Amhaj

Para que possais trilhar a senda luminosa é preciso responder ao Chamado. Isso significa vencerdes provas, nas quais terão confirmado o vosso elo com a verdade e com a luz. Todos os seres, um dia, penetram essa senda e alcançam a Morada Celestial. Porém, eons se passam até que o ciclo se consume. Não vos intimideis frente ao mal. Não desafieis o inimigo. Não retardeis vosso caminhar pelo clamor do passado. A poeira dos tempos será lavada do vosso ser; novas vestes trajareis, e grande será o júbilo da libertação. Porém, nessa senda pisareis sobre rosas e espinhos, e devereis aprender o mistério do Bem. É tempo de justiça. É tempo de graças. Magnífico poder, o Irmão Maior se aproxima. Silenciai vosso coração e acolhei o grande amor. Tendes a Nossa paz.

Hierarquia

Monday, August 26, 2013

A morte é simplesmente o nascimento em sequência invertida, um ritual de retorno á Luz.

A pobreza de relação com a morte é consequência da pobreza da relação com a nossa própria Alma.

A nossa atual concepção de morte é filha desta ausência de amor que caracteriza a vida na Terra, assunto difícil de analisar, pois é praticamente impossível fazer uma genealogia do ódio e da indiferença, a sua origem perde-se na noite dos tempos, origem que não se deve apenas a fatores instintivos ou de sobrevivência.

Para que futuros "facilitadores de transição “se formem, primeiro terão que conquistar, dentro de si mesmos, o medo e a ansiedade em relação a morte.

A morte na forma em que nos é transmitida pelos Mass-media, torna-se algo sem honra, sem rosto, sem biografia, um evento grotesco e obsceno, muitas vezes violento e completamente devorado por enquadramentos políticos, militares, sanitários e estatísticos.

A continua propagação deste mito da comunicação, a morte sem rosto e sem honra, vai fazendo com que as pessoas, perigosamente, se habituem a morte pelo lado oposto, aceitem a morte disfuncional como um dado normal da existência.

Nas culturas tradicionais a morte é algo totalmente quente, existe uma proximidade e uma textura humana na relação com a morte.

Quando o chefe índio diz ao seu neto; "hoje está um lindo dia para morrer ", percebemos como a relação com a morte está nos antípodas da morte como é apresentada pelos Mass-media e pelo novo-riquíssimo cultural pós-moderno, que tem coragem total perante o desmontar de todos os ismos e estilos, e no entanto nada concebe de real para além da vida da mente.

Obviamente, o chefe índio pratica a morte consciente.

Ao longo da vida, conscientemente aprendeu a sair e entrar no corpo, aprendeu, de uma forma gradual, a desligar certos centros que permitem a elevação dos seus veículos sutis acima do físico e depois a pousar de novo os veículos sutis no físico; este chefe índio, este chefe esquimó, este Xamã, este monge franciscano, este sacerdote cristão, todos conhecem profundamente esta prática, tal como os Cátaros que praticam esse processo de elevação acima do corpo e de retorno, aquilo a que hoje chamaríamos uma meditação de abstração.

Quando esta prática, de mergulhar nos níveis internos do ser, se torna um hábito, firmado na consciência, e percebemos que do mecanismo de certos tipos de meditação é comparável ao processo da morte, então o chefe índio, o monge, o místico ocidental, no momento em que a sua centelha divina dá a ordem; "este é o momento de partir …. Ele simplesmente, ""permite “e acompanha o processo de ser guindado para além do corpo, pelo impulso ascendente do seu Espírito.

Este processo de morte consciente liberta-nos das regiões astral e mental e leva-nos diretamente para o nível causal, o nível intuitivo superior da esfera planetária.

Na morte inconsciente o indivíduo pode entrar num caso intermédio em que é bombardeado de influências de mundos que são estranhos e confusos para ele; entra no que no budismo Tibetano se chama "os primeiros níveis de bardo" são regiões eminentemente desorientadas e poluem o canal entre o ser e a sua Alma.

A morte consciente, no entanto, eleva o ser além do plano astral e mental, estabilizando-o, já sem corpo físico, emocional ou mental, nos planos luminosos da paz perene.

As pessoas não estão tendo um processo de refinamento da consciência que lhes permite viver com reverência, com ritual. Os Mass-media funcionam por injeções de adrenalina que mantém as pessoas alienadas e hipnóticas, frente a televisão.

A forma como a morte nos é apresentada pelos Mass-media, polui a compreensão do "portal da morte", fazendo com que o portal se transforme em algo temível, redespertando o cérebro reptiliano com as memorias genéticas ancestrais em que o homem luta para sobreviver, e nada mais.

