QUEDA DO HOMEM – Envolvimento do ser humano com forças involutivas, nos primórdios da criação da Terra, que redundou na concentração de fogos nos centros energéticos inferiores do seu corpo, no uso do livre-arbítrio, na reprodução sexuada. Levou-o a enveredar-se, mais do que o previsto, na densidade dos mundos materiais, a sujeitar-se a impulsos instintivos e forças do desejo e a identificar-se com o aspecto formal da vida. Restringiu o desenvolvimento da de sua capacidade mental e cerebral, fez surgir o materialismo em detrimento da cognição intuitiva e consolidou o psiquismo terrestre como fonte de influência marcante sobre indivíduos, grupos e povos, determinando assim atraso na evolução de todo planeta.
Com a purificação global da superfície terrestre, prepara-se hoje a inteira renovação dessa humanidade. Desse preparo faz parte a incorporação de novo código genético nos níveis suprafísicos do ser humano e a ativação de centros energéticos sutis dele e da Terra. A queda do homem será então equilibrada e fase inédita na história da Terra início. O ser humano está sendo chamado a deixar de caminhar a seu modo e a pautar-se por leis cósmicas; essa elevação depende do alinhamento do seu eu consciente com a alma.
Devido á queda do homem, sua alma habitou até agora o terceiro subnível do plano mental, patamar inferior àquele em que se localiza o átomo mental permanente. Na transição ora vigente na Terra, as almas que despertam para realidades mais profundas estão-se transladando para o nível intuitivo, reassumindo portanto a posição que lhes estava destinada.
Níveis de consciência Subnível Padrão ciclo passado Padrão da atual transição planetária
1°
Intuitivo 2°
3°
4°
5°
6°
7° Corpo causal (alma)
Mental 1° Átomo permanente mental Átomo permanente mental
2°
3° Corpo causal (alma)
4°
5°
6°
7°
Nessa ascensão da alma, o ser humano percorre em consciência um trajeto que de certo modo corresponde a algumas etapas de desenvolvimento mencionadas por Paul Brunton (1898 – 1981) em A BUSCA (Volume II de THE NOTEBOOKS OF PAUL BRUNTON, Editora Pensamento) e aqui sintetizadas e adaptadas conforme se segue. Primeira etapa: Percebe que o mundo externo é insatisfatório. É o grande afastamento dos objetos dos sentidos. É uma fase ascética, acompanhada de pensamentos, na qual o homem reconhece que a matéria não é fundamentalmente real. Caracteriza-se pela mudança moral. Num vislumbre, o homem descobre sua natureza espiritual e tem um elevado senso de união com o ser imaterial superior. Sente, ocasionalmente, que é divino. Segunda etapa: A realidade fundamental, positiva e única é afirmada. Produz a visão da luz mística do Logos. Essa etapa só pode ser atingida pelo misticismo. É a entrada no Vazio; é a descoberta do Espírito. O homem, livre de pensamentos, deleita-se na solidão. Essa clara compreensão de Deus no coração marca o estado de Observador. O homem sente-se totalmente desapegado de suas atividades, ou das atividades do mundo, tanto que é asceticamente tentado a retirar-se da vida. Se, no entanto, o destino obriga-o a continuar no mundo, ele, de maneira singular, se sentirá o tempo inteiro como espectador de um filme, mas essa não pode ser a meta humana final. Terceira etapa: O homem está no mundo, mas não é do mundo. Retorna ao mundo exterior dos sentidos e descobre que este também nasceu de Deus. Nunca perde de vista sua unidade com a vida, mas insiste em sua conexão com a ação. Em vez de transformar-se num refúgio para sonhadores do Todo em si mesmo e de si mesmo no Todo. Com essa dinâmica inspiradora. É a realização ele se lança, incessantemente, ao serviço da humanidade.
PECADO ORIGINAL – Forças involutivas infiltraram-se na humanidade terrestre nos primórdios da sua formação. P pecado original consistiu em os seres humanos comprometerem-se com essas forças, em abrigá-las; com isso, ampliou-se o envolvimento da consciência e da substância dos corpos com vibrações densas. O pecado original redundou no surgimento do livre arbítrio e da procriação sexuada, quando havia outros caminhos disponíveis para a humanidade, como o da colaboração consciente com a evolução angélica. Esse comprometimento com forças involutivas fez-se notar de modo relevante na época da Lemúria, em que a atuação delas foi sobremaneira intensa no plano físico. Assim, a faculdade do raciocínio do homem da superfície da Terra ficou adormecida em níveis internos e foi despertada só muito mais tarde, em Raça posterior. Daí advém o fato de o seu coeficiente intelectual ser ainda tão baixo. O tema do pecado original tratado por comentadores comuns apresenta-se em meio a grandes divergências, mas sob o enfoque de Iniciados traz entendimento a respeito da atual condição da Terra. Rudolf Steiner (1861 – 1925), em sua extensa obra publicada por Philosophisch-Antroposophischer, Suiça, aborda-o com clareza, embora suas revelações fossem por demais inusitadas para a mente humana da época. Também H.P. Blavatsky, em A DOUTRINA SECRETA (Editora Pensamento), trouxe á luz importantes informações sobre o passado remoto da humanidade e da Terra. A humanidade está equilibrando o pecado original pela purificação global que hoje ocorre e pela implantação, nos níveis sutis, de novo código genético.
QUEDA DO PLANETA TERRA – Decaimento do ritmo vibratório dos níveis materiais, devido sobretudo ao envolvimento da humanidade com forças involutivas. Tal envolvimento levou a vida na superfície da Terra a atingir graus de densificação muito altos e a desviar-se do seu verdadeiro caminho. Por isso ela não tem representante direto na Confederação Intergalática, embora nos seus planos internos e suprafísicos haja civilizações e seres de evolução superior. Este planeta nunca deixou de ser assistido pelo Governo Celeste Central e, atualmente o início do novo ciclo, ressurge a oportunidade de tornar-se confederado. Com a vigência da lei de purificação, será possível aos seus habitantes assumir sua evolução cósmica e observar leis superiores. Contudo, até que prevaleça a harmonia, haverá acirrado conflito nas suas camadas psíquicas. Apenas parte da humanidade aderiu ás leis da evolução e será resgatada. Do mesmo modo, os vários reinos que aqui se desenvolviam decaíram e só parte deles poderá prosseguir no próximo ciclo. Os refratários aos impulsos evolutivos serão retirados da aura planetária. A Terra foi até o presente um planeta-laboratório onde fatos fora da Lei se sucediam continuamente. Mas aproxima-se a hora em que essa condição dará lugar a um estado de abertura aos desígnios do Plano Evolutivo universal, e o que ocorrerá neste orbe contribuirá para a agrande obra da Vida Única.
Extraído do Glossário Esotérico de Trigueirinho
Extraído do Glossário Esotérico de Trigueirinho
p.340-367-368
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