A imagem simbólica de Os Sete Espíritos diante do Trono de Deus, apresentada na Bíblia, pode ser compreendida de diferentes pontos de vista. Ela diz respeito à distribuição da energia no plano físico cósmico deste sistema solar, numa fase na qual alguns planetas percorrem a etapa da experiência na matéria.
Dos nove planetas que se encontram em nível físico, sete exprimem a energia desses Espíritos que permanecem diante do Trono de Deus. Assim, essa imagem está associada também ao sete Logoi sagrados que regem a manifestação de planetas deste sistema.
Na mitologia greco-romana encontramos outras chaves para estudo desse tema, pois ela apresenta uma genealogia que ressalta o caráter superior de alguns dos planetas materializados. Segundo essa mitologia, Urano foi o regente primevo, e dele foi gerado Saturno, que por sua vez deu origem a Júpiter, Plutão e Netuno. A Terra e Vênus, polaridades de Saturno, trouxeram a energia complementar, base da existência formal.
Júpiter expulsou Saturno da posição de regente, e nomeou-se o senhor da Criação; dividiu o mundo entre Netuno (que se tornou Senhor das águas) e Plutão (que foi designado governante dos infernos). Porém, quando Saturno foi preso pelos Titãs, Júpiter o resgatou, levando-o novamente ao Olimpo, porém permanecendo como regente. De Júpiter surgiram Marte e Mercúrio.
Saturno também gerou Quiron, que por sua descendência divina possuia a imortalidade. Mas Quiron, ao ser ferido de maneira incurável - e pela tremenda dor que sentia - , pediu a Júpiter que fosse transformado em mortal. A essa divindade grega estava associada a Sabedoria; ensinou medicina a Esculápio e manifestou conhecimentos sobre astronomia e outras ciências, no seu sentido oculto e verdadeiro. Por ter a forma de um centauro, foi relacionada à constelação zodiacal de Sagitário.
Os gregos, a partir de suas próprias coligações internas e também apoiados no conhecimento caldeu que absorveram, tinham acesso a muitos mistérios cósmicos. Na simbologia que legaram à Terra encontram-se guardados segredos que ainda hoje a humanidade em geral não pôde desvelar.
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A um Logos solar estão associados vinte e um Logoi planetários maiores e, a estes Logoi planetários menores.
Do mesmo modo que o Regente monádico possui doze prolongamentos: sete que se manifestam no mundo material (as sete mônadas) e cinco que não têm expressão formal e que assumem o contato entre o universo-matéria e a supra-evolução (os cinco Princípios), assim também os Logoi planetários, expressões de um Logos solar, distribuem-se em diferentes patamares energéticos.
O Logos deste sistema solar tem neste ciclo sistêmico sua consciência polarizada nos subníveis superiores do quarto nível cósmico, o intuitivo cósmico. A partir desses subníveis, a energia dessa consciência abstrata reflete-se em um núcleo inominado, situado nas camadas inferiores desse mesmo nível. Esse núcleo é apenas um ponto de focalização da energia logóica, não chegando a constituir uma ‘’consciência vivificada’’.
Nos subplanos superiores do plano mental cósmico surge a expressão exotérica do Logos – a sua tríade fundamental, ‘’os três Logoi exotéricos de um Logos’’, como ela é chamada no ensinamento ocultista. Essa tríade, também denominada Manas Logóico, desencadeia todo o processo de construção e de dissipação da manifestação da vida no universo logóico.
Nos subplanos inferiores do plano mental cósmico surgem expressões do Logos solar como nove Logoi planetários maiores, encarregados de reverberar a Palavra soada em três tons, definidos pela qualidade trina do Manas Logóico. Este corresponde ao nível de percepção e de estimulação, ao passo que os nove Logoi planetários maiores compõem o nível de conceituação. Esses nove Logoi planetários maiores são regentes de círculos de existência incomensuráveis para a mente humana atual.
No plano astral cósmico, o percurso e o reflexo da energia do Manas Logóico são sustentados por outros cinco Logoi planetários maiores, também chamados cinco Princípios Logóicos ou Filhos da Mente de Brahmâ. O trabalho que esses Logoi realizam pode começar a ser percebido pelo indivíduo que estando no nível físico cósmico, desperta para o quarto subplano desse nível, ou seja, o intuitivo ou búdico. A partir de então, pela qualidade de síntese que a energia búdica possui, subplanos da sua consciência ainda mais elevados podem atuar como Espelhos captadores da vibração astral cósmica.
Logos do Sistema Solar
* Núcleo Inominado
* * Manas Logóico
*
NÍVEL DE PERCEPÇÃO E ESTIMULAÇÃO
* * Nove Logói planetários maiores
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* * NÍVEL DE CONCEITUAÇÃO
* * *
Cinco Lógoi planetários maiores
* * (ou Cinco Princípios Logóicos)
* * NÍVEL DE CAPTAÇÃO
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* * * Sete Logói planetários maiores
* * (ou Sete Espíritos diante do Trono de Deus)
*
* NÍVEL DE CONSTRUÇÃO
(Para visualizar este esquema acima faça download do Glossário Esotérico no final dessa postagem)
A Expressão do Propósito do Manas Logóico no nível físico cósmico é sustentada por outros sete Logoi planetários maiores, os sete Espíritos diante do Trono de Deus.