O cérebro reptiliano, tem memórias muito fortes em relação a morte compulsiva, feras, guerras, invasões entre tribos, doenças, frio, ..........

Sempre que somos expostos a processos de morte que não contém elevação do espirito, o cérebro reptiliano é, logicamente confirmado. Além disso quanto maior for a distância que em vida alimentarmos para com as esferas superiores maior será o medo e a perplexidade perante a morte, ou perante qualquer evento ou fato que não possa ser abordado com a mente concreta ou com o senso objetivo da matéria, espaço e tempo.

O medo e a ansiedade vão aumentando e os núcleos densos que nos prendem ao passado ancestral da espécie, vão acentuando uma percepção distorcida da morte. Tornamo-nos anacrônicos em nós mesmos.

Para compreendermos a morte como um processo de transito entre dimensões, sem descontinuidades, sem impasses, sem conflito mas como uma continuidade natural da própria onda que deu origem a nossa vida atual para que não nos atrapalhemos nas passagens entre dimensões, teríamos que compreender a concepção da vida e o nascimento de uma criança de uma forma igualmente profunda.

Quanto mais profunda for a compreensão da forma como o Cosmos entrega uma nova semente de Luz a Terra, mais continua e estruturada será a nossa percepção da morte. Porque o nascimento e a morte são o mesmo processo, em sentido inverso.

Se o nascimento está sujeito a "lei da limitação", a morte é uma expressão da lei oposta a "lei da libertação", estas leis complementam-se.

A" lei da limitação" afirma que a Vida se autolimita para se exprimir numa dimensão inferior, "A lei da libertação" diz que cumprindo uma etapa de expressão, a vida se expande para ir de novo ao encontro da sua origem.

Uma criança que corre para mim e me pede para andar de balanço, domingo de manhã no parque, enquanto o Sol ilumina toda uma catedral de árvores, constitui uma experiência de beleza e harmonia.

As mesmas leis, os mesmos deuses criadores que esculpiram para nós esses fatos de alegria e plenitude, estão presentes no momento da morte. A ordem é a mesma, a beleza e o ritual são os mesmos.

Se sou capaz de me espantar ou mesmo maravilhar, com os pequenos e grandes rituais da vida, o ritual da morte não é exceção, e exatamente filho dos mesmos operadores que geram tudo o mais a vida, o nascimento, a reprodução, a criança ......

As leis são as mesmas, o AUTOR é o mesmo, e sempre ELE, o DIVINO.

Se pudermos sentir o amor que deveria estar presente no momento da concepção, o amor que está presente no momento do nascimento e o amor que está presente no momento da morte, começamos a ter uma relação muito mais sutil e profunda com esse ciclo final da nossa existência física.

Se pudermos perceber o ritual de passagem entre dimensões como a resposta do nosso ser oculto ao seu Criador, começamos a acessar a dimensão Oração e Meditação da morte. Oração no sentido etimológico de abertura e meditação como estar no meio.

É necessário compreender, finalmente, que o momento em que o ser é aspirado para fora do corpo é um momento de Amor, e nada menos.

Assim vários fatores contribuem para transmutar a densidade psíquica em torno da morte:

-A morte é simplesmente o nascimento em sequência invertida, um ritual de retorno a Luz;

-A morte é um ritual totalmente ordenado, opondo-se, em beleza e propósito, ao fatalismo, absurdo e amargura que acompanham eventos considerados erráticos, incompreensíveis ou aberrantes;

-A qualidade da nossa vida é uma distanciação sábia, mas sensível, em relação ao mundo definem a qualidade da nossa morte;

-A morte é o retorno da Vida a Vida, da Luz a Luz;

-A morte significa a passagem da lei limitação para a lei da libertação;

-A morte resulta do chamado atrator da Alma e do Espirito sobre o Ser Psíquico, um chamado de AMOR.

-É desejável que as famílias desenvolvam a capacidade de amar e acompanhar com amor todo o processo do ser que está a mudar de dimensão, com proximidade e ternura acompanhada por uma percepção mais exata da sequência do desencarnar, sabendo que, no processo da morte, o Amor está atuando continuamente;

-Na ausência da família irão surgir neste planeta ambientes que propiciam o processo de desencarnar, tal como há ambientes para o processo de encarnar;

-A morte é um mergulho na paz.

Para compreender o processo da morte, é preciso distinguir três esferas básicas: a esfera material, a esfera sutil, e além do mundo sutil, a esfera ardente, espiritual, eterna.

