no capítulo sobre o quarto raio. Eventos concretos podem ocorrer, demonstrando bem claramente o que a alma quer, quando a pessoa não conseguiu captar a mensagem no mental ou no astral, ou para que o conteúdo captado lhe seja confirmado.

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Vejamos mais detalhadamente este processo. Quando o contato se dá no plano mental, ocorre um lampejo de compreensão que inunda a mente de modo completo, sem deixar a menor dúvida. Não há outra parte da mente que consiga negar aquele impulso, quando a luz preenche. Assim, como num momento de total compreensão, todo o ser é permeado por essa mesma onda de revelação e, em todos os níveis, o indivíduo sente o reflexo do que se deu na mente. No emocional há um rápido momento de harmonia e de união com o mental, até então desconhecido; o plano físico recebe um fluxo dessa mesma energia, que é curativa.

Não é a idéia que chega até o plano físico, pois esta é captada na mente, e apenas seu reflexo pode, por enquanto, manifestar-se nos outros corpos da personalidade. No começo, a capacidade de ver claro não inclui obrigatoriamente visões ou outras formas de percepção. Trata-se de um meio enequívoco de compreensão que é chamado luz. Mas a compreensão da mente, o fervor do emocional, a estabilidade no físico e a união integral dos corpos com a idéias desaparecem logo após terem sido experimentados

Após uma experiência dessa tipo, os mecanismos da mente concreta, as deduções e as imaginações vão perdendo o poder de confundir e iludir, embora esses mecanismos continuem existindo por muito tempo ainda. Porém, agora conhecemos uma qualidade de vibração mais elevada, e sabemos distinguir quando algo está vindo desse plano superior, ou quando é elaborado nos níveis da personalidade.

Findo o momento da clara compreensão (pois estando num corpo físico,jamais podemos mantê-la por muito tempo), vem um movimento natural que tenta reproduzi-la. Pode acontecer outra experiência de clareza, nunca, porém, igual à primeira. Essas experiências são únicas, irreproduzíveis, embora fiquem gravadas na memória e nunca mais se percam; também percebemos nitidamente que fomos nós, como consciência humana, que nos retraímos da compreensão e da experiência, e não elas que se retiraram.

Antes de uma experiência desse quilate, as tentativas de purificação eram apenas ensaios esporádicos, feitos quando as circunstâncias eram favoráveis e a personalidade as permitia. No entanto, a partir daí, o processo pode ser inteiramente assumido, pela percepção de que aquele estado inesquecível depende da nossa abertura para sua região de origem.

A finalidade da encarnação sobre a Terra é, a princípio, propiciar esse relacionamento com a alma, cuja meta é a ligação, cada vez mais consciente, com um centro nosso ainda maior, onde a vontade cósmica é mais profundamente conhecida.

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Se há dúvidas sobre a mensagem, é porque não se estava de todo receptivo quando ele chegou. Quando existem forças estranhas em nosso mundo psíquico, a dúvida é construída por elas, que não têm afinidade com os impulsos da alma. Certas dúvidas introduzem-se em nós, sem que as tenhamos criado. Elas são geradas por forças externas que ainda não aprendemos a transmutar ou expulsar da nossa aura. É bom saber que, quando adormecemos e levamos para o sono alguma dúvida, ela age como uma força corrosiva e assim trabalha a noite toda. Na manhã seguinte, estamos diferentes e influenciados pela sua atuação. Entretanto, sabendo da existência desse mecanismo, podemos optar por refletir seriamente sobre todos os aspectos da própria dúvida, e confrontá-los com a nossa realidade, que certamente nos dirá coisas bem diversas.

Diferentes raios solucionarão esta questão por meio de diferentes métodos igualmente válidos, desde que corretamente utilizados. Entretanto, qualquer que seja o raio em que estivermos, é fundamental o fator fé, bem como a aspiração de sermos instrumentos de uma vontade maior.