Assim, além desses Sete Espíritos, existem cinco Anjos que circundam esse Trono, e sobre eles reluzem nove estrelas reveladoras dos tons emanados do triângulo que há na fronte d´Aquele sobre o Qual nada pode ser dito.
A cada Logos planetário maior estão vinculados doze Logoi planetários menores. Assim, um Logos atuante no plano físico cósmico pode ter a sua energia manifestada por vários planetas.
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A transmutação do Logos da Terra já ocorreu em níveis elevados do universo-planetário. Não fosse assim, as mudanças e transmutações que estão havendo na própria matéria física do planeta – e seu nível mais denso – não poderiam acontecer. Esses fatos fazem parte da ‘’encarnação’’ da nova energia logóica que deverá levar a Terra à consumação do Propósito cósmico deste ciclo de expressão.
Amuna Khur, o Senhor do Mundo, antes denominado Sanat Kumara, é a própria encarnação do Verbo logóico. Essa sublime Consciência revestiu-se de corpos materiais chegando até o nível etérico-físico e desempenha o papel de catalisador dos processos evolutivos para todo o universo-Terra. Atua por meio dos Centros planetários, que custodiam diferentes aspectos da manifestação do Logos.
Não há partícula no universo-Terra que não esteja presente na consciência do Senhor do Mundo, e todas elas são prolongamentos do seu corpo. O nome Amuna Khur vela uma profunda coligação da sua Consciência com a energia do Poder.
Intimamente relacionada a esse processo, há uma chave oculta a ser aprofundada no fato de os Senhores de Vênus terem sido trazidos à órbita planetária terrestre no período da fundação da Hierarquia. Essa fundação, que se projetou nos planos materiais da Terra durante a Raça Lemuriana, foi o primeiro passo no sentido de se reverter o processo de compactação, de descida na matéria, pelo qual o planeta e todos os seus reinos estavam passando. Tal reversão (que demanda tempos larguíssimos para se completar), tendo sido esboçada em meados da Terceira Raça, teve na Quarta o seu desenvolvimento, e apenas na Quinta sua consumação.
Ciclo planetário (Raça) Impulso Centro regente
3ª Raça(Lemuriana) compactação Iberah
estímulo à reversão Shamballa
4ª Raça(Atlante) desenvolvimento do
processo de reversão Shamballa
5ª Raça (Ária) fim da reversão Shamballa
sutilização Miz Tli Tlan
A cada mudança de regência dos Centros planetários ocorre também uma mudança na expressão do Senhor do Mundo. Na realidade, uma é conseqüência da outra e ambas estão ligadas, como qualidade e como vibração, à parcela do Propósito logóico que deve ser cumprida naquele período da vida planetária.
É por meio da energia da Vontade que o indivíduo pode romper os grilhões que o prendem à matéria que acolhe suas experiências. Ainda que facetas obscuras dos seus corpos possam utilizar-se do impulso dessa energia, o ser humano, para libertar-se, deve aprender a lidar com ele corretamente.
Quando o Logos de um universo contempla o Vazio, surgem as partículas que devem receber a Graça da iluminação. Nesse princípio, matéria e Espírito estão nelas dissociados, são estados distintos, mas pelo poder da mente logóica desenvolve-se a chispa vivificada, a consciência (gérmen do Homem) que é o elo que os une.
Essa consciência é alimentada por três atributos básicos, que são suas ferramentas para o cumprimento da tarefa de unificar esses extremos. Ao realizá-la, a própria consciência deve também unificar-se com eles. O mistério tríplice da unidade do Criador repete-se assim em cada homem: a matéria é o seu aspecto construtor, a consciência é seu aspecto unificador e o Espírito é o seu aspecto idealizador, onde habita a Vontade.
Esses três aspectos devem entremear-se e entrelaçar-se em tal grau de harmonia que o ser, como um todo, possa emitir um só som, coeso e unificado. A matéria tem de absorver o aspecto unificador e o aspecto idealizador, sem os quais permanece destacada da contínua obra da Criação. A consciência deve ser capaz de perceber o que o aspecto idealizador concebe, e de manifestá-la na matéria; e o Espírito deve conceber as Idéias e irradiar a energia que lhes permitirá tomar forma.
Sem que a energia da Vontade com o seu poder eletrize as partículas materiais, elas permanecem num estado de latência que torna mínima a possibilidade de a Luz se introduzir no mundo concreto. Portanto, enquanto é feito o manto que protege a vida, a consciência conduz os movimentos das mãos que o recebem para que a forma seja expressão daquilo que o Espírito idealizou.
Extraído do Livro de Segredos Desvelados (Iberah, Anu Tea)
p. 165-170
Extraído do Livro de Segredos Desvelados (Iberah, Anu Tea)
p. 165-170
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