É a Mônada e nada abaixo dela, que dá a ordem real para que o indivíduo desencarne. Em um ser que vive simplesmente uma vida de boa-vontade, a Mônada toca a sua consciência de forma direta apenas em raros momentos; são as experiências de pico na nossa vida.

O Seu poder (Mônada) é imenso sobre a personalidade humana; ninguém desencarna sem que a Mônada tenha dado ordem, exceto em situações de homicídio ou suicídio .O que se passa no suicídio é um território muito secreto, traumático e complexo do comportamento humano, e o que o eu consciente interferiu em leis monádicas, isto é, a esfera do eu consciente fez um ato que se substituiu a esfera ardente do Ser, o que faz com que todo o ritual do desencarne seja profundamente comprometido e de alguma forma danificado. O que caracteriza o suicídio e o homicídio é a ausência de um ritual ordenado por DEUS, uma ruptura extrema do caos.

Sobre Chacras

– Questão colocada a André L. Almeida:

…..O que devemos fazer para calibrar as nossas energias, ou Chacras, com a Energia Cósmica? Devemos energizar todos eles, um por um, ou só os mais importantes?

- Resposta:

……A Energia Cósmica contém em si a origem dos Chacras, eles foram criados pela Energia Cósmica. Existem dezenas de técnicas para energizar, desinergisar, despertar, adormecer Chacras, existem muitas formas de lidar com estas coisas, mas a mais simples é seguir de uma forma completamente fiel a mais alta intuição que nós temos acerca da Luz, do Amor e do bem em cada momento. Os Chacras seguem obedientemente esta vibração.

Em vez de eu ficar olhando para os meus Chacras - existem imensas terapias sobre isso - eu preciso de largar a preocupação etérica e ficar visualizando a Luz que me puxa para além de mim próprio. Quando eu sigo esta Luz, os meus Chacras começam todos eles a funcionar correctamente e os que não estão a funcionar correctamente são levados pela potência dos outros - dos que estão imediatamente abaixo e acima - a funcionar correctamente. 

A saúde etérica e físico-etérica de um ser humano alimenta-se da Fé. Como fazer para ter Fé? Partimos do princípio que todos os seres que estão aqui, excepto dois ou três, não têm problemas com a Fé, e têm a certeza de que a existência é um facto que não é explicável por nenhum processo exterior ao conceito que temos do Divino. Nós existimos no Divino, e a Fé é esta coisa absoluta, que o que quer que aconteça, acontece dentro do óvulo puro e hermético da existência de Deus. 

O que fazer para calibrar as nossas energias? Permanecer fiel à voz que chama, não pôr ruído onde o nosso ser já pôs Silêncio, porque um Chacra desalinhado é um Chacra que recebeu impulso a mais ou impulso a menos, que foi ignorado ou que cuja corrente vital foi desviada para outro Chacra para fins de excesso ou de repressão. Como a nossa civilização ocidental nos ofereceu uma óptima neurose para fim de milénio, toda a neurose do comportamento humano desde a idade média até hoje, em que certos Chacras foram simplesmente reprimidos, ou conotados com o mal e outros conotados com o bem - que interessante que é esta descrição do Universo! – e como esta divisão ainda existe em muitos seres humanos, o que nós devemos fazer é destruir esta programação histórica com a força da Luz.

Ilumina-te, os sete Chacras seguem-te, eles vão-se alinhando na proporção em que tu aprendes a Amar, a Servir e a Silenciar.
…..Porque um indivíduo que não consegue estar calado é porque tem um problema no Chacra da laringe.

…..Um indivíduo que quando faz meditação, só ouve o seu ruído mental, é uma pessoa cujo centro asna
está adormecido.

…..Um indivíduo que não consegue estar quieto, parado, silencioso, é porque o seu plexo solar está com excesso de vibração.

…..Um indivíduo que não consegue transmitir Amor, é um ser cujo Chacra do coração foi alcatroado por qualquer experiência anterior, ou por qualquer esquema que viveu numa vida anterior.

Eu não preciso lidar directamente com estes Chacras, excepto pontualmente, se há um momento muito agudo num dos Chacras, mas de uma maneira geral, não preciso lidar com isto porque Chacras não é mais questão, a questão é ter a consciência completamente tensa naquilo que nos chama para a frente. A cura do processo dos Chacras, a calibração das energias e dos Chacras, dá-se através da tensão com o nosso Ser Interno, exactamente como uma corda.

(1999) Conferência aberta

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