Estabilização foi um termo gerado por nós em Alenquer em 1994.
Surgiu da necessidade crescente de distinguir "Canalização" – uma tradução rigorosa de uma mensagem telepática da Hierarquia de uma tradução relativa de mensagens telepáticas da Hierarquia.
Uma estabilização é portanto caracterizada por uma tradução do impulso telepático em palavras que são da inteira responsabilidade do ser encarnado, se bem que na estabilização o conteúdo essencial é vertido sobre o córtex etérico ou sob a forma de pacotes de informação-luz sobre o centro Frontal – (Ajna) pelas Irmandades Planetária ou Cósmica.
Uma canalização autêntica é um ditado de um Irmão Maior e pode ser praticamente ouvido – geralmente no pavilhão auditivo etérico do lado direito – pelo receptor. Existe tal rigor na formulação semântica que se pode falar em clariaudiência. Geralmente as canalizações dispensam aspectos criativos, interpretativos ou as idiossincrasias do receptor. Na canalização predomina uma audição oculta de alta qualidade que depende da purificação integral do ser, especificamente do 4º sub plano do plano etérico, o éter reflector, que atinge directamente os sentidos subtis.
A vantagem da canalização está no facto de que a forma e a energia são praticamente idênticas. A forma é muito fiel à energia. Equivale talvez a uma fotografia de alta definição.
Para nós, como se vê, canalização é um processo muito “alto” em precisão e por isso raro, estando ao nível daquilo que em termos ortodoxos se entende por REVELAÇÃO.
Uma estabilização é um processo de co-criação mais complexo, no qual não existe audição etérica, portanto sujeito a uma margem de reinterpretação da parte do receptor.
O receptor estabiliza em palavras, sons ou imagens suas o impulso da informação-luz gerado pelo emissor. As palavras surgem por um processo magnético entre a Presença que emite o impulso sobre o plano causal ou sobre o nível etérico do cérebro e a memória vocabular do receptor. Equivale talvez a uma aguarela impressionista.
Nesse sentido podemos dar como exemplo de Canalização obras como DK através de Alice Bailey, The Ra Material, Seth Speaks, A Course In Miracles, O Livro de Urantia, A Formação de Curadores ou Encontro Cósmico de Trigueirinho, a Série Agni Yoga de Helena Roerich, Mozart e Beethoven, Apollo e the Pearl de Brian Eno, a geometria sagrada de Pitágoras, parte da pintura de Alex Gray,
Exemplos de Estabilização seriam Winds of Change, David Spangler, Eileen Caddy, Solara, o conteúdo do Antigo Testamento, a pintura de Piet Mondrian, Nicholas Roerich, as imagens de Bárbara Elias, a Teoria da Relatividade, a Mensagem de Fernando Pessoa, a obra de Arvo Part, you name it…
Tanto quanto posso perceber existem também exemplos intermédios em que canalização e estabilização se combinam de forma muito bela. As Transmissões da Estrela Semente de Ken Carey, Mirna Jad de TRG, “O Aprendiz Secreto” de António Ramos Rosa, René Guénon, as "Chaves de Enoch" de JJ Hurtak, as "Reflexões" de Pedro Elias.
Muitos artistas lidam diariamente com este problema. Eles distinguem entre uma obra conseguida e iluminada – Estabilização – e uma expressão de Arte Pura – Canalização - Nestes casos o escritor, musico ou pintor é o primeiro a assumir que a obra transcende o seu criador. Que uma "visita" o elevou além da sua condição. Trata-se da tendencia da Arte medieval para considerar não o artista-Autor mas o artista-Instrumento.
Parece que o plano da Hierarquia da Terra neste momento promove principalmente uma nova qualidade, a Auto-Revelação, na qual o indivíduo é treinado secretamente para Canalizar a sua própria vastidão interior. O principal obstáculo a isso é a baixa vibração do plano etérico da Terra, especialmente em ambientes de forte actividade social e profissional, o que censura ou bloqueia descidas mais potentes de energia e inibe o ancorar das nossas próprias imagens sagradas.
Tenho a impressão de que qualquer signo criado/fixado na substancia - escrita, palavra falada, pintura, musica, etc - por um ser em Auto-Realização dispensa completamente a pergunta especulativa: De onde veio isto?
Veio da Mónada, do Divino Ser, portanto da Essencia que é comum a todos.
Exemplos de Auto-Revelação, ou Auto-realização, são a presença entre de nós de seres como Sri Aurobindo, Mira Alfasa ou Amma.
Este contributo não foi escrito - espero - movido pela obsessão de classificar mas porque estamos num tempo em que clareza e Amor começam a tornar-se equivalentes.
Um abraço a todos sob a Luz do Supremo.
André Louro de Almeida
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