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Existem muitos fatores que dificultam e distorcem a compreensão de impulso anímico. Entretanto, eles podem ser facilmente transformados, se reconhecidos. O primeiro é estarmos excessivamente concentrado em nós mesmos, limitados aos movimentos naturais da personalidade. Freando esses movimentos, passamos a nos interessar menos pelas supostas necessidades do ego.

Outro obstáculo surge quando assumimos alguma ideologia, qualquer que seja, no campo científico, religioso, filosófico, político, ou outro. Toda ideologia ou fórmula já pronta,embora possa ser importante para nós em determinados momento da vida, a certa altura deve ser rejeitada. Ficamos diante do que ela nos apresenta de válido, sem deixar,porém que se fixe em nossa mente, ou seja, sem que passemos a pensar segundo as linhas por ela expostas. Isto porque ela surge a partir de impulsos de outros indivíduos que estão em pontos evolutivos diferentes dos nossos. As ideologias servem para nos esclarecer em certos momentos, mas simultaneamente devemos tirá-las do nosso campo mental, para que a clareza autêntica não seja prejudicada. A ideologia é algo de ‘’segunda mão’’. O que necessitamos é de algo surgido com a vibração específica do momento presente. Se fôssemos, hoje, seguir o mesmo impulso de Francisco de Assis, pobre e louco aos olhos dos homens, não seríamos tão úteis ao mundo, uma vez que este não é o mesmo da época em que ele recebeu a inspiração de Deus.

O espírito não se repete nunca, e é esse contínuo movimento ao qual somos convidados a nos integrar.

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Quando alguma doutrina nos estimula a procurar a nossa própria realidade interna, tando dado o impulso; ela deve ser colocada de lado, para não construir um impedimento ao que vem de dentro de nós. Precisamos de informações como ferramentas, e não seria sábio fazer delas a própria doutrina, que, como vimos se transformaria num obstáculo mental para o novo revelar-se.

Prosseguindo no estudo dos empecilhos à manifestação da alma, vemos que, assim como não seria sadio transferir para um grupo os nossos problemas e a vontade de um grupo não deveriam ser projetados sobre um conjunto maior. Quanto mais alargamos os limites grupais, melhor, porque então evitaremos cristalizações que, nessa etapa, correspondem àquelas que construímos quando nossos interesses pessoais se voltavam para um grupo.

Por conseguinte, cuidar dos interesses de um grupo sem considerar os demais grupos constitui um bloqueio para a clareza emanada da alma. Se temos uma vida grupal em formação, ao mantermo-nos envolvidos apenas com as necessidades desse grupo, sem ampliarmos a atenção para outros coligados, não deixamos fluir a inspiração superior que abrange outros conjuntos de almas que vivem nos demais raios. O interesse limitado a um grupo isolado pode muitas vezes resolver seus problemas concretos e até psicológicos; ou até mesmo suprir suas necessidades materiais imediatas, mas impede a visão mais ampla e o novo nível de compreensão que poderia ser alcançado.

Outro aspecto que tolhe o surgimento da atividade criativa é o sentimento de incapacidade frente à tarefa colocada pela alma. Lembremos que a possibilidade de realização está sempre presente, porque a alma conhece profundamente a personalidade e, quando propõe algo, está considerando também os limites humanos existentes; além disso, as deficiências são sempre supridas pela mesma energia que propõe a tarefa. Provavelmente, uma parte da mente de Francisco de Assis reagiu, achando-o incapaz de ser tão pobre e tão louco quanto estava sendo pedido naquela ocasião, mas ele fez o que pôde, e isso, como vemos, foi suficiente para executar o trabalho.

A fé abre um canal, e a possibilidade de servir inunda todo o ser com energias imprevisíveis e até então desconhecidas.

Extraído do Livro A Energia dos Raios em nossa vida

págns. 127-134

Download deste livro:  http://www.4shared.com/office/tGDHO56l/1987-A_Energia_dos_Raios_em_no.html?

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